
E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
sábado, dezembro 31, 2005
Prece

sexta-feira, dezembro 23, 2005
Eça é que é Eça ( by Halley)

quinta-feira, dezembro 22, 2005
A minha mãe mudou a posição das coisas da sala

domingo, dezembro 18, 2005
Be careful with King

quinta-feira, dezembro 15, 2005
E o Natal dos hospitais??

quinta-feira, dezembro 08, 2005
Escravidão
"...Agora, és o rio e as margens e a nascente; és o dia e a tarde dentro do dia, e o sol dentro da tarde; és o mundo todo por seres a sua pele..."
José Luis Peixoto, Morreste-me
E não é reconfortante imaginar que a noite pinta um quadro para apreciar pela manhã?
E não é apaziguador saber que o frio que sentimos nos relembra o quanto estamos vivos?
E não é angustiante pensar que nunca penso nisto?
Hoje fazia frio de manhã e eu pensei.
Ao fazer o meu caminho habitual, parei por um instante para admirar os galhos das árvores que choravam lágrimas cristalizadas sem sal ... como me comprazi na dor daqueles seres, a minha alegria é a sua tristeza. Olhei a erva orvalhada de uma brancura esverdeada - pura magia! Senti o vento nos olhos e nos lábios que fechei ao mesmo tempo, esse vento cortante e arrepiante, esse vento sussurrador de silêncios, pareço estar a ouvi-lo agora......................................................................................................................
(Estranhamente) esta tela que devia ser pintada um dia nunca desaparece, mas eu só a vejo, a vi, hoje, ontem , amanhã...E quero lá voltar. Quero sentar-me na relva. Ouvir o que o vento tem para me contar. Perceber como é que os pássaros ensaiam aquelas coreografias voadoras por entre as nuvens.
Ai! Como quero voar para nunca mais voltar.
Porque eu volto todos os dias. Sigo o meu caminho sem medo, porque ele espera por mim numa doce indolência. A noite, essa deusa agora exclusiva dos românticos, foi outrora minha escrava, hoje, ontem, amanhã, a escrava dos meus sonhos, a minha escrava fazedora de paz que me abandonou, deixando-me apenas a paisagem da manhã, os seus restos mortais, como se a noite morresse todos os dias com o nascer do Sol.
Amanhã volto seguramente.
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Everything will change now!! (possíveis spoilers)

