quinta-feira, janeiro 29, 2009

E só escrevo isto

(porque sei que a pessoa visada jamais o lerá)
Li numa nota editorial por parte da Directora de uma revista feminina a seguinte frase, trata-se de um cliché que acredito já ter lido num enormérrimo número de sítios, mas vá se lá saber a palavra escrita nunca havia feito Britney Spears no meu cérebro, e só agora estava preparada para ler tal constatação, e aqui vai ela: "O Amor é apaixonarmo-nos várias vezes pela mesma pessoa". E com isto a vaguear-me na mente retirei às minhas 8 horas de sono diárias 30 preciosos minutos. Aquilo que sonhei depois...já vos aconteceu? Sonhar com algo que de tão inacreditável, mas de tão inacreditável nos faz apenas querer que esse sonho se torne real ao acordarmos?!
Bem mas regressando ao Amor (porque é a Ele que sempre regressamos), concordo com este chamado cliché porque creio fazer todo o sentido: Eu apaixonei-me uma vez na vida. Ok foram duas. Agora que penso melhor, três e fico-me por aqui!
Passo a explicar, apaixonei-me pela primeira vez sentido o coração leve, as borboletas na barriga e a ideia de que o mundo era feito campos elísios em meu redor, tinha eu 4 anos. O nome dele? John Travolta, a barreira da linguagem? O que é isso quando há Amor? Não percebi nada do que ele dizia, mas estava apaixonada, foi ver a imagem dele reflectida na água de uma piscina insuflável enquanto a Sandy cantava Hopelessly devoted to you...sim eu amava-o!
Vendo que o meu Amor não era correspondido, virei-me para almas lusas, e com elas os primeiros namorados, não posso dizer que me tenha apaixondado em nenhuma dessas vezes até que um dia... aconteceu: apaixonei-me "Há Amor depois do John". Fui conquistada ao primeiro olhar e ao primeiro "Olá", não não gostei dele porque ele gostou de mim e achei que devia retribuir o sentimento, apaixonei-me instintivamente, foi a atitude mais genuína que alguma vez tomei de forma plenamente inconsciente.
Quando nos apaixonamos fazemo-lo pelo simples prazer de nos apaixonar, é como quando comemos uma maçã, fazêmo-lo pelo prazer que a sua cor e o seu sabor nos brindam, não a comemos porque temos fome, comemos a maçã pelo prazer de comer uma maça. O Amor é isso, é feito pelo prazer do gesto e não por necessidade.
A parte que falta a este texto? Bem houve uma terceira vez, pela mesma segunda pessoa, não sei se amo menos do que da primeira vez, lá está apaixonei-me pelo prazer de me (re)apaixonar e é por isso que acredito que somos bem mais fortes do que pensamos, e se o Amor é um capricho dos deuses, fomos criados para lhes mostrar que possuímos corações bem mais corajosos dos que eles poderiam imaginar.
(o cliché é retirado na nota da Directora Rosário Barreto da revista Activa de Fevereiro deste ano)

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