Hoje é dia de ante-estreia.
Ridley Scott é um dos meus realizadores preferidos. Quer dizer, não sei se devo colocar a questão desta forma, mas ele é sem dúvida o "dono" de uma mão cheia de filmes que me arrebatam (ainda hoje) os cinco sentidos e me fazem acreditar que existem pessoas que andam sempre um pouco à frente da grande maioria das pessoas e que "vêem mosquitos na outra banda".
A lista, como referi, é extensa e prolonga-se ao longos dos anos (se bem que alguns destes filmes são de anos anteriores ao meu nascimento), mas digo apenas isto Alien o 8º passageiro e Blade Runner. Ele tem muitos outros que adoro, mas estes enchem-me de tal forma as medidas que se ele nunca tivesse feito mais nada eu não me importaria por aí além.
Mas hoje, volto a uma sala de cinema para ver a sua mão sobre O Conselheiro. Estou expectante, mas não o suficiente para me desiludir. Optei por não ver sequer o trailer do filme, e não fazer (como faço sempre) uma longa pesquisa sobre os detalhes do filme, elenco e "trivia". Desta vez vou ao cinema, e pronto.
De qualquer modo, deixo-vos o trailer e a data da estreia que é dia 21 de novembro.
E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
quarta-feira, novembro 20, 2013
Casa nova para o Luz Câmara Acção
E parece que temos uma casa nova.
O Luz Câmara Acção muda-se de vez para esta nova morada. Há muito que o tencionava fazer mas o apego à velha casa não me permitia levar esta mudança até ao fim, mas hoje é o dia e fico muito contente por vos apresentar o novíssimo: http://luzcamaraaccao.wordpress.com/
O Luz Câmara Acção muda-se de vez para esta nova morada. Há muito que o tencionava fazer mas o apego à velha casa não me permitia levar esta mudança até ao fim, mas hoje é o dia e fico muito contente por vos apresentar o novíssimo: http://luzcamaraaccao.wordpress.com/
sábado, novembro 16, 2013
Equador | A Chocolataria do nosso amor
Corria o frio de novembro de 2010.
Ele levou-a de carro ao cair da noite até ao Porto.
A viagem foi um longo breve momento em que as palavras se somavam e multiplicavam umas às outras, sem nunca se atropelar, sem nunca se sentirem solitárias.
Na manhã seguinte, ou talvez na primeira "leva da tarde", os seus pés entraram juntos pela porta da chocolataria que ela só conhecia dos emails que ele lhe enviara com o roteiro imaginado da sua primeira viagem juntos. A viagem após a qual nada voltou a ser o mesmo.
Com os pés lá dentro, os narizes frios e os corações aquecidos como manteiga que se vai derretendo na frigideira, lá foram eles espreitando e descobrindo os segredos do chocolate, a quem ela já se confessava regularmente e a quem ele se confessava de forma tímida e até um pouco a contragosto.
Aquele lugarzinho pequenino e escondido na longa rua Sá da Bandeira, só se fazia descobrir através do maravilhoso cheiro a chocolate que de lá dentro inundava as suas narinas e do grandioso comboio que estava ainda a ser construído na montra.
Eles provaram chocolate quentinho, bolinhos, chocolatinhos e tudo o que possa acabar em "inho" ou "inhos". Levaram com eles uns "pacotinhos" à antiga atados com rafia e uma caixa de cartão com um soldadinho deitado lá dentro que haveria de ser a estrela dá árvore de natal daqueles dois.
Aqueles dois foram muito felizes ali. Aqueles dois são muito felizes hoje.
Esta é a chocolataria deles, esta é a chocolataria do nosso amor.
Ele levou-a de carro ao cair da noite até ao Porto.
A viagem foi um longo breve momento em que as palavras se somavam e multiplicavam umas às outras, sem nunca se atropelar, sem nunca se sentirem solitárias.
