quinta-feira, dezembro 31, 2009

O último arco - íris de 2009

fotografia gentilmente cedida por um captador de arco- íris (JP Arantes)

quarta-feira, dezembro 30, 2009

A surpresa do final do mês

Mas o Sherlock Holmes é realizado pelo Guy Ritchie e eu só fico a saber de tal aquando do genérico final (que é a coisa mais valiosa da obra??)...ando taralhoca! O filme é bastante divertido, mas falta o rigor na recriação da época, e embora Robert Downey Junior seja genial (como sempre) na interpretação rejuvenescida do detective mais astuto de todos os tempos, emparelhado com o também fantástico Jude Law no papel do médico Watson, falta brilho à trama e ao desenvolvimento da trama, falta aquele secretismo quase de folhetim tão importante nas séries, e falta algo mais, talvez uma Londres mais enovoada. É um filme à la Guy Ritchie, ou seja, tem pormenores inteligentes, um humor seco mas competente e alguma acção incorporada pelo humor das situações em si. E com isto regressaram as saudades de Baker Street...

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Papel de embrulho

o que é que fica depois do Natal?
Papel de embrulho, no chão, debaixo do sofá, em cima da mesa, papel colorido, vermelho, com ursinhos, velas e azevinho..acabei de ver um rapaz a apaixonar-se por uma rapariga...e laços gastos por todo o lado. Adoro a multidisciplinaridade da minha existência.
O Natal leva com ele a doce ilusão, aquela magia do não saber o que está do outro lado. (tal como acontece quando nos apaixonamos, e até quando percebemos que deixámos de amar). O dia passa na azáfama, aquele friozinho na barriga, as ideias daqueles tempos remotos, as lembraças de Natais passados, as mensagens de telemóvel que agora tomam o lugar de votos de outros tempo, os telefonemas apressados, o cheiro a bolo acabado de fazer nas casas, do bacalhau que fica de molho e de tangerinas descacadas à pressa na bancada da cozinha.
Depos do dia mais mágico, segue-se o verdadeiro dia.
E depois desse dia...o vazio. Parece que se esvai a esperança, sentimos os sintomas não físicos de uma ressaca emocional, dói a alma, pensa-se no resto, no que está para vir, no que já foi, nos nossos medos.
Planos...bem 2010 que me diga o que pretende de mim, eu tenho cá os meus, mas para já não os vou revelar, o ano passa num instante e daqui a nada a estarei para aqui a debitar mais coisas sobre 2011.
O que eu sei é que neste momento dou poucas coisas por garantidas, e o que hoje é em 2010 deixará de ser, e o que for em 2010 é porque em 2009 deixou de ter razão de existir e manifestar.
As coisas boas e a más ensinam-nos isto, é bom chegar a conclusões, mas é ainda melhor afastarmo-nos delas por curtos períodos de tempo.

domingo, dezembro 20, 2009

Será isto que os distingue?

No homem, o desejo gera o amor. Na mulher, o amor gera o desejo.
Jonathan Swift
ou seja, os homens estão sempre em busca de algo para serem felizes e as mulheres acreditam ser felizes com aquilo que têm? WHY DO YOU MOCK ME, OH LORD!!????

sexta-feira, dezembro 18, 2009

E porque é Natal

E como é Natal recordo-me do cheiro a papel de embrulho, a tangerinas, do cheiro de erva orvalhada e do aroma a vinho do porto vertido num copo pequeno colocado à ponta da mesa.
E como é Natal, e só porque é Natal, deito-me feliz à noite por saber que os que quero e me querem bem, estão comigo, ou a caminho de mim, e sonho sonhos vermelhos, verdes e dourados. com mantas aos quadrados e chávenas de leite quente a acompanhar bolachas de manteiga, Nesses sonhos, um urso de gorro lê aconchegado na sua cama as cartas que lhe escrevem e os postais de Natal que recebe. Esse urso vive numa casinha de madeira no meio da neve, tem uma chaminé na sala, e nela estão colocadas as meias com os presentes dos seus familiares.
O Natal é isto. O Natal é uma doce ilusão, e são estas ilusões que o transformam num dos momentos mais pacíficos da nossa vida.
Amor perfeito.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Torradas frias

