Já não é a primeira vez que menciono esta pérola tão bem delapidada...e o site oficial coroa a pérola e aguça a curiosidade, para os ainda assim descrentes do cinema de Wong Kar Wai, atrevam-se a aceder:
E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
domingo, setembro 24, 2006
sábado, setembro 23, 2006
Cultural learnings of America for make benefit glorious nation of Kazakhistan
A mítica personagem de Sacha Baron Cohen, Borat, vem desta vez até nós na sua própria longa metragem, para os menos atentos o nome Sacha Baron Cohen pode não fazer suscitar a mínima ideia, mas se Ali G for mencionado aí é feita a luz, seja ou não feita justiça ao seu trabalho.
Aos que mesmo assim não estão a ver a peça, mas que assistiram aos prémios MTV do ano passado transmitidos a partir de Lisboa, ele foi o apresentador do evento, e fê-lo bem, diga-se de passagem.Ainda nada? Então é porque este post não vai de encontro ao vosso gosto. Ide!Vão com Deus Nosso senhor..
Ainda aí estão? Persistentes...aqui vai...
Desta vez o pivot mais conhecido do seu país natal vai a esse grande país que é os Estados Unidos da América, fazer uma grande reportagem...o resultado será um misto de humor grosseiro, personagens bizarras, costumes culturais grotescos, crítica feroz, uma simbiose agridoce, mas que mostra mal ou bem a precaridade da vida de muitos e o orgulho de pertencer a uma grande Nação, por mais porcos com os quais co-habitemos, mais familiares que se prostituam, and so on...
Esta personagem transforama-se assim não em actor de filme, mas mais em interveniente televisivo que procura Pamela Anderson incessantemente, e transmite aos seus espectadores um universo cultural paralelo, a partir de jantares com diplomatas e vox pops trascendentais!
Mas convenhamos, os subsídios sao norte americanos para Cultural learnings of America for make benefit glorious natio of Kazakhistan, logo a vontade de ridicularizar perde, para o bem do orçamento, porque sem dólares não há filmezinho e Borat ainda não tem o estatuto de Michael Moore, nem é bem disso que ele anda à procura, se bem percebo.
O filme estreou no festival de Toronto, mas nos EUA parece so chegar dia 3 de Novembro deste ano, já por aqui lá para 2007 será o mais provável.
sexta-feira, setembro 22, 2006
Aguardando, aguardando..
E enquanto não chega Novembro e muito menos esse belo ano que é 2008, aqui deixo um cheirinho daqueles que são os filmes que lançam as minhas expectativas la no alto e me fazem rezar aos deuses dessa religião profana chamada "Cinema", para que os meus desejos se realizem na máxima da perfeição.*
"Bond. James Bond."
A 23 de Novembro chega o emblemático agente, nesta vez interpretado pelo Daniel Craig (Munique, A mãe), e temos uma bond girl chamada Eva Green ( Reino dos Céus e os Sonhadores). O trailer é promissor, a canção chamariz vem desta voz num envelope de ouro na voz de Chris Cornell. Os americanos que já viram o filme num circuito muito apertado dizem que o plot é fraquinho, mas que há lá qualquer coisa que faz deste comeback do agente 007 algo a prestar atenção.
E no início foi assim:
Bartender: "Mr Bond, shaken not stirred?"
James Bond: "As if I care!"
Let's see what the future brings by the hands of Martin Campbell.
Para 2008, Chris Nolan de momento a braços com o filme The Prestige com Christian Bale(American Psycho, Equilibrium), Hugh Jackman (The fountain), "Escaralte Joana" (como diz um compatriota amigo) e David Bowie, uma estória baseada na luta entre dois mágicos que se divertem a brincar com magia, nem mais...mas, parece que este já está no forno e por isso o Nolan trabalha já na sequela de Batman Begins, de novo com os mesmos actores, juntando ainda Heath Ledger na pele do enigmático Joker. Mas há muita coisa que pode não resultar neste filme, o deixar-se levar por clichés ou pressões da Warner Bros, para tornar The dark knight, (assim se chamará a sequela), num filme mais ao jeito de outros como Spider man.Mas confiemos em Nolan e na sua vontade de salvar o franchise abalado por Schumacher, e em 2008 tiramos a prova dos 9.
Nolan parece mais interessado em fazer deste novo Batman algo mais hardcore (palavras do próprio), já que Begins pouco tem de fantasioso ou irreal. Continuo a afirmar que é um dos filmes de 2005, seguramente, mas eu sou fã deste herói por isso a minha opninião nada mais é que tendenciosa...
