fotografia gentilmente cedida por um captador de arco- íris (JP Arantes)
E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
quinta-feira, dezembro 31, 2009
quarta-feira, dezembro 30, 2009
A surpresa do final do mês
Mas o Sherlock Holmes é realizado pelo Guy Ritchie e eu só fico a saber de tal aquando do genérico final (que é a coisa mais valiosa da obra??)...ando taralhoca!
O filme é bastante divertido, mas falta o rigor na recriação da época, e embora Robert Downey Junior seja genial (como sempre) na interpretação rejuvenescida do detective mais astuto de todos os tempos, emparelhado com o também fantástico Jude Law no papel do médico Watson, falta brilho à trama e ao desenvolvimento da trama, falta aquele secretismo quase de folhetim tão importante nas séries, e falta algo mais, talvez uma Londres mais enovoada.
É um filme à la Guy Ritchie, ou seja, tem pormenores inteligentes, um humor seco mas competente e alguma acção incorporada pelo humor das situações em si.
E com isto regressaram as saudades de Baker Street...
segunda-feira, dezembro 28, 2009
Papel de embrulho
o que é que fica depois do Natal?
Papel de embrulho, no chão, debaixo do sofá, em cima da mesa, papel colorido, vermelho, com ursinhos, velas e azevinho..acabei de ver um rapaz a apaixonar-se por uma rapariga...e laços gastos por todo o lado. Adoro a multidisciplinaridade da minha existência.
O Natal leva com ele a doce ilusão, aquela magia do não saber o que está do outro lado. (tal como acontece quando nos apaixonamos, e até quando percebemos que deixámos de amar). O dia passa na azáfama, aquele friozinho na barriga, as ideias daqueles tempos remotos, as lembraças de Natais passados, as mensagens de telemóvel que agora tomam o lugar de votos de outros tempo, os telefonemas apressados, o cheiro a bolo acabado de fazer nas casas, do bacalhau que fica de molho e de tangerinas descacadas à pressa na bancada da cozinha.
Depos do dia mais mágico, segue-se o verdadeiro dia.
E depois desse dia...o vazio. Parece que se esvai a esperança, sentimos os sintomas não físicos de uma ressaca emocional, dói a alma, pensa-se no resto, no que está para vir, no que já foi, nos nossos medos.
Planos...bem 2010 que me diga o que pretende de mim, eu tenho cá os meus, mas para já não os vou revelar, o ano passa num instante e daqui a nada a estarei para aqui a debitar mais coisas sobre 2011.
O que eu sei é que neste momento dou poucas coisas por garantidas, e o que hoje é em 2010 deixará de ser, e o que for em 2010 é porque em 2009 deixou de ter razão de existir e manifestar.
As coisas boas e a más ensinam-nos isto, é bom chegar a conclusões, mas é ainda melhor afastarmo-nos delas por curtos períodos de tempo.
quinta-feira, dezembro 24, 2009
domingo, dezembro 20, 2009
Será isto que os distingue?
No homem, o desejo gera o amor. Na mulher, o amor gera o desejo.
Jonathan Swift
ou seja, os homens estão sempre em busca de algo para serem felizes e as mulheres acreditam ser felizes com aquilo que têm?
WHY DO YOU MOCK ME, OH LORD!!????
sexta-feira, dezembro 18, 2009
E porque é Natal
E como é Natal recordo-me do cheiro a papel de embrulho, a tangerinas, do cheiro de erva orvalhada e do aroma a vinho do porto vertido num copo pequeno colocado à ponta da mesa.
E como é Natal, e só porque é Natal, deito-me feliz à noite por saber que os que quero e me querem bem, estão comigo, ou a caminho de mim, e sonho sonhos vermelhos, verdes e dourados. com mantas aos quadrados e chávenas de leite quente a acompanhar bolachas de manteiga, Nesses sonhos, um urso de gorro lê aconchegado na sua cama as cartas que lhe escrevem e os postais de Natal que recebe. Esse urso vive numa casinha de madeira no meio da neve, tem uma chaminé na sala, e nela estão colocadas as meias com os presentes dos seus familiares.
O Natal é isto. O Natal é uma doce ilusão, e são estas ilusões que o transformam num dos momentos mais pacíficos da nossa vida.
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Torradas frias
Já vos aconteceu deixar esfriar as torradas ou servirem-vos torradas frias numa pstelaria?
E não acharam que essa seria a coisa mais maravilhosa que vos podia acontecer??
Eu adoro quando tais coisas me acontecem a mim!!
Mas isso é porque eu adoro torradas frias com imensa manteiga!
Passo a explicar para não acharem que doidas varridas como eu passam por vós a toda a hora e algo de mal se passa no mundo devido a este facto.
Odeio aqueles pacotes de tostinhas e afins que se vendem nos hipermercados, detesto simplesmente, vêm nuns pacotes de plástico que lhes conservam o falso sabor a pão. Não percebo como é que se pôe aquilo na boca e sabe, não a pão mas sim a uma massa endurecida devido a um qualquer processo de radiação mal explicado pelos senhores donos das fábricas das tostas para canapés e afins, e há pessoas a gostar daquilo...
Quando eu era pequenina, a minha mãe deixava o pão endurecer, depois cortava-o em bolinhas espalmadas e metia-as no forno, tirava-as e deixava num cesta tapada com um pano a arrefercer, eu ia comendo-as nos dias seguintes. Aquilo sim são tostas a saber a pão!
E adoro fazer torradas, tirá-las da torradeira e deixá-las a arrefecer até àquele limiar em que ainda não esfriou por completo, mas sim o suficiente para não fazer derreter a manteiga. Tal como Julia Child acredito que este mundo só é mundo porque foi inventada a manteiga, sem ela grande parte da nossa felicidade estava condenada à não fruição!
E tenho dito.
