sábado, dezembro 31, 2005

Prece

Não me queria despedir deste importuno 2005 sem deixar mais umas palavras. Tenho a tendência para ficar algo nostálgica nas passagens de ano, acho que desde pequena. Não me lembro muito bem, ou talvez lembre e não queira partilhar isso com outro humano. Curiosamente dou comigo a pensar não no futuro...como era de esperar... mas no passado, na infância, na importância desmesurada que damos ao tempo ( ao tempo que já passou), porque o futuro esse é desejado num misto de esperança e felicidade envoltos em falsos clichés. Também hoje dei comigo a olhar as árvores húmidas das gotas de água que teimavam em cair do céu e envolver tudo o que por elas fosse tocado.E lembrei-me... ...lembrei-me que li outrora palavras da Florbela Espanca que diziam que as árvores assemelhavam-se a mãos em posição de prece em direcção a Deus. Sorri ao ler, e reti na minha confusamente clara memória esta analogia. Não sei ao certo se todos terão a mesma imagem que ela, mas lembrei-me... e é tão bom lembrar, mas será que me lembro convenientemente, será que não estou a deturpar as palavras dessa sábia?? É melhor parar. Vou abandonar por hoje as palavras, vou guardá-las na minha gaveta mágica e deixá-la entreaberta, não vá a minha alma precisar de consolo literário. Vou rir de noite, recordar velhas imagens ( aquelas que não nos abandonam nunca, e que vemos mais quando fechamos os olhos), deliciar-me com o aroma festivo da noite, o brilho a incendiar o céu naquele fogo multicolor, a família a desejar de mil e um modos a felicidades daqueles que por eles são amados...acho que é daqui que vem a minha nostalgia na despedida do velho ano ( que é velho porque esteve connosco durante trezentos e sessenta e cinco dias consecutivos). Agora, neste momento fiquei sem palavras...e continuo a escrever, a sensação é incrível, escrever sem guia, sem ponteiro na mente, compulsiva e freneticamente...acabo de me lembrar de duas, três coisas, não me quero esquecer de as escrever, sinto a minha mente a querer voar para longe... Primeiro (e peço desculpa se nada disto estiver a fazer sentido), se quando fechamos os olhos continuamos a ver, será que quando morremos e o espiríto( quero acreditar nele) continua a respirar, será que continuo a ver...eu quero ver quando morrer, quero ver as árvores em posição de prece mas não a Deus, não quero pedir nada a Deus, pelo menos uma vez na vida. Mas pedir o quê? A quem se não o fizer a Deus? As ovelhas vão para o paraíso e os carneiros vão para o Inferno. From Cake (ainda não faz sentido? Não era essa a intenção)

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Eça é que é Eça ( by Halley)

