terça-feira, outubro 28, 2008

MagneticArts

Imaginem o vosso velho frigorífico, frio, branco, monótono... e vejam agora o que lhe aconteceu
"Magia?" - Perguntam vocês desse lado, não meu caros é "MagneticArt"

Sim há um destes tous les anées

Comemorações do dia 21 de Outubro...quase quase feriado Nacional :)

Ela cose?!

Cose sim senhora!
Fazer favor visitar o blog da minha cara amiga muito do habilidosa Ana Manuel, eu cá já lhe fiquei com o Gato Miau e a enfermeira naughty...ok ela não os denomina assim mas eu gosto de crir estas ligações afectivas com os meu futuros objectos de bijuteria!
Vem aí o Natal...um excelente blog para escolher prendas criativas!

segunda-feira, outubro 27, 2008

Segunda feira

Ontem à noite sonhei que navegava de barco à luz das estrelas.
Normalmente não se gosta nada das manhãs de Segunda feira, mas como sonhei que naveguei num braco à luz das estrelas não me importei que fosse Segunda feira de manhã.
Porque podemos levar o nosso coração para um qualquer lugar!

sexta-feira, outubro 24, 2008

Outono/Inverno 2008

E antes de ir, a imagem deste nobre companheiro fiel, amigo e conselheiro da Princesa mudou de roupa, porque com o Outono novas exigências são feitas ao corpinho, e mudou de cara, para quem ainda não sabe: Double Indemnity de Billy Wilder (1944) !
Sobre a roupa, ainda não estou convencida, em breve trato disso plástica e literariamente!!

Dicas da Princesa (fornecidas por outrem)

Trabalha como se não precisasses do Dinheiro!
Nada mais fácil meus caros, acreditem.
Bom fim de semana!!

quarta-feira, outubro 22, 2008

O kitsch e eu, através da palavra de Milan Kundera

"(...) daqui se infere que o acordo categórico com o ser tem como ideal estético um mundo onde a merda é negada e onde todos se comportam como se ela não existisse. Esse ideal estético chama-se kitsch (...) o kitsch é, por essência, a negação absoluta da merda; tanto no sentido literal como no sentido figurado, o kitsch exclui do seu campo de visão tudo o que a existência humana tem de essencialmente inaceitável(...). e, "(...) quando o coração fala, não convém que a razão levante objecções. No reino do Kitsch, exerce-se a ditadura do coração (...) o kitsch não apela ao insólito; apela sim, para alguns imagens-chave profundamente enraizadas na memória dos homens: o pai abandonado, as crianças a correr num relvado, a recordação do primeiro amor. O kitsch faz vir duas lágrimas de emoção aos olhos, uma logo a seguir à outra. A primeira diz: que coisa bonita, crianças a correr num relvado! A segunda diz: Que coisa bonita, comovemo-nos como toda a humanidade se comove quando há crianças a correr num relvado! Só esta segunda lágrima é que faz com que o kitsch seja o kitsch. A fraternidade de todos os homens nunca poderá repousar em nada senão no kitsch." Há mais a dizer sobre isto, mas receio esta um pouco atrasada! Seguir-se-ão depois mais alguns rabiscos sobre este tema.