Sou fã.
sexta-feira, dezembro 11, 2009
Sabem o que é que fazemos e faremos vezes sem conta?
Havemos de nos apaixonar vezes sem conta. Se já aconteceu muitas vezes, apaixonar-nos-emos menos é certo, talvez por prudência. Se ainda não aconteceu em número imenso, preparem-se! Preparem-se para sorrir, para sonhar acordados, para sentir prazer inimaginável e felicidade avassaladora. Preaparem-se para sofrer e para fazer sofrer. Preparem-se para seguirem em frente, aconteça o que acontecer. Preparem-se para não se esquecerem da vossa dignidade e jamais coloquem a dignidade do outro em risco. Preparem-se para o Adeus, quer queiram, quer não. Lembrem-se que vão um dia deixar a pessoa que gosta de vocês para ficaram com a pessoa de quem gostam. E fiquei cientes que a pessoa de quem gostam, um dia vai gostar de outra pessoa.
Seguir em frente.
Saber que tudo o que começa, acaba, tudo o que nasce, morre. E uma flor sem terra, sem água e sem sol murcha e nunca mais dá alegria ao mundo.
Mas lembrem-se também, temos de acreditar sempre que será para sempre, depois logo se vê!
terça-feira, dezembro 08, 2009
sábado, dezembro 05, 2009
Gosto
Gosto de gelado e de bolo de chocolate. Gosto de torradas cheias de manteiga e de chá de limão. O galão pode ser bem quente e muito clarinho. Gosto de meias com bonecos. Gosto dos cartões com descontos em lojas. Gosto de quadros de Renoir vistos de longe. Gosto de toalhas de mesa de linho. Gosto de manhãs cinzentas. Gosto de sentir as mãos e os pés a aquecerem. Gosto de produtos de marca branca, principalmente iogurtes e manteigas. Gosto de ver cavalos a correr pela janela da minha sala de estar. Gosto de afiar lápis de carvão. Gosto de desenhar sem olhar para o papel. Gosto de me sentir livre e gosto de ver aviões a descolar. Passear? Pode ser no aeroporto de Lisboa? Gosto de arroz de pato e bacalhau com natas com muita noz moscada. Gosto do som de violino. Gosto do cheiro do papel fotográfico. Gosto de gostar. Gosto de sentir que também gostam. Gosto de desembrulhar presentes cujo interior desconheço. Gosto de adormecer abraçada. Gosto de vernizes vermelhos, rosa, cor de salmão, beige e roxo. Gosto de começar de novo. Gosto de jogar ao Monopólio durante horas e horas. Gosto de elevadores antigos com portas de correr. Gosto de me sentir segura. Gosto de saber que sou oportuna. Gosto que sintam a minha falta. Gosto de luvas de cabedal. Gosto de sapatos rasos. Gosto que as minhas canções preferidas durem mais que 4 minutos e meio. Gosto que me façam perguntas e que se riam das minhas respostas. Gosto que discordem de mim. Gosto de festas no couro cabeludo. Gosto de lamber as taças onde se fazem os bolos. Gosto que acreditem em mim. Gosto de saber que se pode fazer alguém feliz sendo feliz com e como ele.
domingo, novembro 29, 2009
Band Aid 20 - Do They Know It's Christmas Time?
Só gosto porque entra o tarado do Robbie Williams!!!
terça-feira, novembro 24, 2009
"Os amigos e os amigalhaços"
Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta.
Miguel Esteves Cardoso, Os meus problemas
domingo, novembro 22, 2009
sábado, novembro 21, 2009
Família
Tenho uma família bonita!
Nem sempre noto, mas também nem sempre noto o Sol que está sempre lá, pode não brilhar, mas está lá a olhar especado para mim.
Voltando aos laços familiares, tenho passado uns dias catitas na sua companhia, achei que me iria custar mas não. É a minha casa, o cheiro, as paredes esgravatadas pelas tentativas da dona Lurdes de colocar estrategicamente os quadros de sempre, nas paredes que já foram suas, de outros e que voltaram a dar-lhe corpo para pregar prego.
Em casa há o quarto pequenino cor de rosa, numa parede há um quadro meu, no outro fotografias em molduras e pinturas que fiz noutros tempos, na outra parede há estantes de livros que já li a todos e na outra um grande armário que nunca consegue abrigar toda a minha roupa...não sei como consigo ter tanta roupa..
Passando ao corredor, dirijo-me à varanda fechada, está lá o Leão, essa coisa dócil que um dia me dilacerará o coração, coração que só tenho um! Afago-lhe o focinho terno e olho-o nos olhos, ele parece fugir ao olhar, parece querer ignorar-me até..eu prossigo, baixo o movimento da mão e sinto-lhe o pescoço quente, com aquela coisa que não o larga, que não sai e que não passa com o tempo. Estou sempre à espera que da próxima vez não esteja lá. Levanto-me e faço caretas e sorrisos à piriquita e aos canários e ele insurge-se qual filho ciumento dos manos mais novos e mais carentes...e eu fico mais calma, "ele ainda cá está"!
Ontem depois de jantar, estava eu sentada à mesa o meu pai passou por mim e mexeu-me nos cabelos, não disse nada. Ele é assim. E eu lembrei que podia escrever no blogue sobre isso.
Hoje apeteceu-me tomar o pequeno almoço numa pastelaria com a minha mãe, um acto tipicamente português e aldeão..lá fomos. Eu contei-lhe, ela disse "tenho pena"...mas que fazer? Depois rematou com "filha podes aprender a bordar", ela é tão simples, tenho uma família mesmo bonita. Bem e agora vou terminar de fazer o que estava a fazer e recordar-me da minha família! Sou uma sortuda.
sexta-feira, novembro 20, 2009
Ela perguntou-me assim
Ela perguntou-me assim...
"-Como é que gosta mais dele?"
Eu sorri, porque pensei noutra coisa...hesitei...ela reformulou.