Bem sei que felizmente o meu espaço é reservado a cinema, mas felizmente também tenho outra grande paixão...um senhor chamado Eça de Queirós, que escreveu há muito uma carta a alguém sobre o Natal. Acho incrível como este génio da literatura ( e por isso génio) mantém-se tão fresco, tão único, tão fascinante, tão verdadeiro e tão cruelmente lúcido. Vou transcrever parte da carta (que eu desejaria que tivesse sido escrita para mim), espero que o que eu vou fazer não se revele crime: " O Natal, a grande festa doméstica da Inglaterra(...)As desgraças públicas nunca impedem que os cidadãos jantem com apetite: e misérias da pátria, enquanto não são tangíveis e se não apresentam sob a forma flamejante de obuses rebentando numa cidade sitiada, não tirarão jamais o sono do patriota(...). O que estragou o Natal foi simplesmente a falta de neve(...), com um sol(...),deslizando timidamente sobre uma imensa peça de seda azul desbotada;(...)Um desapontamento nacional!(...) O assunto não varia na paisagem repetida: é sempre a mesma entrada de um parque, de aparência feudal, por vésperas de Natal, antes da meia- noite;(...) e a perder de vista tudo está coberto da neve caída, uma neve branca, fofa, alta, que faz nos campos um grande silêncio (...) felizes aqueles para quem essas portas difíceis se abrem.(...) - Merry Christmas! Merry Christamas! (...) Sob a chaminé estala e dança a grande fogueira do Natal: a sua luz rica faz parecer de ouro os cabelos louros, e de prata as barbas brancas.(...) E o piano não se cala nestas noites! É alguma velha canção inglesa, em que se fala de torneios e cavaleiros, ou uma dança da Escócia, que se baila com o gentil cerimonial do passado(...) as crianças(...) correm, cantam, riem vão a cada momento espreitar os ponteiros do relógio monumental, porque à meia noite chega o Santo Claus, (...) e que já a esa hora vem caminhando pela neve da estrada.(...) Amável santo Claus! Por um tempo tão frio, naquela idade, deixar a cabana de algodão que ele habita no País da Legenda, e vir por sobre ondas do mar e ramagens de florestas trazer a estes bebés o seu Natal!(...) O respeitável ancião, com o seu capuz até aos olhos, todo salpicado de neve, as mãos escondidas nas largas mangas de frade(...) Todas as crianças o querem abraçar, e ele não se recusa, porque é indulgente(...) as bochechas reluzem-lhe de escralates, as barbas, parecem crescer-lhe, e ali está bonacheirão, com a importância de um deus tutelar e amado, como a encarnação sacramental da alegria doméstica.(...) E as pobres crianças cantam as loas: e elas sabem que não serão esquecidas(...) porque Santo laus é um democrata ,e , se enche os seus alforges para os ricos, gosta sobretudo de os ver esvaziados nos regaço dos pobres. Tudo isto é encantador. Mas tire-se-lhe a neve, e fica tudo estragado. O Natal com uma lua cor de manteiga, a bater numa terra tépida de Primavera, torna-se apenas uma data no calendário.(...) Resta a consolação de que os pobres tiveram menos frio.(...) Nem eu sei realmente como a ceia faustosa possa saber bem - quando se considere que lá fora há quem regele(...). É justamente nestas horas de festa íntima, quando pára por um momento o furioso galope do nosso egoísmo - que a alma se abre a sentimentos melhores de fraternidade e de simpatia universal, e que a consciência da miséria em que se debatem tantos milhares de criaturas volta com uma margura maior(...) - para que se chegue à fácil conclusão que isto é um mundo abominável. Deste sentimento nascem algumas caridades de Natal, mas findas as consoadas, o egoísmo parte à desfilada, ninguém torna amis a pensar nos pobres...) e a miséria continua a gemer ao seu canto!(...) Jesus(...) ameaçou-nos, que teríamos sempre pobres entre nós. Tem-se procurado com revoluções sucessivas fazre falhar esta sinistra profecia - mas as revoluções passam e os pobres ficam.(...) Não é possível mudar. O esforço humano consegue, quando muito, converter um prolterariado faminto numa burguesia farta; mas surge logo das entranhas da sociedade um proletariado pior. Jesus tinha razão; haverá sempre pobres entre nós. Donde se prova que esta humanidade é o maior erro que jamais Deus cometeu.(...) Nos dois ou três primeiros mil anos de existência trepámos a uma certa altura de civilização, mas depois temos vindo rolando para baixo numa camabalhota secular.(...) Já não falo dos gregos e romanos: ninguém hoje tem bastante génio para compor um coro de Ésquilo ou uma página de Virgílio; como escultura e arquitectura somos grotescos; nenhum milionário é capaz de jantar com Lúculo; agitavam-se em atenas ou Roma mais ideais superiores num só dia do que nós invetámos num século,(...) e o escravo, essa miséria da antiguidade, não era mais desgraçado do que o proletário moderno.(...) Deus tem só uma medida a tomar com esta humanidade inútil: afogá-la num dilúvio.(...) sem repetir a fatal indulgência que o levou a poupar Noé; se não fosse o esgoísmo senil desse patriarca borracho, que queria continuar a viver, para continuar a saber, nós hoje gozaríamos a felicidade inefável de não sermos..." ( De Cartas de Inglaterra e Crónicas de Londres) Um mágico Natal a todos os que lerem, dias felizes com efeito.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