Na manhã seguinte, ou talvez na primeira "leva da tarde", os seus pés entraram juntos pela porta da chocolataria que ela só conhecia dos emails que ele lhe enviara com o roteiro imaginado da sua primeira viagem juntos. A viagem após a qual nada voltou a ser o mesmo.
Com os pés lá dentro, os narizes frios e os corações aquecidos como manteiga que se vai derretendo na frigideira, lá foram eles espreitando e descobrindo os segredos do chocolate, a quem ela já se confessava regularmente e a quem ele se confessava de forma tímida e até um pouco a contragosto.
Aquele lugarzinho pequenino e escondido na longa rua Sá da Bandeira, só se fazia descobrir através do maravilhoso cheiro a chocolate que de lá dentro inundava as suas narinas e do grandioso comboio que estava ainda a ser construído na montra.
Eles provaram chocolate quentinho, bolinhos, chocolatinhos e tudo o que possa acabar em "inho" ou "inhos". Levaram com eles uns "pacotinhos" à antiga atados com rafia e uma caixa de cartão com um soldadinho deitado lá dentro que haveria de ser a estrela dá árvore de natal daqueles dois.
Aqueles dois foram muito felizes ali. Aqueles dois são muito felizes hoje.
Esta é a chocolataria deles, esta é a chocolataria do nosso amor.
Todas as imagens foram retiradas da página de Facebook da Chocolataria Equador (Ilustração de Celestino Fonseca)
quinta-feira, novembro 14, 2013
quarta-feira, novembro 13, 2013
E quando alguém morre
E quando sabemos que alguém morre, uma parte de nós morre também. Não porque nos é próxima, não porque sentimos por ela aquele amor que só entregamos numa caixa de ouro selada com a nossa alma. Não é nada disso. Apenas porque sei que ela partiu e o mundo que vemos neste preciso momento deixou de ser visto pelos seus olhos.
Esta ideia sempre me arrepiou. Esse alguém não vai respirar mais este ar que nem sempre apreciamos. Não se vai emocionar com a mensagem de um anúncio de televisão ou com uma a de um filme, ou com o diálogo final daquela peça de teatro. Não vai voltar a dizer "amo-te", nem vai ouvir essa mesma palavra proferida por aquela outra pessoa que vê nela a sua continuação. Não vai voltar a sentir o sabor do seu fruto preferido, não vai cantarolar no banho, nem vai voltar a apreciar as primeiras horas do dia que nasce.
Lido mal com a morte. Sempre lidei. A ideia de que caminho na sua direcção faz-me questionar uma série infinita de coisas cuja resposta receio. Qual o meu propósito. Serei boa o suficiente? Serei merecedora? Porque é que nunca parti? Quando vou partir? Quando vão eles partir? Quando vão partir aqueles que amo. Voltarei a vê-los? E que lhes digo quando os reencontrar?
Continuo sentada à frente deste teclado e sinto muito pouco, mas o que sinto faz ricochete na cena deste filme...
The Tree Of Life - Terrence Malik
Esta ideia sempre me arrepiou. Esse alguém não vai respirar mais este ar que nem sempre apreciamos. Não se vai emocionar com a mensagem de um anúncio de televisão ou com uma a de um filme, ou com o diálogo final daquela peça de teatro. Não vai voltar a dizer "amo-te", nem vai ouvir essa mesma palavra proferida por aquela outra pessoa que vê nela a sua continuação. Não vai voltar a sentir o sabor do seu fruto preferido, não vai cantarolar no banho, nem vai voltar a apreciar as primeiras horas do dia que nasce.
Lido mal com a morte. Sempre lidei. A ideia de que caminho na sua direcção faz-me questionar uma série infinita de coisas cuja resposta receio. Qual o meu propósito. Serei boa o suficiente? Serei merecedora? Porque é que nunca parti? Quando vou partir? Quando vão eles partir? Quando vão partir aqueles que amo. Voltarei a vê-los? E que lhes digo quando os reencontrar?
Continuo sentada à frente deste teclado e sinto muito pouco, mas o que sinto faz ricochete na cena deste filme...