"-Gosta dele muito ou pouco doce?"
Eu disse "muito, muito doce" e sorri-lhe. Ela restribuiu o sorriso e rematou com "então acho que deve provar o semi-frio de caramelo!"
Pequenas coisas. Pequenas escolhas. Grandes feitos. Grandes vidas.
quinta-feira, novembro 19, 2009
Despojos que me fazem feliz
O aspecto positivo dos encontros "enamorados" reside no assombro provocado pelo encontro seguinte, em lograr compreender que podemos merecer mais, que temos uma voz, uma identidade, e que não somos carne para matadouro sentimental. Por vezes também podemos pensar que fomos generosos, que démos sentimentos a quem não soube reconhecê-los: azar o do outro ou da outra, não sabem o que perderam. O importante é sabermo-lo nós.
quarta-feira, novembro 18, 2009
segunda-feira, novembro 16, 2009
The Men Who Stares at Goats
A Princesa tem cá para ela que a coisa deve ser boa.
A avaliar pelo excelente título do filme, bem como para o forte elenco!
A Princesa acha que este vai ser dos bons ;)
domingo, novembro 15, 2009
Naufrágio de afectos
" O padecimento é tender à perfeição do amor através das imperfeições da nossa alma. A maior dor está sempre relacionada com o que não conhecemos. Teimamos em compreender, quando deveríamos começar a sentir."
Paolo Crepet
sábado, novembro 14, 2009
Love happens
Poderia debruçar-me sobre o desempenho dos actores deste filme, ou sobre o peso do argumento, ou sobre a ironia e o humor sempre em contraste com o tempo chuvoso e sombrio de Seattle. Mas não.
Love happens é um filme com uma estória bem comovente, contada de modo simples, bem hollywoodesco. Nada de reviravoltas, nada de grandes surpresas, algumas lágrimas sim e alguns clichés também. Mas mais do que isso é um filme sobre a dor. Sobre os escapes que encontramos para não a defrontar, pelo medo de olharmos para nós mesmos. Sobre a nossa incapacidade de admitir as nossas falhas, as nossas inseguranças. É sobre o confronto, mais ou menos adiado e o momento em que nos libertamos e abrimos a janela para que entre alguma luz.
Este filme fez-me bem. Fui sem expectativas, saí de alma lavada.
Todos nós temos problemas. Todos nós lidamos com eles como sabemos, fruto de experiencias anteriores, e todos nós alcançamos plenitude "someday and somehow".
O que mais gostei nesta obra fílmica foi a sequência inicial em que o rude mas simpático Aaron Eckhart ( e charmoso também) diz a seguinte frase : Se a vida te dá limões tens duas hipóteses. Fazes uma cara amarga, ou então fazes limonada! Façamos limonada e bem doce :)
E é mesmo isto meus caros.
Coisas más acontecem todos os dias a muitas pessoas, claro que quando somos nós, parece que o resto do mundo deixa de existir, mas isso não é real. E há coisas irremediáveis, se as há. Mas se não o forem, só temos de acreditar em nós e sorrir, se sorrirmos durante "5 minutos, depois torna-se natural em nós".
Cultivem o vosso espírito.
Estou a tratar de cultivar o meu.
Ainda não um texto sobre Cinema à séria, sinto-me destreinada, parece que já não sei nada sobre a minha Arte favorita, mas estou a esforçar-me para a reencontrar nas pontas dos meus dedos.
sexta-feira, novembro 13, 2009
Diz isto Leila e sorri, e segue em frente Leila.
I wish you bluebirds in the spring
To give your heart a song to sing
And then a kiss, but more than this
I wish you love
And in July a lemonade
To cool you in some leafy glade
I wish you health
But more than wealth
I wish you love
My breaking heart and I agree
That you and I could never be
So with my best
My very best
I set you free
I wish you shelter from the storm
A cozy fire to keep you warm
But most of all when snowflakes fall
I wish you love
But most of all when snowflakes fall
I wish you love
I wish you love
I wish you love, love, love, love, love
I wish you love
I wish you love
quarta-feira, novembro 11, 2009
Se estiver "tudo bem" é porque não está realmente e isso é bom sinal
Vivemos numa catadulpa constante de pequenas remediações. Arranjamos sempre algo que remedeie determindas situações, é uma prática comum e aceite por todos, um segredo contado e uma verdade incontestada.
E assim julgamos nós que estamos a melhorar como seres humanos.
Na realidade estamos, vamos facilitando as coisas, dando um pouco mais de nós aqui e ali, vamos encontrando novos desafios e rumos, novas aventuras e questões pertinentes, vamos aclarando as ideias e pedindo conselhos. Assim arranjamos novas formas de nos inovar, de desabafar com amigos nas mesas de cafés em manhãs rastejadas de nevoeiro.
Os pequenos problemas têm essa coisa boa, hoje são grandes e amanhã mais pequenos, hoje são encarados tristemente e amanhã com um sorriso nos lábios.
Sorrir é bom, mesmo quando não nos sentimos felizes, porque podemos não saber, mas ao sorrir podemos estar a alegrar alguém, às vezes as pessoas que estão perto de nós só precisam de ver um sorriso por mais pequenino que seja.
Há sempre algo que se pode fazer por alguém ou por nós mesmos, há sempre. E caso não se consiga alcançar o objectivo maior, pouco importa, o que conta realmente é que se tentou e aquilo que se faz nessa mesma tentativa.
LG
sexta-feira, novembro 06, 2009
domingo, novembro 01, 2009
domingo, outubro 25, 2009
Se a minha irmã lê isto dirá que estou de todo
Se eu permanecer e ficar igual a tudo aquilo que mudou, que quererá isso dizer?
Nem sempre é fácil fazer distinção entre coisas, entre mundos, entre pessoas.
Fácil é amar, sem questionar, seja o que for, seja quem for.
