sábado, dezembro 22, 2007

Um dia de cada vez

Refeita do sonho, debruço-me sobre um problema que apoquenta silenciosamente um elevado número de pessoas neste alterado mundo. Sabemos que existem coisas absolutamente desnecessárias e sem as quais já não conseguimos imaginar as nossas vidinhas, existe o telemóvel (esse cada vez mais complexo aparelho que além de fazer telefonemas, manda palavras indecifráveis para os telemóveis dos outros, permite fazer contas complicadas, tira fotografias, e eu acho mesmo que vem aí um novo modelo que tira umas tostas mistas ui, ui!). Mas não é só o telemóvel, existem os cartões disto e daquilo (nenhum deles com dinheiro corrente), os porta chaves mais estranhos e bizarros,e eu devo admitir que possuo mesmo um relógio despertador que projecta a hora na parede, enfim..ninguém disse que eu era perfeita, já tentaram mas eu refuto a ideia com este belo post! Ele há pessoas que temem coisas como não fazer depilação e logo nesse dia partir uma perna e ir direitinha (ou direitinho) ao hospital, ou usarem as suas piores meias ( e rotas) no dia em que tiveram um valente acidente rodoviário, e digo sobre isto que são medos perfeitamente justificáveis, há coisas toleráveis, mas acidentados com roupa interior para lá de medíocre é do piorio. Mas meus caros, devo confessar que o medo com o qual convivo todos os dias tem outro nome, e ele é O MEU MP3. Vá eu onde vá, não me consigo imaginar sem dois fios brancos a sair-me pelos ouvidos, já tentei sair de casa mas voltei atrás para os ir buscar, e quando me faltam as pilhas..ui fico danadinha!! E sei que não estou sozinha nesta luta contra a dependênncia, já me foi adiantado que é um processo gradual, cada dia é uma vitória, mas com a ajuda daqueles que me amam sei que vou conseguir. Sei bem que este é um problema geral do qual muitos padecem, a sociedade emaranha-nos nas suas astutas teias e é de lá muito difícil de sair diria aquele psicólogo que às vezes vai ao telejornal da Sic, mas meus caros o meu grande medo não são "as meias rotas", ou a lingerie cor de carne (sem lacinhos nem nada), nem muito menos a depilação por fazer...e se os paramédicos me vão escutar o MP3? "Perdida" meus caros é como ficarei, dirão algo como " Eh pá esta gaja é caso perdido, desliguem mas é as máquinas, salvemos quem quer ser ajudado!", meus caros e eu morrerei vítima de uso e absorção sonora e abusiva de MP3. O MP3 é perigoso porque não ouvimos coisas como "A linha amarela está temporariamente encerrada", ou " A menina sabe onde fica a sala 2.1?", e isto é o início da nossa alienação social, e vocês sabem como é que terminam os casos de alienamento social! Tomei uma decisão, entrei na sala, puxei duma cadeira e disse "Olá eu sou a Leila e sofro de uso abusivo de Mp3!" e escutei do outro lado "Olá Leila!" A lista do MP3 (a razão porque os paramédicos me chamaram de CASO PERDIDO: All That she wants- Ace of Base Enchanted Melody-The Righteous Brothers Un'altra te- Eros Ramazzotti I saw the sign- Ace of base No rancho fundo- Tieta The first Noel- Elvis Presley Bem Bom- Doce Macarena- Alvin and the chipmonks Roseira Brava- Paco bandeira Sobe, sobe balão sobe- Manuela Bravo

2 comentários:

Prometheus disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Daniela Lopes Moura disse...

Não tenho nadinha nadinha mas mesmo nadinha a ver com esse Rancho Fundo....... cooooof....

E já agora, por causa desse mesmo exemplar MP3 também não conheces o sr Paul Potts!!! :P