The Tree Of Life - Terrence Malik
domingo, novembro 10, 2013
Tenho um novo filme na cabeça, chama-se "novembro"
Imagem via: http://www.pinterest.com/pin/130956301638115150/
Este mês tem um poder especial.
Não sei explicar ao certo por palavras que poder é, mas creio que é algo que tem que ver com o poder da antecipação. Novembro está entre outubro e dezembro, dois dos meus meses preferidos, mas por estar no meio não é mediano, e por estar no meio não é como aqueles irmãos de quem nunca se ouve falar, de quem nunca se espera muito. Pelo contrário, eu espero muito de novembro, espero tudo.
Por ele, esqueço que não gosto da sensação de frio quando fico muito tempo no sofá sem uma manta, e esqueço que está na hora de trocar bolas de gelado por pedaços dantescos de chocolate de leite. Por ele, prefiro ficar horas a ver filmes agarrada ao meu marido, do que a suspirar pelas horas de sol passadas na Figueirinha. Por ele, ando de mão dada na rua a pisar folhas de ouro estaladiças e a sorrir sempre que vejo as bochechas rosadas de uma menina criança emolduradas por uma franja e um gorro quentinho.
Novembro é o mês da esperança e dos preparativos mentais. Nada se faz, mas tudo se pensa. Onde vai ficar a árvore desta vez? Será que colei a cabeça daquela peça de presépio partida no ano passado? Onde vou passear na manhã de dia 24. Cabrito, perú ou leitão? Bolo, mousse ou azevia?
Tantos preparativos que "o irmão do meio" tem de equacionar. Novembro é frio, mas não é aquele frio que nos atira para a cama. Novembro é frio o suficiente para nos voltarmos a apaixonar pelo cheiro a castanha assada e pelo som das castanhas a serem balançadas no assador de latão. Novembro são as primeiras luzes, que por serem as primeiras, são alvo de olhares incrédulos mas que depressa ganham o seu lugar, e depressa nos mostram que é natal outra vez.
Novembro foi o mês em que te conheci, se já não bastasse tudo o resto.
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sábado, novembro 09, 2013
Eu, tu e um aquecedor a óleo
Há frases que parecem tiradas de um livro.
Katharine Hepburn, Cary Grant e Baby em Bringing Up Baby, 1938
Esta parece uma delas. Imagino-a feita cena de filme, gravada num único take, o take perfeito para um filme que trata as coisas pelos nomes e que não receia os aplausos mudos da crítica.
"Tu, a Miuccia e um aquecedor a óleo." Foi assim que ele a proferiu, no quarto que ainda está para ter um candeeiro de tecto, o mesmo quarto que escuro que tantas palavras ouviu trocadas ao amanhecer e anoitecer de cada dia que passou.
Ele disse aquelas palavras, e eu vi um filme, um filme diferente. Troquei a gata por ele, e imaginei-me velha, jeitosa, mas velha, sentadinha na cadeira de verga, com uma manta nas pernas e uma chávena de chá ao lado. Os gatos aos nossos pés e a televisão ligada a passar um filme dos anos 30, quando as comédias eram escritas para fazer com que as pessoas se esquecessem dos problemas que tinham vida.
A cena está gravada na minha cabeça. Agora temos ar condicionado (Ámen). Por quanto tempo não sabemos que a vida não está fácil e ninguém morre por abdicar de um bafo quente.
Eu, tu e um aquecedor a óleo, deste-me o nome para algo, eu só ainda não sei bem o quê...
Katharine Hepburn, Cary Grant e Baby em Bringing Up Baby, 1938
Esta parece uma delas. Imagino-a feita cena de filme, gravada num único take, o take perfeito para um filme que trata as coisas pelos nomes e que não receia os aplausos mudos da crítica.
"Tu, a Miuccia e um aquecedor a óleo." Foi assim que ele a proferiu, no quarto que ainda está para ter um candeeiro de tecto, o mesmo quarto que escuro que tantas palavras ouviu trocadas ao amanhecer e anoitecer de cada dia que passou.