Lembro tudo como em caleidoscópio, uma plataforma a rodopiar entre súor e gestos ritmados, repetida noite após noite sem que tenha de acontecer. A mente é uma coisa extraordinária, capaz de nos libertar depois de nos enlouquecer. Que carcereira bondosa.
Peçam-me lucidez, dou-vos palavras desconexas, ideias transparentes e sorrisos ingénuos. Deixei a frieza lá atrás, segui em frente, levei-te comigo pela mão.
Como diz Oscar Wilde, o Amor é poderoso porque só se alimenta do puro, já o Ódio alimenta-se de qualquer coisa, daí ser tão fácil cair na tentação do Ódio, está mais à mão, e é gratuito.
Gosto de lá voltar. Ao início das coisas, naquele ponto cheio de novidade, em que tudo se alterou para sempre. Eu lembro diariamente, vejo sempre coisas novas, novos sinais, novos gestos e novas inglórias citações, citações minhas pois claro. Há que vender notícias.
O primeiro passo, o baixar do pescoço, a mão pesada, o corpo leve, a movimentação, a porta entreaberta, a luz na janela, o frio na rua, o frio de final de Janeiro, o quente daquele quarto, a interrupção, o grito mudo, a preocupação própria do momento. O mês de Maio e todos os que lhe seguiram. O saber que há mais algures e não querer procurar, o encontrar algo e pensar no que se perdeu. O mês de Dezembro. O recomeçar de onde se ficou, olhando sempre para trás, olhando sempre em frente. Retirá-lo do cofre e voltar a colocá-lo bem no centro de nós. A expressão, a revelação, o ir mais além, o sentir mais do que nunca. Estar vivo, sentir-se vivo, imaginar Vida. A animação de um sentimento descontroldamante quente, calculadamente agressivo, genuinamente amoroso, engrandecido pelo facto se encontrar no presente, pertencer ao passado e poder vir a ecoar no futuro.
domingo, outubro 18, 2009
De Profundis
Quando a Sabedoria de nada me servia, e a Filosofia me parecia árida, e as máximas e frases daqueles que procuravam consolar-me me sabiam a pó e a cinzas, a lembrança daquele pequeno e silencioso acto de Amor abria-me todos os poços da piedade, fazia com que o deserto florisse como uma rosa, e tirava-me da amargura do exílio silencioso para me harmonizar com o grande coração ferido e despedaçado do mundo.
Leio e releio-o vezes sem conta há anos, é o meu mentor, o meu senhor, o meu confidente e eu a sua leitora mais "harmonizada". Se pudesse escolher uma Figura com quem jantar seria Oscar Wilde, um ídolo Oscar Wilde, e um Oscar Wilde a viver em mim...sou uma dandy portanto!
Como li algures, Oscar Wilde podia ter escrito estas linhas hoje de manhã....
sábado, outubro 10, 2009
sexta-feira, outubro 09, 2009
Febre
quinta-feira, outubro 08, 2009
Pareço triste, mas não... às vezes escrevemos sobre o que achamos e não sobre o que somos
O tempo costuma deteriorar.
Quando em presença deteriora, afastado faz com que se sinta falta de algo que nunca chegou a ser inteiro, total e contemplativo.
Sinto-o com a força avassaladora, a mesma do furacão de sentimentos profundamente enraizados, os mesmos que desconcertantes uma vez, se tornam cruéis e insatisfatórios.
É com fome que escrevo, mas uma fome diferente, uma que faz os lábios esboçarem um sorriso involuntário, como se pronunciassem palavras sem sentido.
Uma fome. Uma impossível de saciar, uma incontrolável e que jamais se poderá suplantar por qualquer outra droga embriagadora.
Porquê ser marcada tão indelevelmente? Como deixei isso acontecer?
Nunca fui grande coisa a antever, nem a precaver...deixo-me sempre ir, não questiono, não pondero, não equaciono o que é melhor para mim..pelo menos quando se trata da luxúria do gesto.
Vou, deixo ir...e regresso sozinha.
O vazio instala-se, engrandece-se, e as pequenas coisas (anteriormente grandiosas) perdem-se no véu da memória do tempo fugidio...e assim essas pequenas coisas perdidas tornam-se num fardo pesado de carregar.
terça-feira, setembro 29, 2009
Em frente
A vida está sempre a andar para a frente!
Mesmo quando tudo nos faz crer o contrário.
Todas as coisas menos boas, não passam disso mesmo "coisas menos boas", obstáculos a superar, batalhas privadas a travar, sem escudo ou espada, mas com respeito a devoção a nós mesmos.
A fazer. Façamo-lo por nós, pelo nosso bem-estar, continuemos a construir estrada para prosseguir pelo caminho que escolhemos e que acreditamos que guiar-nos-à à Felicidade. Não deixemos que outros construam o nosso caminho. Jamais conseguiremos alterá-lo a tempo!
E se alguém vos tentar convencer do oposto, escutem com atenção, reflitam e tracemo plano por só vocês imaginado.
Os sonhos, não passam de sonhos, são filamentos banhados a ouro, prolongamentos do dia intensificados à noite no calor da almofada, com um propósito, uma razão para acontecer. Permitir que aguardemos pelo melhor, desejemos algo com tanta força que na imensidão confusa do caos e no pavor da solidão, vislumbremos uma meta que deve ser acalentada, conquistasda, renovada, seguindo-se uma nova.
Não párem de sonhar.
Nascemos para sonhar.
Nascemos para fazer desta vida o melhor que possamos.
Queiram tudo por inteiro, que o tudo querer-vos-à por inteiros!
Chéri
domingo, setembro 27, 2009
sábado, setembro 26, 2009
Last day
Eu não saí com plantinha, mas com um ramo de rosas amarelas oferecido por alguém muito especial!