terça-feira, outubro 21, 2008

Notas de 500

Disseram-me muito recentemente mais ou menos isto:
Encontrar os bons amigos é tão raro como encontrar notas de 500 euros na carteira, isto claro do ponto de vista do comum dos mortais.
Eu gosto de ser uma "comum mortal".
Acho que hoje em dia ninguém é "comum", banal, e acho a banalidade tão cativante, se formos "comuns" quer dizer que somos fiéis a nós menos, que não nos importamos que alguém se equipare a nós, ultrapassar quem sabe!
Hoje todos querem ser diferentes e muitas vezes escondem-se atrás de algo em que não acreditam puramente, mas é fácil sermos fiéis a nós mesmos, dava um tiro no meu polegar direito se não fosse fácil!
Mas acho também que, e ainda sobre as notas de 500, sim elas são mais raras porque nem sempre as podemos guardar connosco, lembramo-nos da sua forma, das suas inscrições, da sua cor, so seu cheiro se for preciso, mas nem sempre as mantemos porque as temos de devolver, ou dar simplesmente a alguém!
Os "bons amigos" também são assim, são para se manter. Felizmente os amigos deixam-nos abusar deles, as notas se o fizermos reduzem-se e transfiguram-se, cheiros e até formas físicas e perdem parte do seu valor. Os amigos nunca perdem o seu peso nem o seu valor!
Hoje acordei e lembrei-me disto, talvez fruto de leitura nocturna: parecem haver dois lemas na vida, eles sao o "tinha de ser", e o outro é "uma vez não conta"...uma vez é nunca!
E se agora terminar este texto com a frase "Gosto tanto de ter amigos como de ter notas de 500 euros" já não estarei a ser fiel a mim mesma :)

segunda-feira, outubro 20, 2008

Bryn Christoper performs single 'The Quest'

Ouvi isto no final da série que eu mais critico, apenas porque parece uma novela, mas mesmo assim todos chamam de série, Gray's anatomy É UMA NOVELA, aliás se esta série é uma série, eu casei a semana passada com o príncipe das Astúrias! Ah e descobri que os nomes dados aos episódios inspiram-se todinhos em nomes de canções, gosto da ideia, e gostei deste tema. Vou voltar agora para o meu Milan Kundera para saber com quem vais Tomas dormir a seguir, que é o que basicamente acontece no hospital da série os médicos papam tudo o que aparece, é a simbiose "cirugião/sedutor" ambos os praticantes destas artes cortam pele para ver o que há do outro lado...

domingo, outubro 19, 2008

These Are The Days Of Our Lives

Lá mais para a frente (muitos mais para a frente) também quero pensar que foi assim. Se o conseguir é porque valeu a pena!! Se valeu para o Freddie, valerá para mim também. Sometimes I get to feelin/ I was back in the old days - long ago/ When we were kids when we were young/ Thing seemed so perfect - you know/ The days were endless we were crazy we were young/ The sun was always shinin - we just lived for fun / Sometimes it seems like lately - I just dont know/ The rest of my lifes been just a show/ Those were the days of our lives/ The bad things in life were so few/ Those days are all gone now but one thing is true/ When I look and I find I still love you/ You cant turn back the clock you cant turn back the tide/ Aint that a shame/ Id like to go back one time on a roller coaster ride/ When life was just a game/ No use in sitting and thinkin on what you did/ When you can lay back and enjoy it through your kids/ Sometimes it seems like lately - I just dont know/ Better sit back and go with the flow/ Cos these are the days of our lives/ Theyve flown in the swiftness of time/ These days are all gone now but some things remain/ When I look and I find no change/ Those were the days of our lives - yeah/ The bad things in life were so few/ Those days are all gone now but one things still true/ When I look and I find/ I still love you / I still love you

sábado, outubro 18, 2008

Vício do momento

Sou uma menina cheinha de vícios, mas chamo-lhes outra coisa, porque essa palavra mesmo não passando disso mesmo acarreta consigo (acarretar é uma palavra não muito bonita eu sei) a ideia de controlo, desgaste, dependência, excitação temporária e consequente desgaste do ser, física e emocionalmente. Eu cá como sou optimista fico com a parte boa que é o prazer da endorfina alegre, o neurónio satisfeito, o corpinho reluzente, o cabelinho a brilhar, o sorriso descomprometido, a noite bem dormida, a vontade de sair de casa pela manhã a cantar "I can see clearly now the rain as gone" e recuso-me a aceitar os pontos menos positivos descritos ali atrás. Desse modo inauguro hoje nova rubrica aqui neste localzinho apetitosozinho: o link, espaço ou imagem dedicado ao prazer experienciado num determinado momento da minha vida feliz!
O vício do momento!!

