quarta-feira, outubro 31, 2007

Happy Halloween

O Jack é mais poderoso no Natal, mas cheira-me que o Halloween é também para ele uma festividade a assinalar!
Portanto feliz noite das bruxas, seja lá o que isso quer dizer, mas percebem o que a princesa tem em mente, ah e não me apareçam mascarados cá em casa a pedir doces, que eu doces só tenho para as crianças que me vão aparecer amanhã de manhã de sacos meios vazios com umas quantas nozes e uns quantos rebuçados com sabor a limão e a café...também andei nesse peditório há muito, muito tempo...lembro-me que me deram um iogurte natural, que raio de coisa para se dar a uma criança, vou dedicar parte do meu dia a reflectir sobre o que terá passado pela cabeça desse senhor (sim era um homem) para me dar um iogurte natural, é que ainda se fosse daqueles a imitar as mousses e os cheesecakes ainda passava, mas "natural"??!

segunda-feira, outubro 29, 2007

Estou deveras revoltada

o motivo da revolta Sou grande apreciadora de algumas verdadeiras delícias dessas grandes superfícies comerciais popularmente apelidadas de " súperes dos do leste"! Há lá boa bolacha com creme e barata, boa lata de atum, arrozinho em conta carolino,e sacos de plástico do tamanha de uma pequena cidade, ok e algum vodka duvidoso... mas acima de tudo há essa grande iguaria, que é o iogurte light com pedaços de ananás. Ou melhor, havia, porque os senhores lembraram-se de alterar não só o invólucro,e até aí tudo bem, mas ainda tiveram a peregrina ideia de alterar o sabor da dita iguaria, mas com que direito pergunto eu??!! Estou indignada e com o estômago às voltas, porque com a comida não se brinca como diz e tão bem a minha santa mãezinha....

A vida interior de Martin Frost

" O mundo era uma ilusão que tinha de ser reinventada todos os dias."
Paul Auster
A vida interior de Martin Frost assume-se como adaptação de um romance, ou melhor parte de um romance de Paul Auster. Deste modo, autor de livro e realizador de filme assumem uma mesma identidade, pemitindo uma intromissão mútua nos diferentes suportes artísticos, intrmissão essa que se revela falhada. As duas "personas" parecem perder-se na passagem da palavra à imagem, e o muito que revela o livro ( uma obra sobre um realizador de cinema mudo) esbate-se e desaparece no filme, fazendo nascer uma outra história vazia e confusa.
Esta "vida interior" arrisca enveredar pelo mundo fantástico da mente de um criativo, mas falta-lhe fôlego, ritmo, e nem o poder das belas imagens bucólicas salvam determinados momentos, bem pelo contrário, fazem com que o filme se arraste ainda mais por um caminho tortuoso e confuso, e muito pouco apelativo.
A premissa é a história de um homem que escreve uma história sobre um homem que está a escrever uma história, e é essa história dentro da história o filme em si, a existência ou não da dita musa, pouco interessa realmente.
O filme pode mesmo dividir-se em duas partes, uma muito difícil de assistir e uma segunda parte com a chegada da personagem "Fortunato", que transmite alguma comicidade à la Beckett, na relação que estabelece com um "familiar" seu, mas por se revelar como algo imposto, traz consigo grande dose de inverosimilhança.
A obra não funciona como drama e muito menos como comédia, tendo um elenco reduzido, David Thewlis é comedido, mas não por isso a pior interpretação, deixemos essa para Irène Jacob que é neste filme ser sem vida e dinamismo (e não pela sua condição de musa), que ao querer transmitir jovialidade e alegria, oferece-nos um desempenho esforçado e pouco credível.
O filme em si traz consigo "marcas de autor" , e são alguns os pormenores que não servindo para elevar o filme não o deixam porém ficar pior do que aquilo que já é. Para os que leram o romance muitos são os pormenores decorrentes do mesmo, aliás a sua presença é marcada com a insistência do narrador em fazer avançar a história a partir de parágrafos que nos vai lendo d'A casa das ilusões, bem como algumas particularidades visuais que nos remetem também para a leitura do mesmo.
São curiosos os separadores de cenas, com imagens de objectos aliados à voz do narrador ( a quinta personagem) que nos remetem (talvez inconscientemente) para alguns quadros de Magritte nos quais palavra e imagem não correspondem àquilo que vemos, algo para o qual somos chamados à atenção a toda a hora.
Outro pormenor para os mais atentos prende-se com o gosto de Auster por jogos com nomes, ora vejamos, no romance Auster faz toda uma ligação entre um nome e o significado desse nome traduzido de uma língua para a outra, no filme há dois jogos, um implícito e um outro explícito, o implicito prende-se com o nome de família dos amigos de Frost, "Restau" leia-se "Auster" ao brincar com as letras, e explicitamente com o nome "Berkeley" o nome do filósofo e da Universidade que dá azo a uma das piores cenas do no filme, porque o espectador sabe atempadamente o que se vai passar, o que seria um exercício interessante, mas aqui revela-se frustrante e aborrecido, digamos que é como dar um jogo para crianças até aos 4 anos a uma de 10!
Salvando o acompanhamento muscial de Philip Glass que confere maior beleza ao travellings pelos pinhais lusos, a importância do emprego do preto e branco na tentativa de imortalizar a imagem da musa ausente, e a cena mais que "brechtiana" (leia-se " a cena da porta") entre os protagonistas, o filme falha o objectivo, por não se mostrar tão apelativo quanto o livro, mas mais do que adaptar parte(s) de um livro, eleva o romance, pena que essa elevação traga consigo a vontade de se querer esquecer o visionamento do filme.