Foi um dia muito estranho o de ontem, e nem mesmo hoje consigo já juntar as palavras certas para descrever o que sinto. O que mais gostei da experiência? Os amigos que fiz, as pessoas lindas que se cruzaram no meu caminho, o conhecimento da existência de uma rotina, o cansaço diário, a boa educação de grande maioria daquela boa gente, e o conhecimento de que há mais à minha espera e que eu posso fazer, muito e muito mais!
Coisas boas são gelados ao final do dia, e o rasto de felicidade a ser deixado qual rasto de estrela cadente!!
domingo, setembro 20, 2009
E daqui a uma semana...
Se me perguntarem "como estás"?
Respondo que "estou bem"!
Acho que sim.
Há sempre algo que não está bem, mas no geral, vistas bem as coisas, não me posso queixar de muito: a saúde está boa obrigadinha, os olhinhos continuam a não precisar de óculos, continuo com apetite pantagruélico e até tenho dois palminhos de testa e uma cara engraçada ;)
É certo que a partir da semana que vem ingresso no mundo do desemprego..mas prefiro achar que é algo que não se vai arrastar por muito tempo!
Vou de férias. Quer dizer não devo ir para lado nenhum em espcial porque não tenho de momento argent para tal e há que pensar em poupar o dinheiro que não vou ganhar tão cedo com o suorzinho do meu corpito...mas tiro férias, faço aquelas coisas "normais" que não dão para fazer nem nos feriados nem ao fim de semana, trato do bilhete de identidade, vou até uma esplanadazinha, vou confraternizar com os amigos também eles desempregados, vou informar-me sobre umas quantas coisas a respeito do meu futuro e com isto canso-me das ditas férias!
Volto à carga e creio que para a altura do meu aniversário já estou de rastos outra vez...
Depois é voltar ao trabalho que já tenho algo em vista, volto a fazer uma outra coisa de que tenho muitas saudades e que me faz muita falta e ...aproveito também para ver se me ponho a cozinhar algo comestível!
E é isto meus amigos...é acreditar que quando se fecha uma porta. abre-se um portão de garagem. E aquilo que fiz nos últimos meses não foi em vão, permitiu-me perceber mais sobre o mundos "dos grandes", permitiu-me conhecer pessoas maravilhosas, crescer como menina bonita, permitiu-me ainda perceber que há mais neste mundo e que tenho tanto ainda que fazer e aprender. Agora é mexer-me e não deixar de acreditar ;)
Mas antes disso, ainda tenho uma semana pela frente e juro que ando tão cansada da minha cabceita que enfim...nem vou terminar esta frase com nada de jeito...
terça-feira, setembro 15, 2009
sábado, setembro 05, 2009
São quinze anos e sete meses de
AMIZADE. COMPANHIA. ALEGRIA. ARRUFOS. LÁGRIMAS. CHATICES. LADRARES A MEIO DA NOITE. MEDOS DE TE PERDER. MEDO DE NÃO FAZER SEMPRE O MELHOR PARA TI. SAUDADES DE ALGO QUE TENHO MEDO DE VIR A PERDER. SAUDADES DE TUDO O QUE VIVI CONTIGO. BANHOS CALMOS NA BANHEIRA. TU À MINHA ESPERA NO BANCO DO JARDIM. TU A VIR TER COMIGO NO RECREIO DA ESCOLA. TU A BRINCAR COM O SÃO BERNARDO. TU A COMERES DE TUDO E A REFILAR POR QUERERES MAIS. AMOR. SENTIMENTOS SÓ SENTIDOS E NUNCA PROFERIDOS. SONHO. IRMÃO. PAI. AMIGO. FIEL. SEDUTOR. CAPRICHOSO. INALCANÇÁVEL. RUFIA. BORGUEIRO. DOMINGUEIRO. FILHO. SANGUE. ALMA E VIDA A CORRER COMO UM RIO DE MEMÓRIAS E SORRISOS.
E AINDA CÁ ESTARÁS POR MUITO E MUITO MAIS TEMPO.
segunda-feira, agosto 31, 2009
(In) Glorious film made by an (in) glorious basterd
Foi de cabeça cheia que abandonei a sala após visionar o novíssimo de Tarantino. Novíssimo é como quem diz já que este senhor andava a escrever a coisa desde 1999...pois, as coisas boas demoram algum tempo a tornar-se perfeitas!
São inúmeras as private jokes ao longo de um filme que tem como premissa a fantástica ideia de reunir um bando de garanhões para dar cabo e arrancar alguns escapes aos chatos dos nazis. A premissa poderia ser fraca, mas ganha força na aliança espantosa que este homem cria ao fazer de uma sala de cinema o palco da matança, tornando-se este filme numa das mais belas homenagens jamais feitas ao Cinema. Porque toda a gente sabe que Tarantino trabalhou num clube de vídeo, ou seja, papava aquelas coisas todas que ninguém alugava, daí o seu gosto ao estilo de máquina 1 2 3 na qual se junta tudo e se aproveita algo de consistência bem produtiva.
Este é o homem que prolonga o genérico inicial como se não houvesse amanhã, divide o filme por cápítulos com títulos, usa letra própria saída das bandas desenhadas de Lucky Luck e põe logo na sequência inicial a malta a falar diferentes línguas! Ou seja, ao fim do primeiro capítulo há os que abandonam a sala e os outros que estão já rendidos ;)
Tudo o resto é História.
É História porque Tarantino, rouba aos rios e devolve ao mar que o viu tornar-se grande, tudo neste homem se repete e agora trata-se de um estilo só seu..algo como tarantinisse, bebe de todo o lado e usa grosseiramente: a vioência, a banda sonora, a temática, este homem deixa-se influenciar por tudo, sem restrições e o mais fascinante é que ao reproduzi-las fá-lo num estilo só seu. Por isso é que hoje se pensamos num filme violento pensamos em Tarantino! Pois é..Spielberg também tem filmes violentos...e ninguém se lembra dele por essa razão! Uma coisa é mostrar violência, outra é criá-la para ser mostrada!...por isso é que eu me rio quando vejo um homem a enfiar o punho na goela do outro para o matar...eu cá rio-me...é tão estilizado que só posso pensar
"Isto não real. Isto é Cinema. Isto é realidade cinematografada, tranformada, alterada e superada!"