*os trailers do The Prestige e do 007 Casino Royale estao ambos disponíveis no site da apple, o link está à vossa esquerda!
Ah já agora V for Vendetta edição especial está a um preço apetecível na Fnac, bem como Insideman, embora este segundo não traga nenhum extra digno de apontamento, o que é uma pena.
terça-feira, setembro 19, 2006
O fiel jardineiro
Avassalador. cruel: Frio. Dilacerante. Perturbador. Apaziguador.
O fiel jardineiro é mais uma obra prima de Walter Salles, que retira o melhor de assuntos tão sérios, como o egoísmo político, a ambição das farmacêuticas, o não envolvimento com as gentes de África, as conspirações assassinas, as mentiras públicas, os discursos falsos, e um amor que luta sem armas.
Engraçado como eu em refiro às "gentes de África" como se eles fossem diferentes de mim, se calhar são, porque nós os tornamos diferentes, porque preferimos não pensar neles de modo a não nos comovermos, já que "eles" não pensam em nós simplesmente porque desconhecem a nossa complicada existência.
Se calhar não somos todos feitos do mesmo.
Ou fomos, mas "eles" ainda estão no Paraíso.
E "nós", "nós" já destruímos o nosso.
Tess, uma jovem britânica e lutadora, comovida durante as suas viagens a África na companhia do seu marido, com a precaridade das condições de vida no continente e perturbada com situações clínicas que testemunha, enverga uma luta quase solitária contra um poder sem rosto que enriquece dia após dia à custa da morte de pessoas (mais uma, menos uma, quem é que dá por isso mesmo?).
Esta sua "viagem" custar-lhe -à a própria vida, e é entao a vez de Justin, um diplomata inglês amante de botânica, lutar não por aquilo pelo qual Tess lutou, mas pela sua lembrança, e pela verdade que parece tão incómoda.
Tenho dito que depois que de Mystic river, estou preparada para tudo...pois enganei-me, O fiel jardineiro fez-me adoecer.
Não é que já não saibamos (ou tenhamos suspeita) que existem muitas doenças para as quais não há cura (à partida) porque também dá para perceber que assim as farmacêuticas ganham milhões e milhões à custa dos medicamentos para os tratamentos enquanto a dita da cura não é encontrada. N' O fiel jardineiro, aquilo a que assistimos é simplesmente a uma mega operação de poupança, assim como uma conta poupança a curto prazo: as farmacêuticas não gastam porque não lhes apetece "refazer" medicamentos e então fica-lhes mais baratuxo ir administrando aquilo que têm, valendo-se disso ás organizações humanitárias...mas no fundo mais não são que meros assassinos sem escrúpulos.
Em suma: as cobaias são silenciosas, porque "os mortos não falam" e a ONU ainda dá uma ajudinha.
É esta a grande denúncia, a verdade incoveniente, e só sei que me despedaçou o coração, ver aquilo que já receava e que agora se tornou tão clarividente com a impetuosidade das imagens.
Vi o filme como se estivesse a ler um poema, em que para perceber o seu todo, há que ler e reler estrofes, juntá-las, fazer analogias, procurar símbolos, interpretar, interiorizar.
A musicalidade da película é deslumbrante e envolvente, a cor é feita de ouro de África e vermelho do sangue, o que fica é desalento e decepção, mas no coração fica a esperança silenciada pela esmagadora compressa do dia a dia.
Não é um filme longo, nem leve, nem romântico é apenas repleto de mensagens e bocas ás entidades envolvidas e já agora um pequeno lembrete a países como os EUA, a França, a Inglaterra, Portugal...vocês estão lá a ajudar não se esqueçam...
África será o eterno diamante laminado sem esquadro e régua porque na areia de nada valem, e só uma flor lá poderá nascer um dia, se nesse dia os deixarmos em paz. Eles precisam de mais do que da nossa "ajuda", eles precisam deles mesmos, porque nós fizémos com que eles se perdessem, fomos nós não tenham dúvidas.
Podemos amá-los mas não nos podemos envolver dizem n'O fiel jardineiro, se os amarmos verdadeiramente (como ninguém o faz) eles congratulam-se, o nosso envolvimento tem de ser desprendido: amar a cor, o cheiro, a luz, a pessoa e não voltar nunca mais.
E muitas flores nascerão daqueles desertos, das terras áridas, dos desertos de ouro, das águas límpidas, dos animais selvagens, e o Justin volta ao seu jardim, e Tess regressa a casa. Porque Tess era a "casa" de Justin e quando Justin ficou sem casa, Tess foi ter com ele ao cimo da montanha.
sexta-feira, setembro 15, 2006
Dondoca à força (Antestreia) no Open Air
A não perder hoje, dondoca à força com Catherine Deneuve, Lambert Wilson e Valérie Lemercier. Para mais informações clique no link do Optimus open air que se encontra no lado esquerdo do blog.
