sábado, janeiro 30, 2010

RJD2 - Ghostwriter

E isto faz-me lembrar "Prime" e a minha tarde fica ocupada =)

'The Ghost Writer' Trailer HD

(e agora lembrei-me da música)....Roman Polanski o dono da sobriedade!

"A experiência"

Ainda não tinha sentido o entusiasmo suficiente para me debruçar sobre Avatar. Não me entusiasmei com a aparição dos primeiros trailers, não me entusiasmei com as notícias massivas e os disparos dos media sobre o Box Office, não me entusiasmei por se tratar de um sonho imaginado por James Cameron durante 10 anos, e não me entusiasmei quando finalmente me sentei numa cadeira e pus uns óculos escuros lente 3D para ver uma imagem definida porém com cores menos bonitas caso optasse por visioná-lo sem o auxílio do objecto.
Que dizer sobre Avatar? Bem não se trata bem de Cinema, e a palavra "experiência" para falar deste filme cansa-me os neurónio cinéfilos. Cinema é isso mesmo, entusiasmo, vibração, coisas que mexem connosco, como que num caleidoscópio de sensações...sabem quando não estão muito entusiasmados com algo e depois têm uma grande desilusão? Bem, não foi isso que senti por Avatar, sabem quando não "estão nem aí" e depois são surpreendidos grandemente pela obra? Também não foi o caso. Saí da sala exactamente como de lá entrei.
Não posso negar tratar-se de uma coisa extremamente bem feita, extremamente rica e extremamente bem vendida, mas falta a chama da vida, por mais que queira os bonecos azuis não me convenem e se nomearem a Zoe Saldana a Óscar terei de me auto-flagelar com a agulha da anestesia que vou levar na próxima semana. Trata-se da crição de um Universo imaginário extraodinário, mas não é arrebatador...lembram-se da adrenalina sentida ao verem pela primeira vez Blade Runner ( sem nunca esquecer o Metropolis) ? Ou até mesmo, Jurassic Park...ou até mesmo o Rei Leão...? Esses sim possuem planos picados de tirar o fôlego, inovam, emocionam: praticam Cinema. Deixemos a experiência. Muitos sabem que defendo, qual leoa defende os seus petizes, Steven Spielberg: faz de tudo, cria tudo, inova em tudo, faz Comédia, Drama, filma a guerra, e faz ficção científica, podemos escolher qualquer um dos filmes, e qualquer um deles mostra algo de novo.
James Cameron é a mente por detrás de uma das minhas sagas preferidas, Alien, mas ver no seu novíssimo filme uma Sigourney Weaver a fazer lembrar a valentona Ripley é suplício a mais...por isso termino este texto com a ideia da "experiência" que em nada me emociona. Avatar está visto e duvido que o volte a ver, vou aguardar antes pelo próximo do Spielberg ;)

WICKED GAME [HD] Chris Isaak

Hoje vou ouvir isto o dia todo!