Já vos aconteceu deixar esfriar as torradas ou servirem-vos torradas frias numa pstelaria?
E não acharam que essa seria a coisa mais maravilhosa que vos podia acontecer??
Eu adoro quando tais coisas me acontecem a mim!!
Mas isso é porque eu adoro torradas frias com imensa manteiga!
Passo a explicar para não acharem que doidas varridas como eu passam por vós a toda a hora e algo de mal se passa no mundo devido a este facto.
Odeio aqueles pacotes de tostinhas e afins que se vendem nos hipermercados, detesto simplesmente, vêm nuns pacotes de plástico que lhes conservam o falso sabor a pão. Não percebo como é que se pôe aquilo na boca e sabe, não a pão mas sim a uma massa endurecida devido a um qualquer processo de radiação mal explicado pelos senhores donos das fábricas das tostas para canapés e afins, e há pessoas a gostar daquilo...
Quando eu era pequenina, a minha mãe deixava o pão endurecer, depois cortava-o em bolinhas espalmadas e metia-as no forno, tirava-as e deixava num cesta tapada com um pano a arrefercer, eu ia comendo-as nos dias seguintes. Aquilo sim são tostas a saber a pão!
E adoro fazer torradas, tirá-las da torradeira e deixá-las a arrefecer até àquele limiar em que ainda não esfriou por completo, mas sim o suficiente para não fazer derreter a manteiga. Tal como Julia Child acredito que este mundo só é mundo porque foi inventada a manteiga, sem ela grande parte da nossa felicidade estava condenada à não fruição!
E tenho dito.
Sou fã.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Sabem o que é que fazemos e faremos vezes sem conta?

Havemos de nos apaixonar vezes sem conta. Se já aconteceu muitas vezes, apaixonar-nos-emos menos é certo, talvez por prudência. Se ainda não aconteceu em número imenso, preparem-se! Preparem-se para sorrir, para sonhar acordados, para sentir prazer inimaginável e felicidade avassaladora. Preaparem-se para sofrer e para fazer sofrer. Preparem-se para seguirem em frente, aconteça o que acontecer. Preparem-se para não se esquecerem da vossa dignidade e jamais coloquem a dignidade do outro em risco. Preparem-se para o Adeus, quer queiram, quer não. Lembrem-se que vão um dia deixar a pessoa que gosta de vocês para ficaram com a pessoa de quem gostam. E fiquei cientes que a pessoa de quem gostam, um dia vai gostar de outra pessoa.
Seguir em frente.
Saber que tudo o que começa, acaba, tudo o que nasce, morre. E uma flor sem terra, sem água e sem sol murcha e nunca mais dá alegria ao mundo.
Mas lembrem-se também, temos de acreditar sempre que será para sempre, depois logo se vê!

sábado, dezembro 05, 2009

Gosto

Gosto de gelado e de bolo de chocolate. Gosto de torradas cheias de manteiga e de chá de limão. O galão pode ser bem quente e muito clarinho. Gosto de meias com bonecos. Gosto dos cartões com descontos em lojas. Gosto de quadros de Renoir vistos de longe. Gosto de toalhas de mesa de linho. Gosto de manhãs cinzentas. Gosto de sentir as mãos e os pés a aquecerem. Gosto de produtos de marca branca, principalmente iogurtes e manteigas. Gosto de ver cavalos a correr pela janela da minha sala de estar. Gosto de afiar lápis de carvão. Gosto de desenhar sem olhar para o papel. Gosto de me sentir livre e gosto de ver aviões a descolar. Passear? Pode ser no aeroporto de Lisboa? Gosto de arroz de pato e bacalhau com natas com muita noz moscada. Gosto do som de violino. Gosto do cheiro do papel fotográfico. Gosto de gostar. Gosto de sentir que também gostam. Gosto de desembrulhar presentes cujo interior desconheço. Gosto de adormecer abraçada. Gosto de vernizes vermelhos, rosa, cor de salmão, beige e roxo. Gosto de começar de novo. Gosto de jogar ao Monopólio durante horas e horas. Gosto de elevadores antigos com portas de correr. Gosto de me sentir segura. Gosto de saber que sou oportuna. Gosto que sintam a minha falta. Gosto de luvas de cabedal. Gosto de sapatos rasos. Gosto que as minhas canções preferidas durem mais que 4 minutos e meio. Gosto que me façam perguntas e que se riam das minhas respostas. Gosto que discordem de mim. Gosto de festas no couro cabeludo. Gosto de lamber as taças onde se fazem os bolos. Gosto que acreditem em mim. Gosto de saber que se pode fazer alguém feliz sendo feliz com e como ele.