Se formos a comparar com outros da sua não extensa filmografia, há coisas que se repetem tornando-se os taratino's clichés que nós público sedento já gosta de procurar, a salientar: há o grupo de pessoas que se junta em busca de algo ( tipo gangue), há os maus e os muito maus, há o fétiche do pézinho, são as protagonistas louras que querem vingar a morte de familiares queridos mortos violentamente..ah e normalmente são louras..e há a criação dos longos diálogos que revelam a mestria do escritor: vamos então pôr esta gente a falar como se não houvesse amanhã, vamos a ver que sumo sairá dalí! E sai muito bom sumo, fica o primeiro capítulo, que mais uma vez nos revela o seu gosto por encenar interrogatórios intimidantes com a ajuda poderosíssima da câmara em movimentos rotativos qual ave de rapina em torno da sua presa. Já viram isto em algum lado?? Claro que sim...noutros realizadores, mas em Tarantino vem já desde Reservoir dogs!
Outra coisa espantosa neste homem, é o gosto que ele tem pela palavra, e como esta em cinema tem o poder de alterar o curso da História.
A outra coisa bioa de Tarantino é que não vedetas, há Brad Pitt há sim, fala-se só dele, não fala não senhor...mas diga-se de passagem que a sua personagem a falar italiano é de morrer a rir!
O filme termina com uma excelente frase, vemos a personagem de Pitt a olhar para a sua presa que é a câmara em contrapicado (hmmmm lembram-se da cena do porta bagagem de Reservoir Dogs, Michael Madson? Stuck in the middle with you?? lembram lembram) pois eu lembro e Tarantino também..mas como ia a dizer, a sua personagem diz "Acho que acabei de criar a minha obra-prima!" e nisto vemos a boca de Tarantino a prolongar as palavras terminando o seu argumento, um pensamento que se materializa em palavra e que se vangloria meritosamente!
E haveria muito mais, mas não me posso alongar ou corro o risco de contar tudo, tudo, tudo, hoje revejo os Kill Bill que fiquei com saudades, deu assim de repente!
Ah e fica a excelente ideia, pah o Tarantino é tudo menos totó..então não é que o homem diz algo tão genial como: esqueçamos os factos, os factos são chatos, eu prefiro os rumores...ao menos com eles podemos pensar se são verdade ou não!
Com a breca como se este senhor não é grandioso!!
A não perder.
Repito.
A não perder.
O que é que ainda estão aí parados a fazer? Ide já para a sala do Cinema ;)
domingo, agosto 30, 2009
sábado, agosto 22, 2009
E agora que já estou mais calma
sexta-feira, agosto 21, 2009
BE CAREFUL GIRLS
Deveria ir deitar-me, mas é tal a minha indiganção que os meus dedos teimam em maquinar um texto repleto de veneno porco e a minha mente congemina para encontrar as palavras mais exacerbadamente feias deste mundo criado por um Homem que está fartinho de criar coisas, para depois as destruir!
Realmente não compreendo porque é que tanta alminha que como quem dá cá aquela palha se diverte (ou não, mas se não se diverte, além de mau o Homem é totó) a infernizar a vida das minhas amigas!!
Porque é que há pessoas que insistem em permancer juntas se não sabem tratar com igualdade e respeito alguém que tudo faz por eles...se não querem brincar mais então DESAPAREÇAM!
Realmente não percebo, será frustração, desamor, descrédito, tédio, ou simplesmente egoísmo...não sei, ninguém me diz, ninguém me sabe responder...e eu juro que dava um dedinho do pé por uma resposta minimamente plausível.
Não sabem os homens e mulheres deste planeta que há coisas muito importantes, como a palavra carinhosa, o consolo retribuido, a partilha, a dádiva do espaço e mais importante que isto tudo: aquela vontade incontrolável de gostar daquela pesssoa não olhando a meios para que isso mesmo se realize. Não se percebe, não se tenta sequer compreender, é a aventura dos sentidos dizia o outro....e tens a minha mão aberta à espera de se fechar!
A SÉRIO QUE NÃO CAPISCO, e meninas tenho de vos ajudar::
ABAIXO, os
egoístas, egoêntricos, malvados futriqueiros, linguarudos, vinagreiros, palradores de meia tigela,parvos secos, intriguistas deslambidos, descrentes, burros de carga leve, gladiadores de armas enferrujadas, chilenos maltrapilhos, tigres amansados, porquinhos da Índia malcheirosos, traidores, controladores, manipuladores, pobres de espírito e de carteira, mentirosos, mal pagadores, panhonhas pesseguistas, manetas literários, lagartos viscosos, velhos de pele..ide e deixem as minhas amigas em paz!
Xô gente feia e impotente!
(a ver se guardo bem este texto não vá eu um dia precisar de me lembrar dele também)
terça-feira, agosto 18, 2009
segunda-feira, agosto 17, 2009
quarta-feira, agosto 12, 2009
terça-feira, agosto 11, 2009
Um final de tarde daqueles
Coisa supimpa o meu final de tarde de ontem.
Um dia de trabalho super produtivo (ahahahahah lololol ahahahah) sim que Agosto é um mês prolífero em eficiência e proactividade.
Saio eu do Saldanha e vejo-me no meio da multidão suada e mal vestida toda ela esperando a bela da carruagem direcção Odivelas. Arrivado o composto de carruagens, encontro um lugarzinho vagozito à janela, mas de costas, e para compôr o ramalhete vejo-me circundada por uma família de obesos, ensacalhados (não tenho nada contra os obesos, que são gente catita...mas a imagem é de ir às lágrimas...às minhas claro).
