Esta ideia sempre me arrepiou. Esse alguém não vai respirar mais este ar que nem sempre apreciamos. Não se vai emocionar com a mensagem de um anúncio de televisão ou com uma a de um filme, ou com o diálogo final daquela peça de teatro. Não vai voltar a dizer "amo-te", nem vai ouvir essa mesma palavra proferida por aquela outra pessoa que vê nela a sua continuação. Não vai voltar a sentir o sabor do seu fruto preferido, não vai cantarolar no banho, nem vai voltar a apreciar as primeiras horas do dia que nasce.
Lido mal com a morte. Sempre lidei. A ideia de que caminho na sua direcção faz-me questionar uma série infinita de coisas cuja resposta receio. Qual o meu propósito. Serei boa o suficiente? Serei merecedora? Porque é que nunca parti? Quando vou partir? Quando vão eles partir? Quando vão partir aqueles que amo. Voltarei a vê-los? E que lhes digo quando os reencontrar?
Continuo sentada à frente deste teclado e sinto muito pouco, mas o que sinto faz ricochete na cena deste filme...
The Tree Of Life - Terrence Malik
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