sexta-feira, outubro 17, 2008

Menina Gato

Ia a menina Gato a caminho de Madrid, não ia?
Ia sim.
Então a menina Gato pôs-se a aprender espanhol (porque o meu portinhol "it really sucks"), e toca o telefone, "entrevista para trabalhar em Portugal", a entrevista foi no dia seguinte, o trabalho começou no dia seguinte também ao do dia da entrevista!
De facto não vale a pena fazermos planos, porque a vida já fez planos para nós.
"Mas Madrid e a menina Gato?" perguntam vocês:
Bem "o que tiver de ser será!" a vida faz-se de escolhas, acções e sonhos materializados, e nós só sonhamos com aquilo que podemos fazer: e o segredo é encontrar em cada pequena coisa um propósito para crescer, o resto vem por acréscimo...e já dizia o outro "aquilo que esperamos permitem-nos aguentar, mas o inesperado é o que de facto nos faz mudar!".
Não tenho Madrid, mas tenho "a minha" Lisboa, "o meu" Saldanha, "o meu atrium" como local de trabalho, lá bem em cima em cima, a vista é magnífica garanto! Agora já posso apreciar o meu senhor do piano que toca em muitas das tardes fora, ele um dia sorriu-me, eu retribui e ele tocava "You must rember this..."...

segunda-feira, outubro 13, 2008

Pensamento do dia

(sim sim esta pulseira é minha, N2 à venda na Pedra dura) Olá! Teclava eu com a minha mana du coeur ao computador, que isto da distância é mesmo levado da breca, ela lá, eu cá, a falar de pormenores, e coisas fúteis, e coisas de família parvas e sensíveis e deparo-me com um grande dilema, um problema que terei de resolver à custa de cedências e muita ponderação. Vou ser emigrante, vou para Madrid, escreve-se emigrante não é? Nunva sei a diferença entre "emigrante" e "imigrante", mas a ideia é que vou para lá, ser "migrante", com "E" ou com "I" depois alguém que me diga! Não falo "isto" de espanhol, a sério que não, aprendi italiano e então troco-me toda, e dou uma entoação parva às palavras que não portuguesas, francesas ou inglesas, ah e espanholas...considero-me a única portuguesa que não sabe falar o famoso "portinhol". Mas o dilema não é esse. Diz-me ela do outro lado, "ah vai ser tão giro, começa a separar os teus chapéus, as tuas collants da French Connection, as tuas camisolas quentes e o teu casaco tigre, mas atenção Leila, só tenho um armário para ti". Pânico. Momento de introspecção. Suores frios. Volto a mim. "Susana tens a noção de que preciso de saber o espaço exacto que me será concedido", possuo malas e bijuteria das quais não me consigo separar, quem não tem filhos, tem cães, eu tenho um mas é rafeiro e de mim só precisa quando aprender a miar, por isso tenho malas e bijuteria! "Susana tens a noção de que terei de pedir à mãe um daqueles desdobráveis de plástico para guardar as jóias da coroa?" Quatas malas posso afinal levar? As minhas pequeninas, a minha vermelha vinil, a minha preta executiva, a minha verde alface de camurça, a castanhas com apliqués de pedra japonesa...qual delas terei de deixar para trás, sinto-me a Meryl Streep no filme a escolha de sofia quando teve de optar por um dos filhos, um ia com ele outro...não. (A borbota bater-me-à por esta, e não ponho o clip da cena porque é perturbadora e pretendo apenas transmitir comicidade à situação...). E a minha bijteria, a em tons de dourado, a em tons prata, uma para o fim de semana, outra para os dias de semana, uma de festa, outra de lazer, menos escandalosa, mais kitsch, a pérola, o brilhante Channel, a gargantilha Bimba e Lolla, o colar com a pata Margarida, a pulseira com o gato miau miau, os meus brincos da princesa sapa e do pedinte sapo, a pulseira a puxar para o estilo étnico, o fio dos brilhantes azul-água oferecidos com carinho acho eu que com carinho, creio que sim com afecto e carinho. O drama meus amigos, é o que vos digo. Já tenho o texto de amnhã preparado, é sobre Cinema a ver se o consigo tornar visível ainda amanhã!