Ele disse aquelas palavras, e eu vi um filme, um filme diferente. Troquei a gata por ele, e imaginei-me velha, jeitosa, mas velha, sentadinha na cadeira de verga, com uma manta nas pernas e uma chávena de chá ao lado. Os gatos aos nossos pés e a televisão ligada a passar um filme dos anos 30, quando as comédias eram escritas para fazer com que as pessoas se esquecessem dos problemas que tinham vida.
A cena está gravada na minha cabeça. Agora temos ar condicionado (Ámen). Por quanto tempo não sabemos que a vida não está fácil e ninguém morre por abdicar de um bafo quente.
Eu, tu e um aquecedor a óleo, deste-me o nome para algo, eu só ainda não sei bem o quê...
sexta-feira, novembro 08, 2013
Lisboa que amanhece - Parte I
Por mais que viaje, é em Lisboa que "filmo" o filme da minha vida...
A Avenida da República é para mim um ponto de passagem e paragem diários. Por lá caminho todos os dias de mãos dadas entre pessoas que não conheço faça chuva ou faça sol. Às vezes questiono-me como seria a vida antes de eu ter nascido. Como seria passear pela Avenida da República no tempo de Eça de Queirós? Daria um filme?
Da próxima vez, veremos por onde é que Lisboa irá amahecer...
e actualmente...
A Avenida da República é para mim um ponto de passagem e paragem diários. Por lá caminho todos os dias de mãos dadas entre pessoas que não conheço faça chuva ou faça sol. Às vezes questiono-me como seria a vida antes de eu ter nascido. Como seria passear pela Avenida da República no tempo de Eça de Queirós? Daria um filme?
Da próxima vez, veremos por onde é que Lisboa irá amahecer...
A Avenida antes de 1910 via Lisboa desaparecida
e actualmente...
quinta-feira, novembro 07, 2013
Diários d'um Barrigana - A novidade e o jantar
Para todos os que acham que "COMER" é bem mais do que "dar ao dente".
O projecto é recente mas vale muito a pena. Diários d'um barrigana é uma delícia de ler e ver, sim porque os olhos também comem, e os meus comem e de que maneira.
Com design e fotografia da talentosa Sara Costa, este blogue conta com criações diárias e revela segredos (outros mais escondidos que outros) de lugares que fazem da comida a sua grande estrela colocando-a no devido trono. No entanto, a grande mais-valia deste espaço são as receitas deixadas e as curiosidades sobre alguns alimentos que este Barrigana publica diariamente para nosso deleite.Há pratos para todos os gostos, alguns mais simples, outros mais requintados, mas há um ponto comum entre todos: fariam de nós pessoas mais felizes se os pudéssemos provar.
A parte mais difícil fica para nós, que é replicar as sugestões na nossa casa.
Hoje, terei o prazer de fazer parte do primeiro jantar deste blogue para comemorar os seus primeiros 1.000 gostos num momento de convívio com pessoas novas e pratos deliciosos como hummus de tremoços tex-mex (estou muito curiosa), buffet de chilli com carne e haverá sangria de espumante com frutos vermelhos. Já estão a salivar?
Espero trazer muitas novidades deste encontro e muitas fotos, e espero que gostem deste projecto tanto como eu estou a gostar.
Aqui fica o link da sua página: https://www.facebook.com/diariosdumbarrigana
O projecto é recente mas vale muito a pena. Diários d'um barrigana é uma delícia de ler e ver, sim porque os olhos também comem, e os meus comem e de que maneira.
Tarte tatin de marmelo, pêra e romã
Com design e fotografia da talentosa Sara Costa, este blogue conta com criações diárias e revela segredos (outros mais escondidos que outros) de lugares que fazem da comida a sua grande estrela colocando-a no devido trono. No entanto, a grande mais-valia deste espaço são as receitas deixadas e as curiosidades sobre alguns alimentos que este Barrigana publica diariamente para nosso deleite.Há pratos para todos os gostos, alguns mais simples, outros mais requintados, mas há um ponto comum entre todos: fariam de nós pessoas mais felizes se os pudéssemos provar.