sexta-feira, janeiro 29, 2010

No dia em que a minha mãe aprovou o belo do sushi

No dia em que a minha mãe aprovou o belo do sushi, ela não só aprovou, como voltou a aprovar...na realidade, se a minha mãe pudesse, ainda estaria a esta hora sentada naquela mesa a aprovar. Lá fomos as duas, a medo, primeiro o prato mais cozinado, depois aquele half-cooked estaladiço e depois sim o fsmoso crú, de cor viva e de textura encorpada! A senhora gostou e eu arranjei mais uma pessoa para me fazer companhia, porque meus amigos, este é um ponto muito importante nas nossas vidas: as pessoas que nos acompanham nas coisas que mais gostamos devem ser as mesmas a acompanhar-nos nas que mais detestamos.
É como aquele limiar entre a ternura e o ridículo, a pessoa que nos vê no pico da nossa graciosidade terá o direito de nos ver numa maca a suar que nem uma porca e a praguejar diabolicamente enquanto alguém lincenciado em Medicina nos tenta retirar uma coisa viva de dentro de nós, coisa essa que um dia também praguejará e será açoitada por isso (isto se for minha filha).
Hoje acordei cedíssimo, não queria acordar, adormeci rápido demais, tão rápido que dormi profundamente e é nessas vezes que custa mais a abrir a pálpebra calona, estava uma manhã bonita, lá me estiquei até à janela para correr a cortina porque os raios de sol feriam-me a íris. Banhinho, pequeno-almoço reforçado, depois vesti-me (sim eu como após o banho e a antes de me vestir), apaguei a televisão e corri até ao metro qual coelho no país das maravilhas. Encontro a minha mãe e lá vai ela comigo acompanhar-me ao consultório, ouvi as notícias que não me apetecia ouvir, era bom que o antibiótico fizesse o trabalho todo, mas não...lá terei eu de ver o braço espetado e lá vão os senhores de bata pedir-me para contar do 10 para trás...devo chegar ao 4 e apagar!
Bem, mas no Domingo é que sei se será mesmo assim..até lá toca a fazer o antibiótico e a fazer outras coisas importantes e giras!
Ainda não tinha entrado para o gabinete do médico e já me atinha apercebido que não tinha o meu telemóvel comigo, "mas como..se mexi nele quando estava a comer o pão de Deus no Gou..." ah pronto Leila deixaste lá o traste! Toca de ligar ao antigo local de trabalho e pedir encarecidamente que o procurem algures pelo Atrium...ligam-me de volta e era do meu número, a voz simpática do outro lado a dizer que claro que ninguém iria querer ficar com um telemóvel cujas teclas verde e vermelhas não funcionam, que tem um autocolante de uma flor cor de rosa nas costas e ainda tem outro colado a dizer "Pincesa"....Nisto tenho a consulta, nisto saio de lá com a minha mãe e rumamos ao antigo local de trabalho, nisto subimos no elevador e nisto ainda tenho um encontro imediato de terceiro grau com esse ser megalómano de nome Sá Pinto ... suei pela minha vida e pela da minha mãezinha, nisto passam quase 45 minutos no escritório e nisto desco e desafio a Dona Lurdes para uma patuscada nipónica...nisto ela gosta! Depois foi passar na farmácia e caminhar até casa, morri para a vida a tarde toda, agora que já escrevi alguma coisa, é jantar e ler, fazer planos para a noite e rezar para que a glândula se salve! Amén.

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Jefferson Airplane - Somebody to love

Traz milho!

Lion King - Circle of Life

Falam em "experiência" no que respeita a Avatar...eu prefiro "Cinema"...The Lion king em 3D..isso sim é qu era! What an entrance!!!!

AINDA SOBRE NINE

Antes de me debruçar sobre Avatar...aqui ficam as palavras sábias de MJT !!

quarta-feira, janeiro 27, 2010

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Le temps destruit tout

PORQUE O TEMPO DESTRÓI TUDO.PORQUE ALGUNS ACTOS SÃO IRREPERÁVEIS. PORQUE O HOMEM É UM ANIMAL. PORQUE O DESEJO DE VINGANÇA É UM SENTIMENTO NATURAL. PORQUE A PERDA DE UM AMOR DESTRÓI-OS COMO UM RELÂMPAGAO. PORQUE O AMOR COMANDA A VIDA. PORQUE TODA A HISTÓRIA DESCREVE-SE COM SÉMEN E SANGUE. PORQUE AS PREMONIÇÕES NÃO ALTERAM O PERCURSO DAS COISAS. PORQUE O TEMPO REVELA RUDO. O PIOR E O MELHOR. (retirado do dvd distribuído em Portugal pela PRISVIDEO, IRREVERSIBLE, 2002) Este sim um filme que perturba, que enoja, enjoa, choca, altera-nos e revela-se um lição. Inteligentemente realizado e montado, capaz de levar o espectador a uma viagem alucinante no tempo através do seguimento não linear da mesma. Vemos o final no início e percorremos a obra de trás para a frente, de cima para baixo: somos a câmara, e esta é a personagem. Fascinante, o modo como o início do filme (visto no final) consegue apagar qualquer vestígio de mal-estar que possamos ter sentido. Confusos? Vejam...mas percebam que o tempo destrói tudo. Se acharem que ainda não estão preparados, é porque ainda não é o vosso Tempo.

=)

domingo, janeiro 24, 2010

Wonderful Life

esta canção cheira a Infância, a minha Infância!

sábado, janeiro 23, 2010

Este texto é para ti.