sábado, outubro 11, 2008

tatuagem

A Mafalda Veiga tem uma canção com este nome, estive a escutar e digamos que não percebi a ligação do tema ao poema em si, prossigamos. Aliás, e voltando à Mafalda, ela sempre me fez alguma confusão, acho-a um bocado André Sardet, as músicas são giras mas não são sempre iguais? É impressão minha, ou ouvimos uma e ficamos a conhecer todo o álbum... É como o Jack Johnson no fundo. Mas a estória da minha tatuagem, venho partilhá-la com os demais. Sempre foi um desejo desta miúda, sempre fui uma "gaja das artes", a sonhadora, e achei que por isso deveria ter uma obra de arte para sempre comigo. Não ligo muito à questão histórico-cultural da arte de pintar o corpo, quem me conhece sabe que sou fútil, e que sendo do signo Balança (que às vezes tantos dissabores me trás) também gosto de tudo o que tem a ver com a estética, sou uma esteta, sou uma Oscar Wilde, dandy, palerma e muito convencida, não me considero homossexual, porém acho a Angelina bem fofinha ( quem não a achar que atire a primeira pedra ou faça a sua primeira tatuagem)! Dois anos atrás mencionei que queria fazer uma tatuagem, “ah isto passa-lhe! Não a devíamos ter levado ao Sudoeste!”, pois não passou, estudei a História da tatuagem, as origens, os desenhos mais comuns, os símbolos e ficou sempre coladinha a mim a ideia, mas o mundo não se faz de ideias, faz-se de acções, sabia até o que queria: A Fénix! Na altura desenhei uma, de asas abertas como se se estivesse a preparar para o seu último voo antes de rensacer das cinzas. O fogo era importante. O Renascimento também. Mas só este ano a vontade se reacendeu, acordei uma manhã, liguei a uma jovem, e disse-lhe vamos a isso, alguns telefonemas depois, alguns conselhos e fui ao Bairro Alto. Fui muito mal tratada, a dona da loja assim que viu o que queria pensou “coitadinha” mandou-me ir ver uns quantos catálogos para tirar umas ideias, porque aquilo que eu queria…”o corpo é uma superfície pouco lisa, isso tornar-se-á apenas numa mancha“, entretanto a ave de asas abertas mudou para uma ave de asas tão abertas que se tocavam formando um círculo (quase) perfeito…e como queria um círculo porque a vida faz-se de círculos e tudo o que é importante podemos colocar dentro de formas circulares…onde ia eu, ah pois fui ver catálogos! Encontrei uma coisa gira e simples, não gosto nem de uma nem da outra palavra mas aqui tem a sua importância: uma andorinha a voar em direcção oposta ao sol, apaixonei-me e eu sou assim, quando me apaixono esqueço o resto, digamos que é uma pequena falha na minha personalidade felina e digo-o do fundo do meu coração! Regressei no dia seguinte de costinhas preparadas, e o meu tatuador estiloso que fez todo o trabalho de boina na cabeça, mostrou-me a obra de arte, quase chorei, estava perfeito, de facto um artista é alguém especial e é isso o que as pessoas não percebem na arte de tatuar, se é para a vida tem de ser perfeito, íntimo, profundo e Belo, mencionei que sou uma esteta certo? Ele