segunda-feira, março 31, 2008

Se conseguir sonhá-lo.
Consegue fazê-lo!
,Walt Disney

quinta-feira, março 27, 2008

Página 1 (do romance, do argumento, da estória, da anedota, da crónica, de qualquer coisa...)

"Rodar com numa espiral que não tem pricípio nem fim, como uma bola de neve montanha abaixo, como numa carruagem de carrossel que faz uma curva apertada em redor da Lua, como os ponteiros de um relógio cujo dono deixa as horas passar, e o mundo todo feito numa rolha de cortiça a bailar silenciosamente pelo Universo, tal como os remoinhos que encontras na minha mente quando penso em ti."
E ele continua: " Como se entrasses num túnel e o seguisses, e o túnel não tivesse fim, e o túnel nunca tivesse sido visitado, e o túnel ganhasse vida com a tua entrada, e o túnel nunca tivesse visto a luz do Sol, como uma porta que está sempre meio aberta, como que num sonho que ainda não foi sonhado. São chaves que dançam no teu bolso, palavras invasoras a meio da noite, imagens que te perseguem e que queres voltar a ver, "Porque é que o Verão passou tão depressa?", "Foi alguma coisa que eu disse?", são amantes que caminham pela praia e deixam na areia as suas pegadas culpadas.
E ele pensa: "o toque das mãos dela fizeram o meu coração estremecer...ou seriam tambores a soar a milares e milhares de quilómetros?...".
Fotografias por tirar emolduradas numa parede vermelha, e um fragmento deste texto que se perde na espuma formadas nas encostas rochosas, e as palavras enfurecem-se, porque recordam-se da pessoa que estão a recordar, percebem que deixaram de ser livres, que já estão destinadas e esperam pelo fim da folha que deixou de estar em branco. E as palavras estão cientes de que o Outono foi transformado numa miragem bem como as cores que lhe dão vida, cores essas que o recordam do tom dos cabelos dela.
(texto vergonhosamente inspirado no poema Windmills of your mind, posso ir presa por isto?)

sábado, março 22, 2008

Primavera! Qual Primavera!??

Não estou a apreciar minimamente o início desta nova estação. Diria mesmo que estou indigada, sinto-me ultrajada e um pouco até irritada. Uma coisa é não haver Primavera para ninguém, assim com muito frio e muita chuva, outra é sermos abençoados com belos dias solarengos e um vento desgraçado que corta a carne e parece que estala os ossos. Mas que vem a ser isto? Nem cogumelos vejo ali na relva, e o mais perto que estou da estação do ano é o facto se estar de férias da Páscoa e poder ver o Bob o construtor em paz (RTP2 aí por volta do meio dia, para os mais despistados). Eu que sou uma doce devota das novas estações e com isso das "novas colecções" vejo-me impossibilitada de estrear a minha nova gabardine, porque tenho de continuar a envergar os casacões pesados, não posso usar sabrinas porque me magoam os pés (pronto tudo bem isso é uma deficiência só minha), camisas finas nem pensar que deixam passar o frio e "depois constipa". Logo este ano que se vão usar vestidos padronizados assim a puxar para o étnico chic, daqueles compridões e esvoaçantes, este ano que o amarelo será usado em força, e as block colors, e os tops que disfarçam as barriguinhas, e as calças de cintura subida voltaram eheheheh, e os colares compridos, não acho bem o tempo estar a fazer estas coisas feias e eu com o armário cheio de roupa etiquetada. Lá teremos de esperar mais um pouco. Eu cá já estou, alguém quer um chocolate?

terça-feira, março 18, 2008

Morreu o homem que cinematizou o Principezinho

Eu sei que não é bem assim, mas é como o recordo, e não consigo olhar para o filme e não pensar no livro de Saint Exupéry: pela visão, pelo dourado, pelas "asas", pela lindíssima história de amor, pela fantástica direcção, pela magia, pela vida liberta e que se esvaiu.

segunda-feira, março 17, 2008

no meios dos estudos...

