sexta-feira, novembro 24, 2006

"The name's Bond...James Bond"

Sangue novo, jogo melhorado e com bluff à mistura, vilão minimalista mas que sangra de um dos olhos aquando de uma qualquer excitação, bond-girl ambígua, Bond prepotente, forte, selvagem, carismático, e torturado até á exaustão, de fazer parar o coração!
"Ah" de satisfação.Até que enfim.Foi por um 007 como este que tenho estado à espera.
Não sendo uma grande fã da saga, não lhe sou totalmente indiferente, como se fosse possível eu ficar indiferente a um espião secreto e ainda por cima inglês, e ainda por cima com fatos feitos à medida!!
Casino Royale está á altura das minhas expectativas.
Brincando um pouco com o nosso imaginário Bond( entre Martini's assassinos, clichés usados nos momentos certos, mas não nos momentos esperados, the car que não é o primeiro a ser aprsentado,Rolex transformado em Omega) . Martin Campbell usa com astúcia o nosso conhecimento sobre o universo da saga, e dá-se ao luxo de se render ao humor fácil, mas que delicia, porque não se trata de uma comédia negra, mas sim de um filme de acção que tem como base o realismo e quem sabe um drama romântico.
Uma viagem por paraísos emblemáticos, cenas de acção simples, masculinas, animalescas, nada coreografadas, sem qualquer pudor de mostrar o quão iguais os seres humanos são no que toca a tentar sobreviver a um duro golpe.
Não são muitos os gadgets desta nova incursão e ainda bem, mas não se pense por isso que o nosso Bond não está a par das novas tecnologias, nada disso, está a par puramente, não está à frente, não há cá maquinetas futuristas que daqui a um mês, toda a gente já sacrifica cabras pelo modelo a seguir!
É um Bond de 2006, em 2006.
E não, o meu fôlego não se fez notar pela sua ausência, o fôlego que nos é tirado por um qualquer arrepio aquando do momento em que Daniel Craig sai da água na praia, não esse momento verificou-se aquando sou apresentada ao belo Aston Martin DBS cortesia de miss M (o qual Jorge Costa, esse vulto azul é incessantemente copiado pelo James, e não o contrário)... aqueles porta-luvas, aqueles estofos Dear God!
Agora Daniel Craig:o actor faz deste James Bond um humano frio, calculista, de frase pronta para toda a situação, rude por vezes, e educado ao extremo quando a situação assim o exige, de olhar não enignático, algo mais crú, talvez perverso, sim perverso.Manequim pelo porte e não por não saber representar, porque este senhor sabe e duvido muito que se fique por James Bond no seu leque de personagens num futuro próximo.
Este novo agente continua brilhantemente intuitivo, numa rede apostas de milhões, lucros do terrorismo que não não mete árabes, mas o que importa é fazer dinheiro e não governar o mundo...finally!
O "não" do filme, não não é o tema de Chris Cornell que o senhor do Diário de Notícias diz ser o pior" da História do Bond, pior é o senhor escrever sobre um filme e contar a história quase toda, pelo menos avise "spoilers ahead"... o mau é mesmo o genérico inicial de Casino Royale, que envolto num imaginário de gambling não seduz por aí além; esperava bem mais, e a longa duração da película, estende-se por 144 minutos, talvez fosse possível dizer o mesmo em menos tempo.
E para o público feminino, ponham os olhos em Vesper Lynd (mas não em Eva Green, que lhe falta qualquer coisa) e para o público masculino, depois de ver casino Royale pensem duas vezes antes de vos ser cedida uma cadeira para se sentarem...ai que sensíveis que eles são!

4 comentários:

Anónimo disse...

Ola! Ainda não vi o filme mas concordo plenamente contigo em relação ao carro, em relação ao Daniel Craig não faz bem o meu género prefiro mais de mil vezes mais a Ivana Milicevic :) beijokas e espero que já estejas de boa saúde :)

P.S.- O novo visual do teu blog esta muito giro

Anónimo disse...

ups esqueci-me de assinar... lol
Ass: Nuno

Prometheus disse...

Este James, a um olhar desconhecedor do filme, parece mais rude, mais musculado, mais fisico, menos pensador, menos Sean Connery (a minha referência para o conhecido agente do MI6)... Fico agradado por saber que é um filme mais "real", menos à frente no seu tempo. Agora só falta mesmo dar uma olhadela =)
Hummmm mas antes tenho que discordar num ponto da princesa... Apenas um pouco pq ainda não vi o filme, mas baseado em desempenhos anteriores acho a Eva Green uma excelente atriz (e bonita tb).

Espero que estejas bem Aurora

beijo DBS, estofado e com porta-luvas***

Prometheus disse...

Vi finalmente um Daniel Craig, uma Eva Green e um Aston Martin DBS que pouco depois de nos ser apresentado é desfeito em cem mil bocadinhos... (bem que podiam ter evitado tal matança e mandado o belo carrinho pelo correio). À primeira análise diria que este Bond foi mais escuro, cada cena, cada palco revelava-se na escuridão de uma cena de acção. Parece-me a ideia de drama romântico a mais acertada para caracterizar este capitulo secreto, selada com o encontro de mãos final.
Gostei da Eva Green, não me desiludiu, a mim, que dela apenas tenho Isabelle como referência em "Os Sonhadores". Já Craig supreendeu, ainda bem, gostei do seu estilo perspicaz.
Recordo apenas um sorriso troçante de James quando o gerente do banco suiço solta uma gargalhada ridicula, como fiquei admirado por ver tal coisa tão real numa pelicula... E cuidado sim, espero que no teu reino todas as cadeiras tenham fundo (almofada), que no teu quarto haja uma livre, à minha espera, para te susurrar ao ouvido o que os lábios tendem a esconder. Bom filme.

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