quinta-feira, novembro 17, 2005
Lembrar

sábado, novembro 12, 2005
China clowns

sábado, novembro 05, 2005
O inexistente Dalí nos EMA 2005

quarta-feira, novembro 02, 2005
Entrevista de emprego

domingo, outubro 30, 2005
Sangue

quarta-feira, outubro 26, 2005
Alice
Alice angustia, revolta, sufoca, entristece, diminui-nos. Faz-nos perceber porque é que as pessoas são mais do que pessoas, são muito mais do que isso, são parte de nós e se desaparecem, então também nós desaparecemos.
É sem dúvida uma experiência dolorosa assistir a Alice, muitos daqueles que já se confrontaram com a dor da perda de um filho cruzam-se com todos nós todos os dias, no metro, no comboio, nas 'casas de sandes', na rua. Nunca percebemos a sua dor simplesmente porque não vemos essas pessoas, limitamo-nos a olhar e a passar porque temos mais com o que nos preocupar...daí a nossa surpresa quando uma criança nos olha e nos sorri aparentemente do nada, mas a criança sabes porque é que o faz, nós é que já perdemos essa delicadeza pura.
A perda de um filho é a maior dor que alguém pode sentir (não duvido), pior do que isso é a incerteza... porque perante a morte nada mais podemos fazer a não ser recordarmo-nos todos os dias dessa pessoa mantendo-a viva aos nossos olhos, mas não saber se ela 'partiu', se ela respira, se ela ainda sorri, dor maior não deveria ser humanamente suportável.
Alice fala sobre a ausência, a perda - de si mesmo- o silêncio, os tempos mortos, as acções mecânicas inatas do ser obsecado(se me é permitido falar nestes termos), as tentativas, as desilusões, as frustrações, o medo da verdade, a esperança no reencontro, e sobre o inverno desolador que reina os nossos corações.
Desde o início sabemos qual o desfecho do filme, infelizmente são poucos os casos que terminam com um sorriso na cara daqueles que procuram incessantemente por algo que ninguém (nem Deus- para os crentes) deveria ter o poder de os privar.
Alice desapareceu a 17 de abril de 2003. Tinha cabelos encaracolados castanhos claros (como os do pai) e vestia a bata do infantário por debaixo de um casaco azul.Desde esse dia nunca mais foi vista.
Inês Batarda é simplesmente fantástica, ela é a mãe da sua menina qua passa os seus dias num estado de completa apatia agora que perdeu qualquer vontade de viver ou amar. Nuno Lopes é o pai de Alice que é também um actor, que através da sua profissão escapa ao drama da sua vida, sendo o palco o seu refúgio e local onde recupera as suas forças para mais um dia de rotina na sua busca solitária na grande Lisboa, com a juda de pessoas que instalam as suas camaras em pontos estratégicos da cidade, 'fazendo o que podem' na busca, de forma relutante ou até despreocupada...é que eles não acreditam.
A banda sonora acompanha a obra de forma magestral, cada nota de piano é como que um passo deste desolado pai, ou um suspiro da mãe, ou um baixar de olhos de um comum peão...O azul chamou-me a atenção, é que além de tudo isto Alice é ainda ums obra visualmente fascinante, como se a qualquer momento o écran pudesse ser invadido por uma queda de água apaziguadora, que nunca chega.
O azul predomina.
Os ingleses dizem estar 'blue' quando estão tristes.
A água ao reflectir o céu torna-se azul.
A multidão é cinzenta, ou será azul?
O casaco de Alice era azul.
Vi Alice não como um simples filme, mas quase como se estivesse a ler um poema, ou melhor um hino cantado a todos aqueles que sofrem em silêncio por causa de um acto tão cruel como levar algo que não é seu, sinto que as minhas palavras não chegam para explicar o que sinto, é que sinceramente não consigo perceber. Só sei que a vida deixa de fazer sentido. O mundo deixa de rodar. A incerteza apodera-se do nosso espírito...espiríto??Acredito que a dor ultrapassa essa barreira, dilacera a carne,faz o sangue deixa de correr.
Ficam palavras por dizer, o amor incindicional que une as pessoas não consegue cortar o véu negro da dor, que ele é tão bem costurado que faz a menina Alice perder-se num outro mundo(não o das maravilhas), regido pelo vazio,pelo silêncio...
Mas o Amor é só um sentimento, não traz ninguém de volta e a vida continua. Alice agora é passado para os outros, e constante para aqueles que amarão sempre a menina dos seus olhos.
As duas cenas finais do filme decidem-no( se é que ele não estava já decidido desde o primeiro segundo...), a escolha é feita: procurar Alice ou viver?
Para Lewis Carrol a fonte secou, mas a vida, essa subsiste, Alice também.
sexta-feira, outubro 14, 2005
O que conta é a beleza interior