Muitas têm sido as pessoas que não perderam a oportunidade de ver grandes êxitos do Cinema de 2006 neste evento, bem organizado e acolhedor!
Não percam tempo!Nem filmes!
quarta-feira, setembro 13, 2006
Marie antoinette (A Ante-estreia)
"- Estás a apreciar a alameda de Limoeiros?"
"- Não. Estou a despedir-me deles!" (diz Marie ao Daulphine a caminho da execução)
Marie Antoinette é daqueles filmes que tudo tem para dar certo..ou muito errado, é o peso Coppola assinado a cada canto do filme (realização, produção e afins..a família arranjou toda emprego), é a Kirsten Dunst que se vem a revelar uma senhora actriz, a recriação de uma época bem como de uma figura histórica polémica, e gravação autorizada em Versailles, a aposta, o orçamento, como disse atrás...tem tudo!
Aquilo que sei foi aquilo que vi, e entre tudo e o nada eu vi o tudo, achei sem dúvida esta película uma visão interessante de uma visionária também ela interessante. É a desconstrução negativa de uma personagem que tanta tinta fez escorrer nos livros de História.Aprendi eu em salas de aula que Maria Antonieta foi uma mulher maquievélica, fria, esbanjadora num período caótico da História francesa, mas Coppola acha que não..ela era no fundo uma menina deslumbrante e deslumbrada, uma austríaca capaz de seduzir todos em seu redor, todos menos o seu fiel esposo, uma menina que chorou pelas intrigas, amou a vida e não dispensava uma bela festa, amava a vida boémia e comia chocolate antes de adormecer.
Não é essa a definição de mulher casada dos nosso dias!!??
A película é toda ela um delírio visual, é burlesca, fascinante, romântica, gulosa, humorística, sensível, estes elementos estão todos presentes e Kirsten brilha numa redoma, cresce, amadurece sem nunca perder o sorriso de criança, mesmo enquanto mãe, a vida se tornou madrasta para com a Rainha de França.
A banda sonora provoca uma multiplicidade de sensações: desanuvia mas também envolve e es
bofeteia o espectador..new Order é assim...e quando se diz "I want candy!" porque não cantar!!??Uma anacronia musical e temporal que para nosso deleite não nos retira da época, acreditamos mesmo que New Order são intemporais( já não eram?) e que tocavam em praça pública em vésperas da Revlução francesa, se é que não foram eles que tomaram a Bastilha!!
Com este filme mudamos a posição das coisas, alteramos a perspectiva, os monarcas são os bons (as vítimas) e o povo faminto (os vilões), e só por isso já vale a pena ver, nem que seja para experimentar coisas novas, diferentes daquilo que a História nos diz..o cinema é isso, é uma refazer de coisas, inovar o velho, atormentar, abalar, comover, sonhar...alterar.
Marie Antoinette é a personificação de uma criança a quem tudo foi oferecido e que tão bem soube reagir a quando do momento da sua perda.
E durante a projecção deste enigmático filme, cor de rosa por sinal, ouvi comentários repletos de ignorância: "Não percebo nada deste filme..", que há a perceber, se calhar se a menina de cor de laranja não fizesse gazeta nas aulas de História e coisa dava-se, mas a menina teve a oportunidade de aprender qualquer coisa no Open Air, não soube foi aproveitar, mesmo (eu) estando ciente de que não nos podemos fiar a cem por cento numa obra de Arte, a Arte também engana, é matreira a senhora!!
Marie Antoinette boa ou má?
Vocês escolhem.
Eu acho-a humana.
" This is Stupid!"
"This is Versailles!!"
quarta-feira, setembro 06, 2006
Optimus Open Air..let's look at the trailer!
O evento começa já dia 8 de Setembro, e a lista segue-se já (mais informações sobre o evento, encontram-se no post seguinte deste blog!)
Dia 8 Marie Antoinette
Dia 9 Havana
Dia 10 O fiel jardieniro
Dia 11 Missão impossível 3
Dia 12 Terapaia do Amor
Dia 13 Armadilha em alto amr
Dia 14 O código de Da Vinci
Dia 15 Dondoca à força
Dia 16 Carros
Dia 17 Super homem: o regresso
Dia 18 A Dália negra
Dia 19 Dick e Jane
Dia 20 V de Vingança
Dia 21 Scary movie 4
Dia 22 Poseidon
Dia 23 Filme da treta
Dia 24 Matchpoint
os bilhetes podem ser adquiridos no local e no dia, ou nas bilheteiras Fnac, e ainda na loja Optimus do Colombo. Se preferir www.ticketline.pt, ou faça reservas ligando 707 234 234.