A parte mais difícil fica para nós, que é replicar as sugestões na nossa casa.
Sopa Halloween
Hoje, terei o prazer de fazer parte do primeiro jantar deste blogue para comemorar os seus primeiros 1.000 gostos num momento de convívio com pessoas novas e pratos deliciosos como hummus de tremoços tex-mex (estou muito curiosa), buffet de chilli com carne e haverá sangria de espumante com frutos vermelhos. Já estão a salivar?
Magret de pato com medronho e doce de figo
Espero trazer muitas novidades deste encontro e muitas fotos, e espero que gostem deste projecto tanto como eu estou a gostar.
Aqui fica o link da sua página: https://www.facebook.com/diariosdumbarrigana
Créditos: Sara Costa
quarta-feira, novembro 06, 2013
Ainda dá tempo
Parece que "ainda dá tempo".
Realizado por Cleber Leal de Almeida através da produtora Colisão Filmes e produzido por outro grande talento que é a Helena Canhoto.
Ainda dá tempo é um projeto independente em que a palavra "Mudança" é exigida através dos sonhos de crianças que querem vir a ser felizes no mundo em que acreditam ser um mundo maravilhoso. Em contraposição, estão os seus pais que cansados de guerras, cobardias e desesperos afirmam que o mundo chegou a um ponto sem retorno. É através da voz dos seus filhos que o seu coração muda, e o nosso muda com o deles.
Para ver e partilhar.
Ainda dá Tempo (There is still time) from Ainda da tempo on Vimeo.
Realizado por Cleber Leal de Almeida através da produtora Colisão Filmes e produzido por outro grande talento que é a Helena Canhoto.
Ainda dá tempo é um projeto independente em que a palavra "Mudança" é exigida através dos sonhos de crianças que querem vir a ser felizes no mundo em que acreditam ser um mundo maravilhoso. Em contraposição, estão os seus pais que cansados de guerras, cobardias e desesperos afirmam que o mundo chegou a um ponto sem retorno. É através da voz dos seus filhos que o seu coração muda, e o nosso muda com o deles.
Para ver e partilhar.
Ainda dá Tempo (There is still time) from Ainda da tempo on Vimeo.
terça-feira, novembro 05, 2013
12 years a slave | Trailer
Este é daqueles que promete, e promete e promete.
Um elenco de luxo composto por nomes tão forte e seguros como Chiwetel Ejiofor, Brad Pitt e Michael Fassbender, através da mão e lente do talentoso Steve McQueen.
A história centra-se em Solomon Northup, um escravo liberto e que ao ser sequestrado e que durante 12 anos é forçado a trabalhar numa plantação no Louisiana para ser depois resgatado por um advogado que lhe proporciona a liberdade uma vez novamente roubada.
Steve McQueen (que já nos habituou à sua firmeza no modo como aborda temas controversos como no caso dos esmagadores Shame e Hunger) leva-nos desta vez a uma viagem por uma época sangrenta e injusta da sociedade norte-americana, um capítulo difícil de abordar ainda nos dias que correm.
Acredito que este realizador não nos irá poupar à violência física e psicológica que o roubo da liberdade pode provocar num ser humano, acredito realmente que ele não o irá fazer.
A estreia em Portugal deve ficar marcada para início de 2014, no entanto já estreou nos Estados Unidos. Fico curiosa no que toca a possíveis nomeações aos Óscares, já que a obra conta com um leque realmente talentoso de actores. Veremos...
Um elenco de luxo composto por nomes tão forte e seguros como Chiwetel Ejiofor, Brad Pitt e Michael Fassbender, através da mão e lente do talentoso Steve McQueen.
A história centra-se em Solomon Northup, um escravo liberto e que ao ser sequestrado e que durante 12 anos é forçado a trabalhar numa plantação no Louisiana para ser depois resgatado por um advogado que lhe proporciona a liberdade uma vez novamente roubada.