Chego toda contente à estação de Odivelas e ligo ao meu motorista particular que me havia assegurado chegar as 18.30 em ponto... diz-me estar em À das Lebres (uma terra bonita, que fica perto de À dos cãos e À dos cunhados....) e que está de lá a sair...
Eu já meio entristecida qual menino da lágrima, fujo do senhor da revista Cais e vou a um quiosquezinho comprar uma magazine...entre a Manuela Moura Guedes de bikíni, a celulite (que eu não vejo) da Catherine Zeta Jones e a capa da Maya em poses menores como se fosse ela uma coisa bonita de se ver...opto por uma Cosmopolitan, que traz um dvd e um cartão que me dá descontos em Spas, pensões, e hóteis....alguém que me acompanhe??
Começo a folhear a revista, meio escondida não vá o senhor da Cais me surpreender, e dou com artigos sobre dietas...eu cheiinha de fome....lá chega o homem de Á das Lebres..."vamos jantar frangos assados"...calor abrasador, qual ar condicionado qual quê...janelinhas abertas, eu já meia ensonada, não sei se de fatiga, se de fome ou anemia laboral...chego a casa e como que nem uma agricultora após um longo dia a apanhar couves flôr de rabo pó ar...vou ao computador admirar a paisagem cibernética e fico pendurada...boa, exclamo silenciosamente, deito-me e penso "e daqui a nada acordo outra vez..."
domingo, agosto 09, 2009
sexta-feira, agosto 07, 2009
Agosto
Estamos em Agosto.
Mês de inúmeras peripécias onde reina a lassidão, de lembranças de criança pequena e travessa, mês que lembra o sabor e a frescura do gelado de fruta, da talha de melão, do sal do mar e da impressão nascida da areia presa nas roupas íntimas.
Mês que parece fazer com que algo termine para dar início a mais, que não tem fim, e ecoa no nosso oceano de objectivos futuros.
Mês em que revemos pessoas que amamos, e que deixamos de ver outras porque também elas têm outras pessoas que amam mais.
Mês de descanso, de dinheiro gasto facilmente, de gelados saboreados debaixo de uma árvore, e de peixe assado com batatas cozidas e salada!
Mês de souvenirs daqui e dali, de malas que não custam a fazer a primeira vez, mas da segunda nada cabe lá dentro, de calções curtos amarelos, de cheiro a protector solar Nivea, de chapéus de praia coloridos às riscas e de espetadas de gamba com molho de piripíri
Mês de pele sensível, de rosetas sorridentes e espevitadas, de brincos feitos de conchas pequenas e branquinhas, de sangria e mousse de chocolate.
Mês em que nos molham na toalha de praia porque se deitam sobre nós (e nós com o corpo quente quente), mês em que ano após ano eu digo firme e arrebitada "é desta que aprendo a madar".
Agosto.
Sempre o mesmo, e sempre diferente.
quinta-feira, agosto 06, 2009
quarta-feira, agosto 05, 2009
Alguma vez se questionaram sobre isto?
Porque é que o Amor não é igual para todos?
Algumas vez amaram duas pessoas diferentes, em dois tempo diferentes (ou iguais) do mesmo modo?
Porque é que para algumas pessoas o Amor consiste em segurança, acordos e regras e para outros consiste antes na inevitabilidade do imprevisível e na admiração da personalidade adorada, e dos sentimentos daí decorrentes?
Porque é que algumas pessoas quando amam se esquecem de si mesmos e se deixam afundar no mar do outro, e porque é que outras pessoas melhoram, tomam consciência do mundo em redor e não se deixam arrastar nessa rede e nesse mesmo mar?
Porque é que o Amor é diferente da Paixão?
E se são coisas distintas, porque é que a Paixão pode desembocar no Amor e o contrário parece uma Utopia dos tempos modernos?
Porque é que o Amor muda consoante a perspectiva que temos da pessoa amada?
Porque é que deixamos de amar alguém, será que é porque mudamos, ou a pessoa muda? Mas, não deveríamos mudar juntos? Porque é que nos precipitamos?
Porque é que às vezes nos dizem que não sabemos o que é o Amor?
Porque é há pessoas que acham que sabem mais do assunto do que outras?
Haverá alguém que não acredite no Amor? Repito. Haverá alguém que não acredite no Amor? E no Medo acreditam?
Porque é que alguns não imaginam o Amor sem luxúria e outros preferem antes o companheirismo?
Porque é que alguns querem tudo e outros tão pouco?
Porque é que sofremos quando nos magoam, e sofremos quando magoamos?
Será que não sabemos todos de antemão que iremos sofrer algures em Setembro, em Dezembro ou em Maio?
Porque é que dizem que amamos umas pessoas e nos apaixonamos por outras?
Podemos amar duas pessoas ao mesmo tempo? Podemos ficar com as duas?
Não creio que existam respostas que satisafaçam a curiosidade de todos, porque tal como no Amor também a Verdade se altera consoante a perspectiva em que a tomamos.
sexta-feira, julho 31, 2009
Arrepio-me com este tipo de frases
" Há uma pessoa no mundo que ainda não conheces, mas que vai ser amada por ti"
Assusta porque isto é verdade num determinado momento da nossa vida, pode vir a acontecer, pode já ter acontecido, já andámos ou continuaremos a andar num mundo em que outra pessoa nos está destinada a encontrar ou ser encontrada!
quarta-feira, julho 29, 2009
Comecei um novo livro
...hoje na praia.
Gosto de gostar de frases de livros assim que os começo a descobrir, é sinal de que depressa me deixarei absorver pelas parelhas de adjectivos que por lá vagueiam...