Tu que gostas do que eu escrevo. Tu de quem eu gosto muito. Tu que fazes já parte da minha vida. Tu que me lês. Tu que facilmente percebes o que sinto. Tu que eu respeito e que quero que me critiques. Tu que sintonizas a mesma rádio que eu (quando eu sintonizo uma). Eu que sou assim, e quero mudar, mas sou assim. Eu que pensei perder um amigo. Eu que às vezes chateio as pessoas porque elas não se chateiam comigo. “A culpa foi do arco-íris” essa não esqueço. Olha que também tu escreves muito bem. As coisas mudam, o passado muda-nos, e nós somos aquilo que dadas as circunstâncias conseguimos fazer mudar também. Somos o vento que guia, as asas dos pássaros a esvoaçar perdidos, porque a Primavera chega mais cedo que o previsto. Somos a água que cai a mais, a Terra que bebe demais, o Sol que queima no Verão e fica tímido no Outono, somos as tardes frias, as manhãs geladas e o meio- dia cálido. Somos a acção e a consequência, somos a faca e a ferida, o antídoto e o ardor, a cicatriz e a memória póstuma que não nos deixa voltar a cortar. Somos o melhor, o pior e mais...somos o que somos e o que estamos para ser.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Nove

às vezes o gato é morto pela curiosidade (ahaha tão bom trocar os complemetos directos, pelos indirectos)!
Foi um dia imenso, longo, de leituras e descobertas, redescobertas e no final apeteceu-me um filmezinho, o musical foi a escolha.
Começa a preto e branco, com um close up de Guido Contini, interpretado pelo Daniel Day Lewis, um realizador de cinema que está a atravessar uma grave crise de criatividade.
A premissa: inicar as gravações do seu filme já anunciado à comunicação social "Itália"...o guião, não existe, a musa não sabe o que dizer, a pessoa responsáel pelo guarda roupa não sabe o que costurar, os produtores não sabem a quem ligar e Guido não sabe onde se inspirar. Tenta em todas as mulheres da sua vida, a esposa, a amante, a musa, a prostituta que lhe ensinou os valores de um bom italiano, a mamma, e a sua costureira..nisto vem também atrelada a jornalista da Revista Vogue americana! E Nove é sobre elas.
Rob Marhall diz-se inspirar no cinema de Fellini, no filme uma das personagens fala em "Neo- realismo", mas este musical é pobre em magia. Vive de pequenos momentos aqui e ali engraçados, mas que não passam disso mesmo, nenhuma sequência musical é genial, não há uma abertura como em Chicago ao som de "All that jazz" e às vezes tudo o que se precisa é de uma boa entrada. Não existem grandes interpretações, porque todas as aparições são demasiado curtas e todas as personagens demasiado estereotipadas. Falta o magnestismo do musical, falta um final electrizante e nisto bato na mesma tecla, o final de Chicago é de arromba cheio de energia, e Nove não.
Porém Nove é uma homenagem ao cinema, em forma de musical, é o modo encontrado para dizer que o Cinema nasceu para ser visto e que as palavras só servem para o matar, Nove é sobre a busca mais do que da inspiração, a busca pelo equlíbrio e pela adrenalina de sentar numa cadeira de realizador.
É comovente o final, desprovido de imagens magnetizantes, apenas o criador na sua cadeira lá do alto, acompanhado pela sua alma de criança que não quiz crescer.
As cenas memoráveis ficam a cargo do emotivo desempenho de Marion Cottillard ao cantar "Take it all" e de Nicole Kidman em "Unusual way", a decepção vem do momento musical de Fergie, que canta como ninguém o tema mais forte de toda a obra e é tão pouco encenada, tão pouco aproveitada. Melhor é mesmo a parte da cena a preto e branco em que vemos Saraghina a brincar com os "little italian devils" que depois serão veemente castigados...e a lufada de ar fresco é a luz de Kate Hudson com "Cinema italiano" que embora mais pareça um videoclip realizado pelo mesmo senhor que faz os anúncios da Martini, possui energia e empenho por parte da actriz.
De resto, Penélope não deslumbra a fazer o papel da amante burra, espalhafatosa e pouco desembaraçada (se bem que parece inspirar-se na mandona da Anna Magnani), e há depois as senhoras donas da palavra Mulher: Judi Dench e Sophia Loren, que são como as grandez actrizes do cinema mudo, nem precisam dizer uma palavra.
Nove...torna-se o nome de "Itália" E MAIS NÃO DIGO.
Vejam :)

NIcole Kidman "Unusual Way": Nine

A cena mais bonita do filme é dela!