Steve McQueen (que já nos habituou à sua firmeza no modo como aborda temas controversos como no caso dos esmagadores Shame e Hunger) leva-nos desta vez a uma viagem por uma época sangrenta e injusta da sociedade norte-americana, um capítulo difícil de abordar ainda nos dias que correm.
Acredito que este realizador não nos irá poupar à violência física e psicológica que o roubo da liberdade pode provocar num ser humano, acredito realmente que ele não o irá fazer.
A estreia em Portugal deve ficar marcada para início de 2014, no entanto já estreou nos Estados Unidos. Fico curiosa no que toca a possíveis nomeações aos Óscares, já que a obra conta com um leque realmente talentoso de actores. Veremos...
The Spilling - Oreo nunca desilude
A marca Oreo é uma das marcas cuja presença online mais me fascina e diverte.
Foram já imensas as acções que realizaram e por altura do Halloween, brindaram-nos novamente com conteúdos de luxo.
Desta vez, usaram a rede social Vine para publicar pequenos vídeos de homenagem a alguns dos melhores filmes de terror de todos os tempos. Este é, sem dúvida, o meu preferido!
Não esquecer que o Vine foi a primeira rede social cuja forma de apresentação de conteúdos se baseava em vídeo e que foi recentemente ameaçada pelo grande sucesso do Instagram a partir do momento em que não só começou a ser possível publicar vídeos (além de fotografias), como esses mesmos vídeos tinham uma maior duração (15 segundos). Uns criam, outros imitam e melhoram, a isto chamamos - Inovação.
Mas voltando à Oreo, mal posso esperar por ver o que esta marca está a "cozinhar" para o Natal.
The Shining passa a ser The spilling
Foram já imensas as acções que realizaram e por altura do Halloween, brindaram-nos novamente com conteúdos de luxo.
Desta vez, usaram a rede social Vine para publicar pequenos vídeos de homenagem a alguns dos melhores filmes de terror de todos os tempos. Este é, sem dúvida, o meu preferido!
Não esquecer que o Vine foi a primeira rede social cuja forma de apresentação de conteúdos se baseava em vídeo e que foi recentemente ameaçada pelo grande sucesso do Instagram a partir do momento em que não só começou a ser possível publicar vídeos (além de fotografias), como esses mesmos vídeos tinham uma maior duração (15 segundos). Uns criam, outros imitam e melhoram, a isto chamamos - Inovação.
Mas voltando à Oreo, mal posso esperar por ver o que esta marca está a "cozinhar" para o Natal.
The Shining passa a ser The spilling
segunda-feira, novembro 04, 2013
The Last Days on Mars | Trailer
Eu sou, decididamente, do tipo de pessoas que não se cansa desta fórmula em que alguns astronautas se juntam num planeta que não a Terra e se confrontam com aliens. Obviamente, nem sempre de aliens e efeitos especiais vivem estes filmes, normalmente existem também algumas camadas a explorar no que toca às personagens bem como os seus medos mais profundos que são do mais humano que há.
A ver o que nos reserva o filme de Ruari Robinson e que conta com as interpretações de Liev Schreiber, Romola Garai e Elias Koteas.
Estreia prevista para Dezembro de 2013.
A ver o que nos reserva o filme de Ruari Robinson e que conta com as interpretações de Liev Schreiber, Romola Garai e Elias Koteas.
Estreia prevista para Dezembro de 2013.
Karl Lagerfeld lança linha inspirada na sua gata Choupette
Há algo que não vai faltar por aqui... gatos.
São uma fonte de inspiração, de amor profundo e apelido.
Por isso, claro que fiquei curiosa quando li que Karl Lagerfeld tinha acabado de criar toda uma linha inspirada no seu... gato, a bela Choupette. A linha é toda ela em tons de branco e preto, e tem até um chapéu com orelhas de gato, e os nossos gadgets do dia-a-dia como tablets, iPhones e companhia são contemplados.
A catwoman que se ponha a pau!
Notícia via: Vogue
São uma fonte de inspiração, de amor profundo e apelido.