domingo, outubro 28, 2007

quinta-feira, outubro 25, 2007

Les chansons d'amour

Imaginem que lhes apetece ir a Paris.
Imaginem que lhes apetece ver parisienses.
Imaginem que lhes apetece ver chuva em Paris.
Imaginem que não sabem muito bem o que achar do Amor e que um filme pode dar algumas respostas, ou deixar umas quantas questões pertinentes no ar.
Imaginem que vão ver o Les chansons d'Amour!

Com esta obra temos a oportunidade de entrar na cabeça, no coração, na casa e na voz de uma geração que não sabe muito bem o que fazer com o Amor. Não é que não o sintam, bem pelo contrário, sentem-no, misturam-nos e dissolvem-no no seu dia a dia, partilhando-o com um número de pessoas maior do que o normal(?).

Uma primeira análise deste filme pode levar-nos a conclusões estranhas, alguns comentários como "francesisses", mas se pensarmos um pouco mais, apercebemo-nos que não é bem assim, trata-se de uma visão sintetizada de como o amor e a paixão, o desejo e a sombra da "normalidade" podem travar batalhas nem sempre justas, nem sempre imparciais.

Vamos tendo surpresas no filme, a fotografia límpida de uma Paris vista de ângulos esquematizados, câmaras que se movem sobre carris ( vendo-se os carris), câmaras colocadas sobre carros, câmaras sempre em movimento, que se movem em simultâneo com coreografias dos actores simples e algo boémias, urbanas e quase teatrais, parece um pouco contraditório, mas há como que uma sussessão de tudo isto em diferentes cenas, uma salada russa num filme francês a bem dizer!

Outra surpresa, oh é um musical, e resulta tão bem que a partir de certo modo não queremos ouvir nada na língua francesa que não seja cantada, seja sobre o que as personagens estão a sentir, seja porque chove em paris, ou porque os "animais estão melancólicos", ou porque as crianças brincam no parque com as mães, mas são canções de amor, todas elas, o amor em todas as suas variantes, com todos os seus caprichos, o amor ao virar da esquina, o amor a três!

Interessante as diferentes formas de fixação de imagem como aquela em estilo fotodocumental usada de modo a tornar ainda mais presente e persistente e imagem da morte, o vazio avassalador que ela deixa, o rasto da dor que percorre toda uma rua escura como se a luz se extinguisse logo ao nascer do dia.

Saímos da sala pelo menos a pensar que não devemos dar nada por garantido, que a vida é curta, que cantar mesmo para dentro não faz mal, que dançar em plena rua não é pecado, que amar o próximo é correcto desde que nos faça feliz, que "tentar" é a melhor hipótese, que devemos acima de tudo sentir e procurar sentir, se não o fizermos morremos ainda antes do dia derradeiro!

Assim vale a pena repartir a relação entre a "partida" dela, a "ausência" de ambos e o "regresso" dele, sim faz todo o sentido, ah e já escreveram uma canção de Amor?

Apetece-vos esscrever uma canção de Amor?
Não percam tempo!!

quarta-feira, outubro 24, 2007

Já sei que sou chata!