"Precisamos de sentir a presença do outro neste espaço inantigível que nos pertence apenas a nós."
(A soma dos dias, Isabel Allende)
terça-feira, julho 28, 2009
Apetece-me escrever sobre a Gripe
Gripe.
Toda a gente tem, uma aqui, outra ali.
Gripe das aves, acho que não tive, Gripe suína, como porco raríssimas vezes, só se for um leitãozinho de Negrais acompanhado de pão de Mafra.
Assusto-me não com a gripe, mas com o horror das pessoas relativamente a ela, está tudo a pedir desculpa se tossir mais do que uma vez, um espirro no metro é uma sentença de morte, vejo alminhas com medo de tocar em maçanetas, em corrimões, santinhas a inspeccionar pratos, copos e talheres, daqui a nada as máscaras viram moda...na empresa onde trabalho já não há bolachas nem maçãs na copa!
Eu acho ridículo, porque meus amores é Gripe, cura-se em casa, ao primeiro sintoma isolem-se, avisem quem têm de avisar e depois é sopas, descanso e dias de folga!
Deixo esta imagem que embora seja com pintos, vocês percebem a ideia e deixo a canção do momento, porque têm de ter muito cuidadinho onde colacam as mãos nos dias que correm, não vá a Polícia da gripe aparecer atrás de vocês e dizer:
domingo, julho 26, 2009
Batimentos
Às vezes pergunto-em como seria estar numa linha horizontal, mas bem lá no topo...só por um bocadinho, um bocadinho que seja, apetecia-me flutuar nessa linha neste momento...só por um bocadinho (não falo de morte...falo de calma).
O "tudo" é assim
Meio adormecida.
Meio estranha.
Meio feliz.
Meio confiante.
Meio vaga.
Meio perdida.
Meio calada.
Meio surpresa.
Meio presa.
Meio livre.
Meio por definir.
Meio calma.
Meio alheada.
Meio profunda.
Meio satisfeita.
Meio por satisfazer.
Meio esfomeada.
Meio encantada.
Meio ferida.
Meio expectante.
Meio absurda.
Meio apagada.
Meio ansiosa para que termine.
Meio ansiosa para que chegue.
Meio ansiosa para receber.
Meio...
quinta-feira, julho 16, 2009
Sentir. Reagir
Sentir.
Sabemos realmente o que é sentir?
Por vezes assusto-me, começo a aperceber-me de que perdemos cada vez mais essa capacidade, não sentimos...reagimos, antecipamos o sentimento, analisamo-lo, esquartejamo-lo em fragmentos insignificantes.
Reagimos a uma repreensão dos sentidos em si. Reagimos a uma bofetada dada sem palma da mão. Reagimos a um pedido mudo de ajuda com ligeireza e suspeição. Reagimos a um impulso, a um gesto, a um cheiro que nos recorda a infância como algo maquinal e dizemos ser "nostalgia".
Mas e sentir?
Há ainda alguém que sinta??
Há ainda alguém que sinta realmente desejo de fazer amor? De sentir o corpo de outro contra o seu pelo simples prazer que este lhe confere, e não por saber que o toque é agradável e que o poderia ser com outro corpo qualquer.
Há alguém que sinta de facto vontade de procurar outra pessoa sabendo que esta não tenha como a apoiar em todos os momentos, mas apenas em todos os outros quando já mais ninguém o faria. Não precisamos "sempre" de alguém, o alguém não é solução, é antes complemento, continuação, empatia inexplicável e o conforto de um coração em sintonia intermitente.
Há alguém neste mundo que não se limite a receber imagens e a projectá-las nas paredes dos quartos em forma de sombras corporais.
Há alguém que goste de maçãs?
Sim maçãs...comer uma maçã pelo prazer de comer uma maçã e não "porque é saudável".
Há alguém que goste de alguém, por saber que esse alguém jamais mudará e jamais se moldará à sua própria imagem?
Há alguém que ainda sinta que quando se está com a pessoa que se adora, que se deseja e de quem não se esquece o cheiro (por mais tempo que passe), não nos tornamos um, mas continuamos a ser dois, dois a contemplarem-se pelo que são, pelo que dizem, pelo que pensam, pelo que sentem, pelo que começaram a sentir a partir do momento em que se conheceram (não deixando porém de continuar a conhecer mais pessoas)
Um casal é dois e não um.
Não reajam.
Sintam.
...Se começarmos a sentir não deixaremos jamais de sermos quem realmente somos...
quarta-feira, julho 15, 2009
segunda-feira, julho 13, 2009
Corpo (sem direito a imagem)
Corpo.
Chama acesa aguardando o seu apagamento, e quando apagada sedenta de luz nascente.
Corpo.
A última imagem guardada antes do quarto escuro, a última visão, a última imagem retida para recordação.
Corpo.
O toque sentido, leve, esguio, quente e frio.
Corpo.
Igual ao meu, ao teu, longe de tudo, perdido entre os fios de cabelos, de saliva, dos nós dos dedos, da língua quente, a raiva pálida, o desejo frenético, a compulsividade dos gestos, a admiração do ser encantado.
Corpo.
Todos os dias, todas as noites.
Corpo.
Lembro-me dele. Lembro-me de não ter perto de mim e não querer sentir mais a sua falta.
Corpo, o meu, o teu, o dela e o dele.
Corpo é tema profético dos desejos, poema legitimado pela força das rimas cansadas de esperar, é copo de água a transbordar, é balão de ar quente a subir em direcção aos céus e ave de rapina em torno da sua presa. Corpo é queda do penhasco, é sonho que nos faz companhia nos momentos mais sós, é a rede que nos deixa adormecer para ter esse mesmo sonho, é a metrialização da ideia da paixão, é verbo feito gesto, acção feita ritmo dos dias, é loucura, devaneio e cheiro a súor.
Corpo sem ti nada, contigo nada também.
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