A minha mãe mudou a posição das coisas da sala

The river of light A minha mãe mudou a posição das coisas da sala, é como se me tivesse mudado também, e eu gosto, mas não mudei verdadeiramente, as coisas são as mesmas, eu é que talvez tenha mudado porque estou consciente de que sou alterada todos os dias permanecendo sempre . Ao acordar, acordo sempre outra, alguém feliz ao acordar, e não sei o porquê. Essa felicidade vai-se desvanecendo ao longo do dia, culminando com a tristeza da noite, uma tristeza interesseira e antecipadora de uma felicidade plena que aguardo laboriosamente, a felicidade da manhã (aquela de há pouco). A minha mãe mudou a posição das coisas da sala. Agora há uma divisão aparente entre "jantar" e "de estar", e eu gosto. Gosto principalmente do facto do meu adorado sofá azul (aquele que depois de 15 minutos nos oferece uma ligeira e languida dor nas costas) ficar de fronte à janela. ... A janela que fica virada para Norte, o Norte que é tocado pelo campo, o campo que é beijado pelo verde, o verde que é lavado pela água da chuva, a chuva que vejo cair do céu como lágrimas de um Deus velho e cansado, um Deus que eu não vejo, não sinto, não falo, que não dá por saber que vai tirar, um Eu que crê na beleza da vida e na tristeza do Homem, um Homem que respira o ar compassado e necessário, todos os dias, até que o último chegue sem ele saber, porque o Homem nunca sabe e feliz é aquele que sabe que não sabe.

domingo, dezembro 18, 2005

Be careful with King

...It was the beauty that killed the beast...ou foi o facto de haver muito dinheiro para ideias pequenas?? E perguntam vocês: "Mas não é isso que resulta em Hollywood?" e eu respondo: "De facto é. Mas não quando se fala de Peter Jackson.". DESILUSÃO. Era essa a palavra marcada na minha testa quando saí da sala de cinema, exausta de três horas longas e devastadoramente massivas de King Kong. Sei perfeitamente quando um filme não me agrada, basta a caminho de casa eu não pensar nele uma única vez, foi o que me aconteceu. Só me lembrei do Kong agora que quero escrever sobre ele. Bem sei que o filme é um remake, mas a verdade é que continuo a achar que há algo que não resulta. Tudo acontece neste filme, lutas, amor( ou qualquer coisa que se compare), gritos (muitos), então e novidades?? O Kong é a novidade, e o polegar para cima do filme, está fantasticamente criado, e mais uma vez fizeram um bom trabalho no que toca a a gerar expressões facias naquele grande ser. Lembram-se de Gollum?? Devem ter sido os mesmo artistas, porque podemos sentir com o Kong o amor pela Ann, o isolamento na ilha e o sofrimento em plena New York, que diga-se de passagem está muito bem recriada. Acção há muita, pena é que as cenas na selva se prolonguem por mais de duas horas repetitivas, onde vemos não um, não dois, mas três T- rex que lutam com Kong, morcegos gigantes que também lutam com Kong, mais os homens do navio que levam a equipa nas filmagens que também lutam com ele, e pensamos nós: "Mas o Kong não tem amigos?", claro que tem! Um: a Ann interpretada por Naomi Watts, uma actriz apaixonada recentemente, alguém que sente que lhe falta ver, ter algo na sua vida e não sabe o que é...será o gorila?? Faz isto sentido?? É isto que eu não gosto em King Kong, não me parece real, as personagens são construídas pela metade, ficamos sem saber ao certo quem é Jimmy o mais novo marinheiro do navio, aliás existem muitas personagens que se perdem pelo caminho, ou porque sã0 comidas por algum ser fantástico da selva ou porque simplesmente desaparecem na espuma do guião. Peter Jackson parece repetir uma fórmula que não resulta a meu ver, 3 horas para Senhor do Aneis é totalmente compreensível mas não par King Kong, seres fantásticos também não se percebem muito bem, os seres humanos da ilha parecem soldados de Sauron um pouco mais velhos, parece até que reutilizaram cenários da trilogia, e neste caso há algo mais que se vira contra o feiticeiro sem ser o seu próprio feitiço, são os efeitos especias que são excessivos e que acabam por retirar grande parte da verosimilhança da obra, isto porque ainda não atingiram a perfeição esperada, e o público espera mais e não estabilidade, Jackson já devia saber mais depois de 9 horas de obra de arte( sem contar com cenas adicionais). Interpretação, não posso deixar de pensar em Jack Black que sobressai, ele é irritavelmente irresistível e penasativamnet apaixonante, não pr ser bonito...que não é, não por ser um herói, que também não é mas por ser o vilão ganacioso, símbolo da indústria cinematográfica da época que tudo fazia,não olhando a vidas humanas para atingir o seu sonho, tudo isto enquadrado numa New York em plena depressão, com pobreza por todos os lados, na qual os valores se perdem e o amor parece não ter lugar, a não ser no topo do Empire State building no qual o pôr do sol pode ser tão bonito como o da selva, porque o sol é o mesmo, o sentimento também, o que muda é que aqui as pessoas divertem-se com o sofrimento dos outros e só pagam 25 centimos por isso. Vejamos depois qual o veredicto dos Oscares.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