Mas esta última canção leva-me para lugares do passado que não consigo apagar da memória qual Tom Wilkinson a dar numa de médico no Eternal sunshine of the spotless mind, e por isso deixo-vos um dos videoclips mais bonitos deste grupo em questão ( sim faz parte do albúm em cima) e umas das versões mais fantásticas da canção Shape do Sting (a minha favorita do cantor já que aqui estou porque não dizê-lo!)

E o Outono luta para ficar!

E deixo então aqui a linha directa a uma canção de Outono, faz parte da banda sonora de um filme no qual o protagonista (tomado por um actor publicitário) tem de fazer um anúncio a uma manteiga lighr detestável, a coisa parece absurda, mas acaba por ser um filme bem simples, bem doce e nada pretensioso, ah sim também envolve a invenção do elevador e viagens no tempo, mas foquemo-nos na manteiga e na canção! Espero que gostem, e façam figas para que o Outono fique pelo menos até que as estrelas envelheçam!

segunda-feira, outubro 22, 2007

Os despojos do dia

O dia seguinte é sempre um dia estranho, como se acordássemos de um sonho bom, e nos víssemos forçados a ter de arranjar outro sonho para podermos continuar a fantasiar. Porém, há um pequeno truque que podemos usar: Fingimos que continua tudo igual, não equacionando sequer a hipótese de que se pode vir a ver o fim de algo, baixamos um véu branquinho e metemo-nos lá dentro, (o véu não o vemos, vejam os que estão do lado de fora) os sonhos também resultam com os outros, enganamo-nos se pensamos que só nós é que sonhamos!
Neste dia seguinte acho-me mais dispersa que nunca, disse "dispersa" sim, e mais expectante por um mundo cada vez mais incompreensível, genuíno e misterioso. Apetece-me descobri-lo a cada instante, a cada noite dormida, a cada manhã madrugadora que me deixa ver bandos de pássaros que se afastam em busca de ares mais quentes, e a cada tarde frescamente adormecida, exaustamente silenciada e fartamente metaforseada ao cair das primeiras estrelas da noite. É agora a hora da plenitude, da (in) consciência porque a tristeza não mais é do que uma escolha, dos que escolhem não saber o que fazer com as sensações que não sabem decifrar, e se não nos consciencializarmos dela, ela passa, como quem passa por um caminho, disseram algures que tudo nesta vida nos é eventualmente tirado, até a própria vida. E que faço eu? Entristeço-me? Não. Exijo outras saídas, e não me contento com resignações. Percebo agora o que é a alegria, por vê-la nos olhos dos outros, que a vida é uma dádiva ( não se sabe de quem, nem porquê) e não se pode recusar ofertas "é de mau tom" (diria a minha mãe). O momento é agora, hoje, não amanhã, nem depois. Cresço sim, "já vai", crescer custa, mas o que custa dá mais prazer, fortalece, engrandece, faz-nos gostar ainda mais daquilo que já adoramos, deixemos então a moleza para os "vencidos da vida" diria o nosso velho Eça, e caso erremos finjamos que os anjos olham na direcção oposta, se porventura voltarmos a errar e se nos detestarmos por cair na armadilha uma terceira vez e não termos a capacidade (ou será vontade?) e a coragem de admitir as nossas culpas, lembremo-nos que démos o nosso melhor noutros tempos, e que outras oportunidades surgirão, e em todas elas nos poderemos redimir. Estou preparada. Para viver, para morrer, para morrer depois de viver de preferência, pois assim não morreri nunca, serei terna eternamente no coração dos que me sentem, na pulsão dos que me amam, no vento que se perpetua, porque nós vamos mas o vento fica, no véu da noite que cobre todos os telhados de todas as casas dos nosso imaginário. Serei folha caída na calçada, chutada e pisada vezes sem conta, floco de neve que derrete nos galhos de cristal das amendoeiras, serei sombra da rocha alta do deserto, serei água que escorre por entre as canas dos canaviais (gosto destas duas palavras), serei som no bailarico da aldeia numa noite de Verão, serei corpo aninhado nos lençóis finos, brancos e brandos, serei sussurro ao nascer do dia, serei a riqueza de um pobre, o supérfluo de um rico.

domingo, outubro 21, 2007

Anda dá-me a mão!