Optimus Open Air
Imagine um prédio de 6 andares, are you getting the picture??
Agora imagine que esse mesmo prédio se converte (em tamanho) a uma tela de cinema na qual poderá assistir a alguns dos melhores filmes deste ano, bem como a alguns dos mais comerciais.
Assim será, já a partir de dia 8 de Setembro na Doca de Santos em Lisboa.
Pagando 9 euros por dia, temos direito a participar numa espantosa viagem ao mundo cinematográfico, com direito a pipocas e tudo!
Mas não só da sessão de cinema se faz este evento, não, não, não...Olivier e Chacal cozinham para si, pode usufruir de um espaço chill out, beber um copo com amigos e tudo isto fará certamente o seu serão mais glamoroso e confortável.
O tempo a isso convida, chegou Setembro, o Verão está no fim, as férias para muitos já é só uma miragem, e para muitos outros não houve a oportunidade de ver este ou aquele, e este e este outro filmes quando estrearam...agora só em Dvd... ou não!
A Optimus dá-lhe mais uma oportunidade: veja os filmes que quer num pouff com os seus amigos e amigas, ou só com o seu amigo ou só coma sua amiga, leve o pai e a mãe se quiser.
Quem participou o ano passado regressa este ano com certeza, as condições a isso convidam, de salientar ainda que o evento possui parque de estacionamento, casas de banho , lugares especiais para deficientes, e uma lotação de 1500 pessoas.
A lista dos filmes bem como o modo para os adquirir encontram-se tambem aqui disponíveis ou então veja por si mesmo: http://optimusopenair.pt
Não perca esta oportunidade, despeça-se deste Verão em grande. Vá ao cinema!
domingo, setembro 03, 2006
No belo do BUS
Vai a rapariga muito bem sentada no belo do Bus em hora de ponta, depois de enganar 3 idosos e ter ganho a corrida silenciosa a duas senhoras de idade desconhecida (mas que eu suspeito que se situe entre os 35 a 50 anos). Cansada de mais um dia universitário pouco produtivo, onde o único ponto positivo foi na cartada no bar dos "junkies", o que ela mais queria era chegar viva da Silva a casa e desfrutar de um belo jantar seguido de um belo serão na companhia não da Floribela ou morangada , mas antes dos seus amigos imaginários, outros quaisqueres que não eles.
Mas Deus tinha outros planos.
Eis que entra aquela que ela não aguenta, mas que não a larga por nada deste ou do outro mundo (seja também ele afectado pela camada do ozono ou não), a sua lapa pessoal, que no fundo é o mesmo que representa o chamado "personal Jesus" para os Depeche Mode, está pertinho, pertinho. A lapa não arranja lugar e permanece ao lado da rapariga: "Porquê??"
E começa então a sua sessão de tortura, sem mais rodeios:
"- Sabes uma coisa? Um amigo meu disse-me que não tomar banho todos os dias fazia mal..."
(pára tudo no belo do Bus, fosse lá o que fosse que estivessem a fazer)
A vítima em questão continuava a teclar nervosamente no telemovel dando o seu ar de extrema e preocupadamente ocupada.
"La tortura" continua...
" É que eu não tenho tomado banho e estou um pouco preocupada."
.............................Twilight Zone..........................
" O que achas?"
Entretanto ela, a torturadora de serviço, toca acampainha, despede-se da rapariga como se fosse voltar ao Ultramar e sai na paragem seguinte, deixando perceber que não queria uma resposta, mas antes desabafar da sua grande preocupação, pobre torturadora, uma alma atormentada.
A rapariga ainda sentada, sente uma multidão a olhá-la, será que também alguns dos membros daquele ajuntamento tinham razões para se preocupar??
Pior que isso, será que mais de 90 por cento da população portuguesa se prepara hoje para enfrentar uma grave e terrível doença, futuramnete conhecida como "DFB" ( ou doença da falta de banhoca).
Ou muito me engano, ou o investigador Grissom e a sua equipa ( sim o surdo, a loura boazona, a morena chata, o tipo do anúncio do shampoo e o fashion da coisa), já se ocuparam de um caso semelhante, no qual uma portadora de "DFB" morre depois de acidentalmente provocar também a morte de todos os membros da sua famíla por contágio.
Nini esta é em tua honra!
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