segunda-feira, abril 11, 2011

PRECISO DE LER

segunda-feira, abril 04, 2011

Uma tarde como outra qualquer

Uma luz seca que força uma amena sensação.
Raios chuvosos que nos refrescam entre batimentos de coração.
Uma manhã sonolenta que desemboca numa refeição terna e doce e num deitar quente e prolongado. E amamo-nos, como se a janela do quarto estivesse virada para o Paraíso. E amamo-nos como se as estações do ano nascessem e morressem em algumas horas. E amamo-nos como se os nossos corpos entrassem e saissem do nosso ser. E amamo-nos por longas horas em movimento e em progressão, em luz e escuridão. E amamo-nos como se as nossas vidas disso dependessem. E amamo-nos como se o Universo entrasse dentro de nós enraizado nos nossos cabelos, nas pontas dos dedos, nas línguas ávidas. E amamo-nos sem medo, sem reservas e sem rivalidade. E amamo-nos mais e mais, sempre mais, sempre mais do que ontem e menos que amanhã, sempre mais e mais fundo. E amamo-nos sem dar tréguas. E amamo-nos sempre porque sempre nos parece pouco demais.

sexta-feira, abril 01, 2011

Escuro

Austera sensação esta que sinto. As palavras fogem-me ou eu não as alcanço. O mundo gira e eu não o consigo aprisionar, as borboletas voam e eu não as sei proteger, vejo a cor e a beleza das asas e nada sei dizer sobre isso.
Loucura fugidia, paredes entreabertas que não me permitem abraçar o universo. Luz que emana e não ilumina. Não me sinto sã, não me sinto sábia, não me sinto acordada e não me sinto triste. Não sinto, respiro. Amanhã vou acordar de novo e espero ter mais para escrever.