Estou mesmo feliz caramba, parece que todos neste mundo decidiram criar uma bola de protecção em meu redor, e não há maldades, nem desejos de vingança, nem rancores incoerentes que me afectem, que me abalem, e assim tudo o que é feio e mau, desaparece, evapora.
Sabermos que fazemos parte da vida de alguém pelos melhores motivos reconforta-nos a alma, abre-nos o coração, desperta-nos os sentidos, agita-nos o sangue e sem mais nem menos vemo-nos a sorrir simplesmente porque sim.
A minha mana ligou-me era ontem meia noite, ou seja hoje no primeiro minuto do dia, chamou-me de "princezinha"; e hoje eram sete e meia da manhã, fui pé ante pé para a cama dos meus pais, e já não fazia isso há demasiado tempo...e soube tão bem: aninhar-me no corpo quentinho da minha mamã, ouvir o meu pai a dizer "parabéns" na sua voz rouca e ensonada, isto depois de adormcer ontem (que era já hoje) com uma lágrima a escorrer-me pelos olhos porque me tinham chamado de "princezinha"...e hoje o beijo do meu mano, o telefonema da minha madrinha, as inúmeras mensagens que tanto me alegram, os emails emocionados.
Ah são estas as coisas que me fazem perceber que não há quadro de Renoir, nem 5ª sinfonia, nem poema de Florbela, nem balada de Nick Cave que exprima o que quer que seja. E quando assim é, percebo o quão pequenas são as palavras e o quão gosto delas pela sua pequenez, adoro-as porque nunca se chegam a intrometer, porque nuncam "chegam lá" verdadeiramente, andam perto sim, mas é só isso pura ilusão, como diz o filósofo Robbie Williams, só precisamos de "Sentir", e é só isso que nos falta nos dias que correm: Sentir!

Num dia tão feliz como este...

...o meu mano vira-se para mim e diz :" E se um dia te sentires deprimida, liga a internet, puxa do Youtube e põe a procurar "toca a ganhar", é garantido Leila!

sábado, outubro 20, 2007

E não há nada como

Aurora manda dizer: avisem aos demais que morri para o mundo e que quero que me ressuscitem quando a água ficar fria. ....chegar a casa depois de uma ida ao paraíso, reconfortada com o cansaço físico e psicológico. Prego umas lembranças nas paredes cor de rosa, deixo tudo como gosto e dirijo-me à casa de banho, abro a torneira e deixo escorrer o valioso líquido, ah como é bom deitar-me naquela cama perfumada e aquosa e lá ficar, até que me chamem, até que me digam "sai lá daí porque se não ficas pior da garganta!". Ah parece que ando por cá há uns quantos Outonos, mas palavra de honra que não me lembro de nenhum como este, o Outono de 2007!

sexta-feira, outubro 19, 2007

As stars

..."rockaram" hoje ...e "rockaram" (h)arduamente!

quinta-feira, outubro 18, 2007

Vamos ginasticar!

Ai Brid como te percebo, o que vale é que tenho boa companhia e assim é tudo mais fácil. Porém não vou negar, não nasci para fazer tudo como diz no papel, aliás ainda hoje teimei em fazer abdominais com a ajuda de um equipamento ( um que nos impulsiona a fazê-los trabalhando intensamente a zona abdominal lateral), que vai-se lá saber ( ok fui eu quem o pôs naquela posição) estava ao contrário. O instrutor bem disse "acho que isso vai correr mal", e ao perceber o erro depois de enormes momentos a ginasticar os neurónios da massa esponjosa denominada de "cérebro", lá disse eu muito convictamente, "ah é como contemplar um Picasso" (depende da perspectiva)! O que interessa é que ida ao ginásio é sinónimo de "tarefa cumprida", custa mas o esforço é compensado: nem que seja compensado por um belo brownie regado a chantilly, não é senhora Iogurta!!??

segunda-feira, outubro 15, 2007

"Buongiorno principessa!"