tornou a minha Fénix numa ave naturalista, fez-lhe uma cauda trascendental, manteve o corpo tal como lhe pedi, e fez o sol, porque eu queria um círculo algures, mãos à obra...et voilà quando movo as costas ela parece ganhar vida e voar! Não pensei na dor sequer por um segundo, a dor nunca me deteve, é estranho dizer isto, mas normalmente o nosso primeiro instinto é fugir à dor, ao tatuarmos estamos a ir de encontro à dor, é de facto um paradoxo, mas sendo a obra de arte uma coisa tão desejada, sentimos cada picada como se de uma abelha se tratasse, e a cada picada sentimo-nos mais perto do traço final, do últimos preenchimento e quase que nos esquecemos que as melhores coisas custam a conquistar! A agulha começou a picar a minha coluna, não dói muito o contacto com os ossos, a mim doeu-me mais nas partes “mais molinhas“, estava virada para um rapaz que estava a tatuar algo no topo das costas entre as omoplatas, e comecei a notar na estética daquele espaço, senti-me numa daquelas barbearias à antiga, com azulejos pretos e brancos, muitas fotos de motards, tudo meio surrealista e kitsch, fotos de santas como no videoclip do Believe in me do Lenny Kravitz, o arcanjo Miguel, a Betty Page, o Diabo e Deus lado a lado, e comecei a sentir-me mal, deixei de sentir basicamente e apaguei…pois desmaiei, não de dor, mas o meu organismo reage assim a agulhas, sejam elas para tirar umas gotas de sangue ou para tatuar uma fénix, lá acordei quando fui esbofeteada pelo tatuador que teve a amabilidade de me dizer que recomeçavamos quando eu quisesse, a dona da loja ofereceu-me caramelos e ainda conversámos sobre a mala que eu levava e de que ela gostou muito, “é de Londres” “ah vou lá esta Quinta feira, mas já não é o que era, já não há Punks…há 15 anos era outra coisa!”, como veêm as mulheres têm sempre alguma coisa de que falar.
A tatuagem continuou, a dor perfeitamente suportável, levou-me umas duas horas e fazer de mim uma gaiola para a minha ave mitológica! Saí da loja feliz, volto a dizer que o valor simbólico não é para mim o mais importante, só o é na medida em que simboliza algo que só partilho com quem mais quero partilhar, se gosto da Fénix por saber que faz apenas parte da minha imaginação e que gosto de pensar que poderia renascer das cinzas sempre que morresse, sim é algo por aí, se consigo sonhar com isso porque não fazer do sonho uma realidade física?! Ele, o tatuador disse-me “tens a noção que esta é a primeira mas não ser a última?”, sorri. De momento não tenho mais nenhum sonho a tornar realidade, pelo menos não no meu corpo, os sonhos que tenho estão todos em marcha mas fora do corpo porque é dele que saiem, de todos os poros, de todos os actos, de todas as vontades, de todos os segundos não calculados, de todas as amarras libertas, de todas as palavras que digo, sinto, explico e concretizo, se penso nisso, sim, mas ainda não tenho motivo, tenho porém o local do corpo que será brindado!
Tatuador: Alberto Freitas Loja: Bad Bones Desenho: Fénix

