terça-feira, janeiro 20, 2009

Tempus fugit

Nunca se sabe muito bem o que é que termina para se começar algo. Já dei por mim a pensar que "começar de novo" é uma ideia feliz mas não verdadeira, achei sempre que nunca se recomeça nada, parte-se exactamente do sítio onde se ficou.
A minha questão é :onde é que termina? O que é que acaba? O que ficou pelo meio? O que se perdeu? Mas a melhor parte, o que é que se ganhou...?
Acredito piamente que em tudo aquilo que fazemos ficamos a ganhar...pode ser um sentimento temporário, ou quem sabe retardado, mas ganha-se sempre, nascemos para ganhar e jamais pensei o oposto daquilo que acabei de escrever.(o que já se si é dizer muito, porque mudo de opinião como quem muda de pijama)
E agora toca a acordar!
Se hoje perdemos alguma coisa, é porque há algo reservado para nós, que está reservado sim, mas temos de o reclamar, ou então passa o prazo e depois vem uma parva de uma gaivota e leva a dita da reserva. Não ter medo de perder, arriscar sempre, ser corajoso qb, escolher, relativizar, não pensar muito, encher os pulmões de ar, respirar (porque dá sempre jeito), beber um pouco em caso de necessidade maior, ou comer chocolates como se apocalispse fosse coisa do "hoje" e a redenção do "ontem"!
No fundo apenas quero deixar a ideia de que "ano novo vida nova" não é uma coisa perfeita, nem faz muito sentido nos dias que correm, porque felizmente os milagres acontecem todos os dias, bem como as catástrofes, bem como os corações esvoaçantes, bem como os novos poemas e prosas nasscidos da capacidade entusiasta dos neurónios frenéticos, por isso não pensei muitos nos dias, pensei antes no que deveria sentir, no que não sentia, no que deixei de sentir e naquilo que queria voltar a sentir.
A fórmula mágica... bem Edith Piaff dizia apenas "AMEM", eu prefiro, não pensar e SENTIR apenas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fiquei sem palavras! (Lourencinha)