sexta-feira, outubro 07, 2005
Parabéns maninha

sexta-feira, setembro 30, 2005
O eterno rebelde

domingo, setembro 25, 2005
Wake up Donnie

A Cinderella no masculino
Então não é que o regresso de Russell Crowe dá-se através de uma personagem à
semelhança e imagem daquela que lhe deu um oscar há 4 anos??
Em Cinderella man a verídica personagem de Jim Braddock é interpretada pelo senhor que é já um lead actor em Hollywood, para muito do meu descontentamento...
Já sei que é bom actor, é um líder nato, não tem medo de usar os punhos(dentro e fora do cenário), mas daí a faça o que fizer a palavra oscar soar que nem um sino na manhã de Páscoa...tenham dó!!
É que nem versatilidade se pode dizer que seja o seu forte...ou muito me engano ou personagens que têm tudo,batem lá no fundo e depois regressam no seu melhor, acho que já o vi fazer isso vezes a mais.
Longe vão os tempos em que Russell interpretava um vilão como em 1992 com Romper stromper ou sei lá,uma personagem mais ambígua como em L.A Confidential( o seu melhor filme a meu ver), com isto não me esqueço do brilhante The insider, mas acho que ele quando escolheu esse filme nem sabia muito bem no que é que ia dar, mas o senhor precisava de trabalhar.
Falando menos dele e mais do filme em si, o Russell não está mal, longe disso, mas os aplausos vão seguramente para o forte desempenho da Renee Zellwehger e do brilhantíssimo Paul Giamatti...façam vénias não se acanhem.Gosto tanto deste actor como de John c Reilly, parecem aqueles actores talhados para papéis secundários,
elevando os filmes a níveis esplendorosos!!!
O cast infantil também merece aplausos, os filhos do casal Braddock é excelente, apelando á ternura do público e ao riso momentâneo.
Este é para mim,de longe o melhor filme de Ron Howard.
A banda sonora que percorre a obra é envolvente e segura, a recriação da época é bastante convicente, espelhando bem a mágoa e sofrimento daqueles que atravessaram a maior crise económica que os EUA jamais abraçaram com a queda da bolsda de 29.
Não se pode dizer propriamente que este seja um filme sobre boxe. É mais do que isso. Vai bem mais longe. È muito mais um drama(um pouco lamechas demais, mas que resulta)familiar e pessoal, por parte casal Braddock,que se vê privado de bens essenciais e por breves momentos angustientes daqueles de quem mais amam na vida.
As cenas de luta são bastante credíveis, com coreografias muito estudadas, sendo o combate final uma veradeira pérola, não sendo na minha opinião nem muito longo para que nos aborreçamos mas também não muito curto para que nos saiba a pouco.
Cinderella man é um filme não sobre luta por um título como em Million dollar baby, mas uma luta bem mais difícil, um luta pela sobrevivência num mundo esgotado e a precisar de um verdaeiro herói. Não se trata de provar nada a ningúem,nem mesmo a si próprio, mas sim de luta para sobreviver, ganhando forças através da lembrança daqueles que ama e nos sorrisos dos mesmos por breves instantes que sejam.
Os momentos de humor casual pautam também ao longo da narrativa sem nunca fazer esquecer que este é daqueles filmes que se levarem um lencinho, melhor!
Não sei explicar bem, mas embora tenha gostado há qualquer coisa no filme que não me convence e que não me deixa completamente satisfeita, digo isto porque vejo em todo o lado o Oscar como promessa indispensável e realmente não percebo tamanho entusiasmo. Se o filme fosse assim tão bom, o público teria sido bem mais fiel, mesmo sabendo que estreou numa má época nos EUA.
É esperar por Fevereiro quando forem anunciados os nomeados, mas não me surpreendo nada se os nomes forem os que encabeçam este cinedrella. O meu voto vai para Paul Giamatti e... Paul Giamatti, e fico por aqui...
quarta-feira, setembro 14, 2005
O código como ilusão das massas

terça-feira, setembro 06, 2005
Michelia Champaca

sábado, setembro 03, 2005
Delays e expectativas

quarta-feira, agosto 31, 2005
And the blade runs...

sexta-feira, agosto 26, 2005
Eu acredito

segunda-feira, agosto 22, 2005
Charlie and the chocolate factory(spoilers ahead)

sexta-feira, agosto 19, 2005
O estranho

segunda-feira, agosto 15, 2005
Arrisquemo-nos a voar sobre o mar

domingo, agosto 14, 2005
Harry is back! (contém spoilers)

sábado, agosto 13, 2005
Partida

segunda-feira, agosto 08, 2005
2046 só em 2005 (para alguns)

sábado, julho 30, 2005
Só porque gosto de anjos que expressam o que sentem

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