domingo, dezembro 18, 2005

Be careful with King

...It was the beauty that killed the beast...ou foi o facto de haver muito dinheiro para ideias pequenas?? E perguntam vocês: "Mas não é isso que resulta em Hollywood?" e eu respondo: "De facto é. Mas não quando se fala de Peter Jackson.". DESILUSÃO. Era essa a palavra marcada na minha testa quando saí da sala de cinema, exausta de três horas longas e devastadoramente massivas de King Kong. Sei perfeitamente quando um filme não me agrada, basta a caminho de casa eu não pensar nele uma única vez, foi o que me aconteceu. Só me lembrei do Kong agora que quero escrever sobre ele. Bem sei que o filme é um remake, mas a verdade é que continuo a achar que há algo que não resulta. Tudo acontece neste filme, lutas, amor( ou qualquer coisa que se compare), gritos (muitos), então e novidades?? O Kong é a novidade, e o polegar para cima do filme, está fantasticamente criado, e mais uma vez fizeram um bom trabalho no que toca a a gerar expressões facias naquele grande ser. Lembram-se de Gollum?? Devem ter sido os mesmo artistas, porque podemos sentir com o Kong o amor pela Ann, o isolamento na ilha e o sofrimento em plena New York, que diga-se de passagem está muito bem recriada. Acção há muita, pena é que as cenas na selva se prolonguem por mais de duas horas repetitivas, onde vemos não um, não dois, mas três T- rex que lutam com Kong, morcegos gigantes que também lutam com Kong, mais os homens do navio que levam a equipa nas filmagens que também lutam com ele, e pensamos nós: "Mas o Kong não tem amigos?", claro que tem! Um: a Ann interpretada por Naomi Watts, uma actriz apaixonada recentemente, alguém que sente que lhe falta ver, ter algo na sua vida e não sabe o que é...será o gorila?? Faz isto sentido?? É isto que eu não gosto em King Kong, não me parece real, as personagens são construídas pela metade, ficamos sem saber ao certo quem é Jimmy o mais novo marinheiro do navio, aliás existem muitas personagens que se perdem pelo caminho, ou porque sã0 comidas por algum ser fantástico da selva ou porque simplesmente desaparecem na espuma do guião. Peter Jackson parece repetir uma fórmula que não resulta a meu ver, 3 horas para Senhor do Aneis é totalmente compreensível mas não par King Kong, seres fantásticos também não se percebem muito bem, os seres humanos da ilha parecem soldados de Sauron um pouco mais velhos, parece até que reutilizaram cenários da trilogia, e neste caso há algo mais que se vira contra o feiticeiro sem ser o seu próprio feitiço, são os efeitos especias que são excessivos e que acabam por retirar grande parte da verosimilhança da obra, isto porque ainda não atingiram a perfeição esperada, e o público espera mais e não estabilidade, Jackson já devia saber mais depois de 9 horas de obra de arte( sem contar com cenas adicionais). Interpretação, não posso deixar de pensar em Jack Black que sobressai, ele é irritavelmente irresistível e penasativamnet apaixonante, não pr ser bonito...que não é, não por ser um herói, que também não é mas por ser o vilão ganacioso, símbolo da indústria cinematográfica da época que tudo fazia,não olhando a vidas humanas para atingir o seu sonho, tudo isto enquadrado numa New York em plena depressão, com pobreza por todos os lados, na qual os valores se perdem e o amor parece não ter lugar, a não ser no topo do Empire State building no qual o pôr do sol pode ser tão bonito como o da selva, porque o sol é o mesmo, o sentimento também, o que muda é que aqui as pessoas divertem-se com o sofrimento dos outros e só pagam 25 centimos por isso. Vejamos depois qual o veredicto dos Oscares.

2 comentários:

Nuno Vasco disse...

Para quem ja viu o filme ( e tinha grande vontade de o ver ! ) tenho que dizer que tambem estava a espera de mais , principalmente devido ao realizador responsavel , senhor Peter Jackson , cuja imaginacao parece se ter esvaido com a banha que perdeu ( does skull ring a bell ? ) . Voltando ao filme , admito que nao me surpreendeu , nem me desiludiu , simplesmente encaixou-se nas minhas expectativas : accao , efeitos especiais a rodos , desempenhos que , a excepccao de Naomi Watts e Jack Black , sao medianos , e um macaco que mesmo nao querendo consegue conquistar a nossa simpatia . 3 horas para contar uma historia que revolve essencialmente a volta de um simio ja conhecido ? Mesmo com uma duracap " anormal " para este tipo de filme , tenho que dizer que 3 horas passaram num instante e que , a introducao de cerca de 60 minutos mais nao serve do que para nos mostrar , qual e o verdadeiro vilao do filme : a ambicao desmedida . Nao tendo sido o grande filme que estava a espera , mesmo assim , nao me desiludiu . Byee , Boas Festas and Happy New Year !!

Anónimo disse...

Só um PEQUENO reparo: como é que sei la 20 gajos...levam um macaco de sei la quantas toneladas...num bote...ate a um barco todo partido?????acho que é melhor ficar-me por aqui....