E o Natal dos hospitais??

E pensemos no Natal... Quem não gosta de pensar no Natal?? Passamos todo o santo ano a pensar no Natal, os familiares que chegam carregados de coisinhas da Terra, os primos que não víamos há que tempos, os irmãos que se reunem depois da grande discussão por causa da fiação do carro, a papinha deliciosa que as nossas mães cozinham. A fartura à mesa, a árvore decorada com 1 mês de antecedência, o presépio ( que se for como o meu é composto por: uma ovelha, um burro, uma nossa senhora branca, um José que é nada mais nada menos que um rei mago e um mennino Jesus chinês - chamo a isto Globalização) e todas aquelas coisas bonitinhas, pequeninas e rechochundinhas!!! Mas o Natal são dois dias e a vida três!! E culpem-me mas eu gosto do Natal, não me venham com as estórioas do consumismo, e da hipocrisia e afins. Sinceramente acho que o Natal é das poucas coisas boas criadas pela nossa religião. Tudo bem as pessoas não se lembram dos mendigos no resto do ano, não se lembram da fome em África nem dos milhões de famílias vítimas de guerras que não as suas e que vivem em perfeito estado de miséria. Mas pelo menos lembram-se no Natal e é para isso que ele serve, para que as pessoas muito más ou simplesmete aquelas mais "esquecidas" não o sejam pelo menos uma vez em todo o ano. Imaginem agora a tristeza frustrante que seria um ano sem Natal, sem o já tão repassado Natal dos hospitais ou episódio do Mr Bean and the Christmas na RtP 1?? O natal dos hospitais é um marco na nossa televisão, ver toda aquela alegria nos doentes acamados e ligados ao soro a ponto de quase apanahrem uma pneumonia só para verem o Marco Paulo!!! É Natal é a tradição...e o nosso gosto em ver que existem sempre uns piores que nós, o Natal lembra-nos isso faz-nos também recordar de que o mesmo nos pode acontecer a nós, por isso o melhor é sermos de facto bons un para os outros. Até o Mr Bean que é o britânico mais triste alguma vez criado em televisão ama o Natal e nós pobres mas sortudos mortais rimos da sua solidão::: o Mr Bean é aquele senhor que envia cartões de Natal a si próprio, oferece olhos ao seu único amigo e recebe uma única prenda de Natal: o seu parzinho de meias!! Não é tudo isto triste?? E não ficamos nós logo com muita vontade de festejar a época, de dar, de sorrir, de comer, de chorar, de recordar, de ajudar?? Que seja pelo menos uma vez no ano todo. Que seja pelo menos no Natal. Párem de dizer que o Natal é comércio, porque os senhores que vendem na rua, não jantavam se não fosse o nosso Natal consumista...se pensarmos assim já não somos tão maus pois não??