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Uma manhã como esta

Frio. Nevoeiro. Sono. Manhã. Frio. Muito frio. Cinzento. Orvalho. Olhar. Escadas. Beijo. Manhã. Sorriso. Estrada. Suspiro. Nevoeiro. Manhã. Queda. Absolvição. Pena. Nevoeiro. Carro. Embate. Sorriso. Quente. Mesa. Cadeira. Caminhada. Humidade. Transtorno. Medo. Pena. Absolvição. Penhasco. Queda. Colchão. Pena. Mais frio. Memória. Lágrima. Dor. Medo. Preocupação. Suspiro. Compreensão. Alívio. Eu respiro uma manhã como esta.

domingo, janeiro 17, 2010

domingo, janeiro 10, 2010

Amanhã (que será Hoje e passará a Ontem)

É amanhã que tu chegas e a tua pequenina está feliz. É amanhã que tu e a tua pequenina vão estar juntinhas, caminhando de braço dado, de mãos dadas de corações dados. Hoje estou eu deitadinha no sofá, enroladita numa manta, aquela que tu odeias quando está repleta de pêlos do Max, junta-lhe aos pêlos uma quantidade infinitamente contabilizada de migalhas de bolachinha Maria! Amanhã a esta horas estamos sentadas a uma mesa, a ser servidas por senhoras que tremem de medo por não saberem o que é um chá de camomila, e a quem tu muito contente dizes "Glacias" e prossegues com a conversa que estavas a ter comigo. Está frio aqui sabes, acho que onde estás faz muito mais, mas eu tenho muito frio e sei que amanhã terei menos. E amanhã dormimos juntinhas no quartinho cor de rosa, agarradinhas naquela cama de "corpo e meio", aquela caixinha cor de rosa inserida bem no meio da casa. E a parte boa, é que depois de amanhã voltas a estar com a tua pequenina, acordamos juntas, fazemos torradas, eu ponho manteiga e tu queijo fresco ou requeijão, bebemos longos e doces cafés e pomos mais conversa em dia: vamos estar no Pinheirinho. Ajudaremos o papá a apagar mais uma velinha, cantaremos os parabéns como se estivessem duzentas pessoas naquela casa, brindaremos ao facto de estarmos ali todos juntos e iremos deitar não muito tarde como o bom povo faz. E depois vais partir (naquela estrada) , e eu cá ficarei à espera de uma desculpa para podermos estar juntas outra vez, a ver aquelas coisas juntas que nós vemos outra vez, as palavras que nem precisamos de pronunciar outra vez, os problemas que afastamos com toda a graciosidade que nos foi entregue desde sempre, outra vez. Disseram-me que "quando pedimos algo com carinho parece que as coisas funcionam", tu e eu somos assim também. Li isto num poema, parece que se adequa a ti "És a carne dos deuses...(e o poeta prossegue), És aquele alimento de quem, farto de pão, anda faminto". Mana.

sábado, janeiro 09, 2010

Dia e Noite

Lá estão eles, separados no tempo e nos espaço.
Não se sabe qual deles existiu primeiro, se foi primeiro dia e nasceu a noite, ou se da noite se fez dia. Apenas podemos imaginar e continuar a imaginar.
É como ter os pés na terra e haver alguém que voa, parecem mundos diferentes, mas se não nos importarmos de nos aventurar, sonhamos sonhos jamais sonhados.
É como optar por reservar e esconder, e quando ousamos dar e revelar damos os primeiros passos numa nova realidade já ou não enveredada.
É como aquele limiar de satisfação que temos medo de esgotar.
É como acontece com o dia e a noite.
Qual é que gostamos mais? Qual deles o mais intenso, o mais revelador, o mais presente?
Dizer que gostamos dos dois é sensato, mas será real?
Levemo-nos pela ousadia dos sentidos e a realidade fará do sonho mais que uma ideia, um facto, um argumento, uma dádiva, uma rotina. A rotina mais bela das nossas vidas. Sonhemos noite e dia, vivamos noite e dia, brindemos noite e dia.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Elvis

"Always on my mind"

Nos dias que correm...

