segunda-feira, novembro 17, 2008

A insustentável leveza de um Quality Street

(não costumo dar a minha morada a estranhos, mas se for para que me enviei uma caixa destas...a coisa agiliza-se!) Lembram-se da frase mágica que a mãe de Forrest Gump khe diz antes de morrer, e frase essa com que o próprio começa o filme? Sim, sim a da caixa de chocolates! Qualquer coisa assim, vou apenas parafrasear: Life is like a box full of chocolates! We never know what we will get. Hmmm, não concordo plenamente com a frase, percebo a ideia, concordo com ela e com a capacidade que temos de nos surpreender - contra todas as expectativas - com a própria vida, sim eu percebo. E lá está é uma frase tão "doce" que seria incapaz de a refutar, porém...vou-me dar como exemplo! Gosto muito daqueles bombons quality street, vêm numa caixa "full" de cores e aromas, memórias de infância e satisfações temporárias, temos os de nata, os de caramelos "strong" e os de caramelo "fudge", outros de côco, os de leite..sim conheço-os a todos! Como contrariar então esta espécie de pré-conhecimento de todo o interior da caixa, pelo menos do seu aspecto e uma vaga lembrança do seu sabor?... Sim, porque grande parte da nossa felicidade, consiste no acto da repetição. Já sei. É pôr a mão dentro da dita caixa e "sacar" um bombom de olhos bem fechados para melhor apreciar o que ele tem para nos oferecer. Já sei a priori os sabores existentes, mas mesmo assim ainda me posso deixar levar pela "sensação caprichosa e glutona" inerente ao acto de comer um bombom. Ainda relativamente à ideia de repetição, já percebi que gosto de círculos e acredito piamente que as melhores coisas desta vida cabem dentro de formas circulares: com imaginação tudo se consegue! Também já percebi que adoraria que o tempo fosse fiel à orientação dada pelos ponteiros do relógio, mas não é assim, não é bem assim, nem tudo se repete, pelo menos não na sua forma original, o tempo segue sempre em frente. Não se começa nada de novo, não se vive a mesma hora do mesmo dia duas vezes, seguimos sempre do sítio e da hora onde e quando ficámos. Acordo sempre de manhã, faço sempre duas torradas e encho sempre a minha maior caneca do mais puro café com três colheres de açucar amarelo, repito os actos dia após dia sem nunca ter tido dois pequenos almoços iguais. É por isso que Kundera diz "Uma vez não conta." Ontem embirrei com o almoço da minha mãe ...fez "jardineira". Odeio "jardineira", aquele panelão repleto daquela amálgama quente em tons de fogo, castanhos, com laivos amarelos e pontos verdes reluzentes. Fiz birra. Repudiei as batatas estufadas, não as tolero. "Essa é d'agora" disse a minha irmã prontamente, pensei para comigo "é de agora sim, o tempo não se move em círculos segui em frente tal como ele para o acompanhar"! Fiz uma birra.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu nao vou defender a jardineira , nem atacar a jardineira , ate porque fui eu que a pedi .. a piada da jardineira esta na carninha tenrinha, da batatinha que eu gosto de esmagar e inundar de molho para depois atacar com um bocadinho de pao, mas como disse nao a vou defender. Leila a jardineira nao te fez mal algum. Agora a BIRRA pois é bebe , sabes que a birra nao combina com malinhas Furla zzzz
é da pele , nao liga , nao faz pandan .. ficas mesmo muito feia quando fazes birra ficas assim H&M dos pobrezinhos ...