instaura-se toda uma nova tradição na vida desta princesa, chama-se Os scones das 4 e meia! ( e sem passas): num Magnólia do Campo Pequeno perto de si!
(com borbotos à mistura)))))))

sábado, março 15, 2008

Merci por esta "Mercy"

"I'm gonna put myself à escuta" foi assim que reagi aos primeiros acordes desta podersosa canção da loura Duffy ( a mim parece-me um cruzamento entre Amy Whinehouse e Nancy Sinatra) vá sem a heroína e sem a visita a Portugal no dia 30 de Maio! E o videoclip é giro também e o refrão não me sai da cabeça, esta moça jeitosa assim habilita-se! Já não vivemos o revivalismo dos 80's meus caros, vijámos até aos 70's (escuto ali qualquer coisa de The doors, algum instrumento talvez...!!) Aqui fica então!

segunda-feira, março 10, 2008

Sô Burton

É sobre ele que me tentarei debruçar no trabalho que realizarei no meu Seminário, falta-me só "vender" a ideia à minha professora coordenadora.
Aqui fica o link (clicar na imagem) do Stick boy e Match girl para passar os olhos por todas as estórias criadas por ele num livro bem apetitoso e falsamente infantil...está assim como Lewis Carroll para Alice no país das maravilhas, este Tim Burton e a morte melancólica do rapaz Ostra.

domingo, março 09, 2008

domingo, março 02, 2008

Uma rapariga que eu conheço

Ela nem sempre sabe o que faz, nem se o como e quando o faz estão a ser feitos do melhor modo.
Ela sabe que sente, e se sentir em demasia é motivo de condenação então ela dá-se como culpada, sim ela é rapariga para o fazer.
Ela não é segura e por isso gosta tanto das mãos dos outros: da sua força, da sua grandeza, da muralha que constroem à sua volta.
Ela não se satisfaz facilmente, e nem sempre compreende os sinais, não diz tudo porque sabe que não sabe tudo, e se aprender a motiva, ser ensinada é regra de ouro para o seu contentamento.
Ela gosta de se sentir lembrada, relembrada...puxada e agarrada, e gosta da doçura que há por detrás de um acto de violência: um abraço apertado, uma mão no pescoço, uma marca no ombro esquerdo ( a memória que persiste em ficar marcada na carne).
Ela liga-se a tudo, sem se ligar a nada, aprecia tanto a escuridão da noite como a luz que teima em espreitar pelas frechas das janelas fechadas ao nascer de um novo dia, gosta tanto do cheiro a roupa lavada como o do corpo suado, se ri então é porque tem vontade de rir, e se chora talvez lhe tenha entrado uma coisa para o olho.
Se se silencia é porque o silêncio não a incomoda quando está a seu lado, basta olhá-lo quando ele não está a ver, e percorrer as linhas do seu rosto, ou tocar-lhe na mão para saber que está vivo, basta subir ao seu peito e escutar o bater do seu coração enquanto o seu dono dorme adormecido.
"Porque é que foges?", pergunta.
"Um dia deixo de fugir.", pensamento.
Ela sabe que bastam uns breves segundos (porque os segundos são sempre breves) para que as duas vontades se cumpram num mesmo desejo, e para que se chegue ao centro da terra quente e em erupção, ela sabe que é como no poema da canção:
" I'm thinking back to the last day we had/ Old moon fades into the new/ Soon I know I’ll be back with you/ I’m nearly with you/ I’me nearly with you"
E ela sabe que regressará a casa mais uma vez, será deixada à porta para querer voltar à paragem do autocarro e fazer com que o dia anterior regresse, que regresse, e se o autocarro teimar em não passar, então ela corre atrás do carro "I'll fly, I'll fly..."
E assim sendo esta rapariga que eu conheço (mas sobre a qual nada sei verdadeiramente)...esta rapariga dizia eu, sabe que a viagem é longa, o percurso árduo, está ciente de que o tempo a pode abandonar e que deve estar preparada para perder. Caso ganhe, então fica tudo bem porque a vida é feita de pequenos nadas que são o tudo, e o tudo para esta rapariga tem sabor a sumo de laranja acabada de espremer.
Alguém conhece esta rapariga?