"Comer ou não comer.Eis a questão." parafraseia Strindberg. No fundo tudo se resume a isso: fazer ou não fazer, ir ou não ir, descer ou subir, entrar ou sair, rodar ou balançar, preto e branco..sempre pólos mais ou menos positivos, mais ou menos negativos.
No fundo vivemos numa qualquer órbita binária, feita de escolhas e vontades, certezas e arrependimentos.É o pensar no "mais tarde", tão errado, o "mais tarde" simplesmente não existe, já passou...e nem dei por isso.O alfa e o ómega.O humano e inumano.
Sinto-me inumana.Como se tivesse prestes a arder, a fazer um sorriso de uma gota de agua fresca, quase, perto, perto..longe, muito longe.
Inumana pelo egoísmo da minha vontade, por não amar os demais e preferir antes a sombra da minha existência, ferindo os que comigo se cruzam e abraçando-os num género de última dança...
Não quero decepcionar ninguém, mais do que isso não me quero decepcionar, o andar que não é ritmado, a noite que não é fria, os olhos que não se encontram.
É com tristeza profunda que a tinta azul chora estas palavras e penetra a parte superior destas linhas gravadas nas finas folhas de papel não reciclado, e por isso mais branco e por isso gosto mais. Eu não queria que assim fosse..ele sabe que eu não queria.
Eu queria, mas não é, não tinha de ser, não tem de...ser...Felizes os que não pensam. " Eu
sou daquelas"(lembras-te? odiei quando me disseste isto naquela noite) que se questiona, faço-o todos os dias e afasto de mim os que não se querem questionar, prosseguir comigo, preferiste a competição "no love , no glory" diz Damien Rice, não não és tu é um outro "tu".
Questiono-me hoje em plena Avenida Augusta por entre o cheiro a castanhas assadas e transeuntes cinza-azul, evito os olhares dos estranhos, baixo a cabeça e procuro a minha sombra, como se ela me seguisse num final de tarde escuro.
É a perversão dos sentidos, a fogueira da desilusão, a feira dos suspiros.
Sartre disse "l'infern c'est les autres", ele não sabia o quão errado estava, não são "les autres" somos nós mesmos...Sartre não se questionou no como os outros se sentem por causa de "nous".
Não queria iludir...não mesmo, não quero ser a águia...
3 comentários:
Tu nao es dakelas pk n pertences a um genero, n podes ser incluida num grupo! Qt muito poderias ser "dakelas k sao o k s aproxima mais d um anjo", aí sim! e natural reflectirmos qd nos criticam, especialmente qd a pessoa k o faz tem uma certa imp no momento mas nem td o k ela diz tem d ser verdade, pode ser bem uma desculpa para um defeito dela, o k critica devia ter mais olhos e consciencia para s aperceber do k ta a dizer, n e criticar para esconder defeitos maiores k ele mm tem, kerer virar a situaçao em proveito dele!! Talvez n seja bom criar grandes expectativas, talvez seja melhor partir do zero e iniciar a viagem do conhecimento, talvez seja bom parar d vez em qd e reflectir sobre akilo k somos e interiorizar-mos para vermos a realidade e n pensarmos mais em comentarios sem nexo k apenas espalham um desconforto por amar uma pessoa tao magnifica k faz tornar o ego enorme tao pekenino pk afinal ha neste mundo pessoas k sao maravilhosas sem ter d s esforçar, sendo elas mesmo, n tendo d fingir ser algo k nao e, dizendo coisas em k n acredita, levando a outra crer k e algo k afinal nao e...es dakeles k fingem ser mais crescidos do k realmente sao! Ama-se por akilo k a pessoa é, nao temos d parecer mais inteligentes, mais sabios, apenas sermos nos proprios.
Conheço-te a onze meses e cd dia k passou desde o momento em k m perguntas-t "es mm tu?" k m tens surpreendido pela enorme dedicaçao k tens cm akeles d kem gostas e por td o resto k sabes k axo d ti.
Love U Sis
Bu
Expectativa... vejo-a como algo inerente a um acontecimento que ainda não ocorreu, como qq coisa idealizada por nós, para colmatar a ansiedade e a dúvida, gerada por algo que ainda não se passou... Vejo-a como inevitável, talvez... Como algo incerto, baseado no pouco que sabemos ou que tentamos imaginar relativo a esse episódio. É dificil, por isso, a expectativa tornar-se próxima da realidade, quando se desenrola a derradeira acção da peça teatral, por nós criada.
Qt a mim, tenho aprendido a moderá-la, a modelá-la com o tempo e com o conhecimento da peça. Mas como carneiro que sou, parece que não é das tarefas mais fáceis (informações prestadas por amigas astrólogas) =)...
Não quero ser iludido, quero conhecer, quero desembrulhar o novelo, ver o que tem no centro... Certo que nem tudo são rosas, quero ver-te como és, calmamente, sem pressas.
Tb não quero que sejas abutre (águia), mas corro o risco, talvez valha a pena... (questiono-me sim se valerá, às vezes a teimosia e o desejo prevalecem à dor)
Hoje voltei do algarve... durante a passagem do tejo estava um céu roxo, azul, laranja, amarelo, de nuvens escuras... as luzes da pequena lisboa brilhavam no crepusculo, como gostei desse momento. Não me sinto agrilhoado, não haverá abutre(águia) que consiga alcançar-me assim...
Não te quero triste, já te disse. Se for este figado roto que te está a incomodar, avisa... Ele regressa ao seu mundo se assim quiseres. (não que deseje =S)
Não sejas má para ctg... És uma rapariga fixe, deu para perceber na primeira conversa.
Durma bem menina inalcançável da realeza letrária.
Beijo de um mero plebeu que sonha ainda em assaltar a sua varanda e ocupar-lhe uns momentos no seu palácio***
PS - o papel reciclado é melhor yaa?? cortam menos árvores... =P
Quase gosto da vida que tenho .. já dizia o "outro", "aquele", o "tal" e também o digo Eu ..
É o quase que faz a diferença e nele esta o segredo ... e vais ter de o descobrir maninha ... vais ver que vale a pena ... viver é muito bom !!! ... beijos meu amor
xana ***
Enviar um comentário