quinta-feira, outubro 09, 2008

:) O feliz mundo em que eu vivo feliz :)

Vivo num mundo estranho, e diabos me levem em como não o trocava por outra coisa qualquer, e isto porque:
No outro dia ia no metro e vi que um cego (acho a palavra "invisual" seca e pouco harmoniosa), notei (sim eu vejo bem) que ele ia bater no separador entre as duas passadeiras dos tapetes rolantes na estação do Marquês de Pombal, ajudei-o a não ir de encontro ao mesmo, e puxei-o para o lado certo do tapete e lá foi ele na direcção Baixa-Chiado. Lá foi ele o caminho todo a dizer “Filha da puta!” era eu?
Que eu saiba a minha mãe nunca…enfim ele também não poderia dizer que tinha visto alguma coisa. Mas também gosto deste mundo porque descobri que passam programas e concursos muito levados da breca na Mtv, ok são mesmo parvos mas vá acho que a malta que participa é feliz e se as pessoas forem felizes a fazerem aquilo de que gostam é meio caminho andado para fazer do mundo em que eu vivo um mundo em que gosto de habitar, e se as mesmas pessoas ficarem felizes por verem que os outros lutam por algo, bem é ouro sobre azul, ou sobre vermelho, ou sobre mim, ouro em mim com padrão tigre (divagação das minhas).
Há de tudo, mães a pensar que são como as filhas, míudos com detectores de sémen no quarto de estranhos, há uma rapariga que está com dúvidas quanto à sua orientação sexual, tem nome de bebida alcoólica e ora anda com esta e com aquele, não exactamente por esta ordem nem sequer em tempos diferentes. Sei também que alguém deixou o Angélico Vieira lançar a sua carreira com um grande álbum que é já disco de Ouro, sim há pessoas que compram, aí umas milhares, mas também com versos lindíssimos como “Caem várias flores no meu jardim,/ algumas delas até bem bonitas,/ mas existe uma em especial,/ que eu quero só para mim” portanto ele quer uma flor só para ele?? O Angélico Vieira é feliz, está infeliz porque a flor que ele quer mandou-o à fava, mas é feliz porque lançou um álbum à custa disso!
Mas há mais, coisa bem profunda a que se segue: “É engraçado como a vida nos prega partidas, /quanto mais fortes pensamos que somos, caímos em aramadilhas” tchii isto digam o que disserem é digno de nobel da Literatura, estou até meio atordoada, e olhem que gosto de Espanca, e Shakespeare, e Wilde, mas ele vaí mais adiante, segue-se a introdução de vocábulos ingleses: “No problem, não preocupações” como é que ninguém tinha ainda escrito uma coisa assim, e o poeta prossegue: “ Cruzei-me com um girassol, colocou o meu coração num beco sem saídaMeu Deus a metáfora poderosíssima. De facto deviam bater-me com um pau na cabeça, atirarem-me de um nono andar, ir lá abaixo ter comigo e espetar uma faca enferrujada na barriga aí umas 14, 15 vezes, porque há gente feliz a fazerem coisas assim,e porque por mais que eu viva nunca vou conseguir ler algo tão bonito e estúpido como isto, but I kinda like it...porque o Angélico Vieira é feliz e eu cá comprazo-me com a felicidade dos outros. O mundo vivido por mim é o mundo que a única coisa de decente que consigo ver na Tv são as biografias dos psico e sociopatas que passam no Biography channel, o Miami Ink no People & arts e o Shameless na Sic Radical que dá quando calha! O mundo em que eu vivo é um mundo bonito, cheio de cor, abandonado pelo Verão, mas com um convite deliciso ao Outono, uma ida semanal ao Japa do Campo Pequeno, passeios junto ao mar, sorrisos largados com inocência, continuo a comer gelados, estou entusiasmada com os novos passos, tenho saudades de pão com chouriço com leite com chocolate da Ucal, Gostava de ver o espectáculo Cavália, porque gosto de cavalos... basicamente é por isso, e porque Cavália faz-me lembrar Portugália e comem-se bons bifes por lá e eu nunca digo não à carne, por mais que me digam para resistir! Neste momento tenho planos que estou a colocar em acção, o portofólio está a ganhar forma, e eu fico Happy por me estar a tornar uma Happy woman, já tenho a minha tatuagem, já vi o Some like it hot, sim eu fui a pessoa que ao tatuar tinha como companhia a Betty Page nua do lado direito, e a Marylin não menos nua do outro, bem e não me importei muito, ah e estava a ouvir Elvis e o seu Suspicious minds (my fav)! O mundo em que eu vivo é aquele que eu quero que seja, cheio de scones com manteiga, pessoas sem piada com a mania, pessoas simples e que me agradam ferozmente, coisas dispersas, viver até que é giro, até que faz sentido!
Gosto de ser assim, gosto de me sentir feliz, gosto de saber que fui feita para fazer algo grande!
obs: o uso abusivo do vocábulo "feliz" não é um acaso literário de uma mente fraca e redundante