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Escravidão

"...Agora, és o rio e as margens e a nascente; és o dia e a tarde dentro do dia, e o sol dentro da tarde; és o mundo todo por seres a sua pele..." José Luis Peixoto, Morreste-me E não é reconfortante imaginar que a noite pinta um quadro para apreciar pela manhã? E não é apaziguador saber que o frio que sentimos nos relembra o quanto estamos vivos? E não é angustiante pensar que nunca penso nisto? Hoje fazia frio de manhã e eu pensei. Ao fazer o meu caminho habitual, parei por um instante para admirar os galhos das árvores que choravam lágrimas cristalizadas sem sal ... como me comprazi na dor daqueles seres, a minha alegria é a sua tristeza. Olhei a erva orvalhada de uma brancura esverdeada - pura magia! Senti o vento nos olhos e nos lábios que fechei ao mesmo tempo, esse vento cortante e arrepiante, esse vento sussurrador de silêncios, pareço estar a ouvi-lo agora...................................................................................................................... (Estranhamente) esta tela que devia ser pintada um dia nunca desaparece, mas eu só a vejo, a vi, hoje, ontem , amanhã...E quero lá voltar. Quero sentar-me na relva. Ouvir o que o vento tem para me contar. Perceber como é que os pássaros ensaiam aquelas coreografias voadoras por entre as nuvens. Ai! Como quero voar para nunca mais voltar. Porque eu volto todos os dias. Sigo o meu caminho sem medo, porque ele espera por mim numa doce indolência. A noite, essa deusa agora exclusiva dos românticos, foi outrora minha escrava, hoje, ontem, amanhã, a escrava dos meus sonhos, a minha escrava fazedora de paz que me abandonou, deixando-me apenas a paisagem da manhã, os seus restos mortais, como se a noite morresse todos os dias com o nascer do Sol. Amanhã volto seguramente.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Everything will change now!! (possíveis spoilers)

Regra número 1: Nunca gerar grandes expectativas relativamente a um filme ou a qualquer outra coisa que seja. Estejam cientes de que a nossa mente é demasiadamente grandiosa para se contentar com aquilo que a mentes dos outros são capazes de criar. Foi assim que na passada semana corri às salas de cinema para ver o novíssimo Harry Potter e o cálice de fogo, e claro desiludi-me. Acontece sempre com as adaptações ao cinema, lemos e sonhamos tão alto que depois na tela o sonho é esquartejado e ficamos com aquela leve impressão de que não foi exactamente aquilo que li!! Também não se pense que é tudo mau, não, pelo contrário, este é o melhor filme da saga ( também não era dificil fazer melhor). Faltam coisas como sempre, o pior para mim é sermos privados de ver o Harry a sofrer às mãos dos tios Dursley; os actores não estão maus, cresceram, individualizaram-se no grupo, não fosse só a pequena Hermione um pouco histérica demais para o meu gosto. Outra coisa que não entendo é como é que a relação de Harry com Dumbledore é uma coisa nos livros e nos filmes é algo tão fria e distante, tudo bem que os actores são ingleses mas é preciso calor humano, já que até este ponto da saga Dumbledore é o que de mais parecido com um pai que Harry tem (a relação com Sirius vem mudar isso), deviam pensar melhor nisso no próximo Harry Potter e Ordem de Fénix, o meu preferido depois do prisioneiro de Azkaban... Quem tiver pequenada watch out! este filme é muito mais dark que todos os outros, mais sombrio, o Voldemort é terrível e maravilhoso ao mesmo tempo Salve Ralph Fiennes, e Snape continua a ser o meu professor preferido embora Moody esteja estupendo e a sua caracterização muito bem conseguida com o seu olho louco!! Os cenários são desta vez menos "Hogwarts" que nos outros filmes, sendo muitas das cenas filmadas nos exterior, mas também muitos credíveis. Este filme inova , não tanto como em Azkaban mas de um modo ainda mais assustador. Quanto a Daniel Radcliffe, bem ele é Harry Potter, não há nada a fazer, era um erro fatal trocá-lo neste momento, por mal ou bem que faça vai ser sempre Harry, e por mim ele fá-lo muito bem( não estou a ser irónica). Esperemos que no próximo filme a sua faceta de adolescente em turbulência se manifeste positivamente e ele consiga a aclamação da crítica, que lhe vai fazendo falta, porque os milhões de libras ele já conquistou... Por isso já sabem, se são fãs e ainda não viram, vão com algumas reservas, para se poderem deliciar com a obra, que são 2 horas e tal bem empregues sim senhora. Só vos peço que limitem um pouco as vossas capacidades imaginativas, só para que não saiam da sala e digam :" Tanta coisa para isto!!" É tudo uma questão de perspectiva. Ah é verdade e não atendam telemóveis na sala!! Para mais visões interessantes de filmes visitem: http://www.zoomlight.blogspot.com