Por causa de si passei horas a chorar qual mulher da vida apaixonada pelo messias!
ISSO NÃO SE FAZ MENINA IOGURTA!

domingo, outubro 14, 2007

Palavrinhas ao anjo numa carta electrónica

foto do filme Sunrise "Às vezes parece que estamos muito sozinhos, que ninguém nos compreende, que tudo é muito difícil, que nada é como queremos, que ninguém nos cativa, que quem nos cativa deixa muito a desejar, que nos apetece isto e aquilo, mas o que queremos é aquilo e a outra coisa, que nunca estamos satisfeitos, perfeitos, e sabes que mais Bu? É essa a beleza da vida! Se tudo fosse fácil, dado, refeito, o que é que nos restava? Pensa no enorme número de pessoas a quem tudo "corre tão bem", e o quão infelizes são, bem lá no fundo...ser feliz, é um dever nosso, e ainda bem, as coisas más servem para nos tornar MUITO fortes, sem elas éramos alminhas fracas, pequeninas e vãs, e nós não somos nem uma coisa nem outra, e muito menos a última. A felicidade conquista-se nas pequenas coisas, nos pequenos pormenores, no fundo como disse já alguém " o essencial é invisível aos nossos olhos", é isso Bu, o resto são manifestações sociais, compromissos, circuntância, alter egos criados inocentemente, somos muito mais do que mostramos, és o meu anjinho, tu sabes isso! Por isso se algum dia duvidares da tua força: pergunta-me, que eu tenho a resposta na ponta dos dedos. E se alguém disser que é mentira, chamo-o de louco! E se alguém tiver provas, eu destruo-as! E se alguém tentar partir o fio, eu volto a uni-lo, faço-lhe um nó apertado e imperceptível, estico-o ao máximo, faço-o dar a volta ao mundo e apenas para ver um sorriso teu! És o meu anjinho."

sexta-feira, outubro 05, 2007

Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street

"what about a shave?" "Tim Burton é daqueles que ainda sabe o que fazer com o tempo!" Mário Jorge Torres

quinta-feira, outubro 04, 2007

Turutururu...Lararirê

Algo começa, recomeça...estive ausente, comigo levei as palavras guardadas nas malas de viagem, e não as usei com medo de as gastar. Fi-lo inconsciente e desperadamente, como tudo o que faço na vida.
Por mais que viva, e vivo todos os dias e todos os instantes fugidios, vejo-me sempre insatisfeita, não há volta a dar (nunca percebi o caminho a que estas "voltas" nos pretendem levar).
Entro agora no meu mês preferido do ano, na altura que mais me cativa, são as folhas que vejo no chão douradas e crepitantes, o senhor que trocou o gelado pela castanha assada, as senhoras que não fazem ideia daquilo que devem e podem escolher, é o cheiro do chocolate quente, da bolacha que se aconchega na manta feita de retalhos, do acordar frio e arrepiado, do som do vento na janela à noite, dos filmes britânicos (porque lá está sempre a chover e as pessoas usam sempre cachecóis bonitos), da cor do Verão que se esvai como água a correr numa cascata, do som da caça nas florestas, é o mês daquilo que se esconde. É o mês depois de terminar alguma coisa, são os despojos de um dia, de uma semana, de um ano que já não volta. E ainda bem que não volta, porque quando não se pode repetir é sinal de que foi mesmo bom!
Sinto-me insatisfeita (como já vem a ser um hábito), e apetece-me escrever sobre coisas alegres e que me alegrem. Faz parte da época, é uma manifestação natural em mim. Hoje acabei de ver um filme daqueles bem antigos, com aquelas actrizes com penteado inimtáveis, vestidos imaculados e senhores com brilhantina nos cabelos, coisas do cinema a preto e branco, feito de whisky e cigarros. E tudo isto numa sala escura e repleta, coisas simples sãos as melhores deste mundo!
E como digo sempre a alguém (alguém que me queira ouvir) o amor vive de pequenas coisas, ela dizia que "a vida é feita de pequenos nadas" que são o tudo, são gostos que se chocam para se encontarem numa esquina escura, pormenores que nos enchem a alma, sensações orvalhadas nos nossos coraçoes trazidas pelos véus da memória fina e levemente adocicada.
"There are so many special people in the world."
(quem dera conhecê-las a todas)

quarta-feira, outubro 03, 2007

Vanessa da Mata Boa Sorte/ Good Luck - Clipe Original

Pertenço a um feliz grupo de pessoas que partilha gostos musicais muito bons! E como sou uma pessoa que gosta de partilhar e de uma ou outra futilidade aqui vai "Boa sorte", ou como se diz em inglês "good luck! Fico tão feliz pela Laura Dern ter sido trocada pela Angelina Jolie quando namorava com o Billy Bob (aquele do filme O barbeiro...), fica a miss Lynch muito melhor com o senhor Harper!