Por isso, claro que fiquei curiosa quando li que Karl Lagerfeld tinha acabado de criar toda uma linha inspirada no seu... gato, a bela Choupette. A linha é toda ela em tons de branco e preto, e tem até um chapéu com orelhas de gato, e os nossos gadgets do dia-a-dia como tablets, iPhones e companhia são contemplados.
A colecção está à venda a partir de 12 de novembro em exclusivo nas lojas Karl Lagerfel em várias cidades da Europa e Ásia numa edição limitada não muito acessível.
A catwoman que se ponha a pau!
Notícia via: Vogue
Labels:
choupette,
gatos,
karl lagerfeld
domingo, novembro 03, 2013
O Preço de Arthur Miller
Tem sido difícil a vida do Teatro Aberto. É incrível como um corpo de artistas empenhados em fazer do público português, um público mais culto porque mais conhecedor, esteja sempre em pontas dos pés com medo de fechar.
Brecht tem sido muito "bem tratado" por ali, com grandes encenadores e actores a trazer de volta um dos maiores nomes do Teatro do mundo.
Desta vez, tive o prazer de ver Arthur Miller homenageado por um brilhante quarteto de actores que através da visão de Vera Sampayo de Lemos me fez lembrar a grandiosidade do talento de Arthur Miller.
O preço é uma peça sobre fantasmas, sobre a passagem do tempo no seio de uma família com segredos e mágoas que os anos não souberam desfazer.
Após a morte do pai, dois irmãos voltam a encontrar-se dezasseis anos depois para desocupar a casa que foi palco das suas infâncias e adolescências. Estamos em 1968. Nova Iorque sofreu vários acontecimentos, estamos na era do descartável e das casas pequenas. Tudo é caro e tudo tem um preço. Um velho avaliador chega à casa para lhes fazer o seu preço pelo recheio da mesma, mas o processo demora mais que o esperado, e é esse processo a que assistimos ao longo de noventa minutos, numa peça que começa antes de começar (quando o público entra na sala para se sentar no seu lugar, uma das personagens "vagueia" pela casa recordando-se de velhos momentos e alegrias) deixando-nos entrar no seu mundo.
E se tudo tem um preço, tudo é fruto de escolhas. Arthur Miller é ágil na sua construção dramática, revelando pouco (a pouco e pouco) num rodopio de palavras que guardam memórias que aguardam o confronto final. O que fez e não fez, o que era um dever, para quem, porquê?
A magia do Teatro está na sua intemporalidade, os temas debatidos em O preço são temas de sempre, como a esperança e a compreensão do ser humano e as obstruções à nossa capacidade individual de escolher. Neste caso, Arthur Miller explora o modo como as dependências familiares nos fazem preferir a rotina à verdade e como podemos empenhar a nossa vida ao acreditarmos que não tivemos escolha.
Bem haja, aos actores António Fonseca, João Perry, Marco Delgado e São José Correia pela sua coragem e a Vera Sampayo de Lemos pela gestão dos seus talentos.
E como diria o Mestre: Maybe all one can do is hope to end up with the right regrets.
E atenção que O Preço só está em cena até dia 17 de novembro.
ESPECTÁCULOS
4ª a sábado às 21h30
Domingo às 16h
FICHA ARTÍSTICA
4ª a sábado às 21h30
Domingo às 16h
FICHA ARTÍSTICA
Versão João Lourenço | Vera San Payo de Lemos
Dramaturgia Vera San Payo de Lemos
Encenação e Luz João Lourenço
Cenário António Casimiro | João Lourenço
Figurinos Dino Alves
Supervisão audiovisual Nuno Neves
Com António Fonseca| João Perry | Marco Delgado| São José Correia
Dramaturgia Vera San Payo de Lemos
Encenação e Luz João Lourenço
Cenário António Casimiro | João Lourenço
Figurinos Dino Alves
Supervisão audiovisual Nuno Neves
Com António Fonseca| João Perry | Marco Delgado| São José Correia
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