vejo coisas, bonitas, luminosas e alegres.
Nos dias que correm, pára a chuva para dar lugar ao Sol que brilhou fortemente e tranformou uma parcela de céu húmido em arco-íris (outra vez). Nos dias que correm eu vejo o arco-íris num ponto da cidade, e no outro alguém o fotografa e mo oferece sem pedir nada em troca.
Nos dias que correm, faz-se por sorrir nas carruagens do metro por volta das 8 da manhã entre a multidão cabisbaixa que lê jornais gratuitos e... olha tristemente para as suas páginas. Nos dias que correm só eu pareço destoar. Nos dias que correm penso em papoilas e na sua cor, na sua presença e do quanto a minha mãe se alegra com elas. Nos dias que correm esqueço-me de coisas e deixo-me ir. Nos dias que correm olho para trás e não me arrependo de nada. Nos dias que correm lembro-me de Londres por sentir uma fragrância numa desconhecida. Nos dias que correm provo a torrada em pão saloio do bar da faculdade de Letras.Nos dias que correm penso em lugares que não conheço e nas pessoas que se dirigem para lá. Nos dias que correm brindo à felicidade com garrafa de leite achcolatado Ucal. Nos dias que correm, pareço ausente para uns, demasiado feliz para outros, e "normal" para os demais. Nos dias que correm revejo três caras amigas, e todas elas me dizem "bom ano!". Nos dias que correm permito-me ao egoísmo e torno-me misteriosa. Nos dias que correm percebo que ouvimos a mesma canção. Nos dias que correm tenho vontade de escrever mas as palavras fogem-me. Nos dias que correm contam-me novidades sobre o nome que me foi dado. Nos dias que correm fazem-me sorrir fácil e docilmente. Nos dias que correm, o sol de Inverno beija-me a cara e sussurra "hummm".

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Porque há pessoas que não conhecem....

o meu Stevie Wonder! " 'till I reach the highest ground"

Inside Man (opening sequence)

São genéricos inciais assim que me entusiasmam, ardilosamente sedutores! Temos a entrada muscial a acompanhar os "nomes" da indústria, e o filme começa e nem nos damos conta, é-nos dado o close-up, o enigma ( e a sua resolução), a cidade e a envolvência musical que nos deixa flutuar pelas pistas deste mosaico fílmico e cultural que é Inside man. Spike Lee? "therein lies the rub"...é mesmo Shakespeare!

segunda-feira, janeiro 04, 2010

The English Patient

Já que falo em "adeus" e "fim", aqui fica o do "Principezinho"!

...ia deitar cedo, mas este paciente que parece ser inglês intrometeu-se. Este paciente que mais não é que "o Principezinho" caso o mesmo tivesse crescido. Lá para as três da manhã adormeço, e terei sonhos dourados como a areia do deserto escrita pelas riscas feitas pelo vento e ritmadas pelos cânticos húngaros que embalavam o aviador em criança.

Adeus. E um galão bem quente.

É uma palavra que nem sempre se deseja dizer, essa do "adeus".
Muitas vezes é necessária, mas sabe tão mal, tão mal que é a última coisa que temos no nosso pensamento.
Há pessoas que não temem essa palavra, não se apegam, não se deixam tocar porque acham que são fortes, porque são seguras e porque são necessárias demais a alguém, seja quem for. O "adeus" delas é quase doce de tão frio que é, quase como que uma benção.
Mas o "adeus" manifesta-se. Mais tarde ou mais cedo, vem, diz-se e sente-se.
Dizemos adeus aos momentos felizes, aqueles que não voltam mais, aqueles que só podemos sentir em sonhos. Dizemos "adeus" aos que mais amamos, aos que mais amámos repito com mais força, porque nem sempre amamos todas as pessoas ao longo das nossas vidas do mesmo modo. Às vezes amamos mais, outras vezes com menos força...às vezes esquecemos de os amar, e outras há em que os amamos tanto que esquecemos de nos amar a nós mesmos, e aí é um "adeus" diferente que deve ser pronunciado.
Isto para dizer, que não há mal algum em dizer "adeus", as coisas menos boas só existem para nos lembrarmos das Muito boas! E o bom do "adeus" é saber largar o fio, deixar ir, dar espaço e voltar a respirar, respirar naquele momento em que parece que já não vamos aguentar mais, naquele preciso momento em que o mundo se parte em dois e que desejávamos vender a alma se fosse preciso. A parte boa vem depois quando nos aperecebemos que essas ideias são tolas e que vale a pena dizer "adeus" para depois dizer "olá"!
As coisas de que me lembro enquanto aqueço leite para fazer um galão!!