sábado, julho 04, 2009

Como escrever sobre isto? Repetindo o "Tantas":

Tantas e tantas pessoas com quem nos cruzamos. Tantas e mais tantas.
Tantas que não esquecemos nunca, outras que não vemos faz milénios de rios de saudade mas que mesmo assim não escorrem para fora do nosso coração transbodando no nosso mar de emoções.
Tantas pessoas a quem queremos muito bem, as que queremos a todas as horas do dia, as pessoas que nos viram crescer, as que nos deram os melhores conselhos, as que nos ensinaram o que deveríamos aprender na hora exacta, as pessoas que apareceram para depois desaparecer.
Tantas e tantas, as que vemos todos os dias, as que temos de aturar, as que conhecemos hoje parecendo que fazem já parte da nossa vida há tanto e tanto tempo!
As que amamos.
As que nos são indiferentes.
As que têm o nosso sangue.
As que terão o nosso sangue.
As que queremos usar como modelo, as que queremos evitar.
As pessoas que nada fizeram para serem adoradas e mesmo assim adoramo-las como se pudésesemos morrer de tanto amor que carregamos connosco todos os dias, a todas as horas e a todos os segundos, contados e por contar.
As pessoas que partiram, as que estão de partida, e as que não queremos que partam jamais, as pessoas que não são pessoas mas que veneramos como se pessoas fossem.
As pessoas que são como nós sem o ser realmente, as pessoas que conseguem terminar as frases que começamos, as pessoas com quem não tememos partilhar os nossos maiores receios.
As pessoas que são pais, irmãos, amigos, amantes e sombras pesadas.
As pessoas com quem viajamos lado a lado, as pessoas com quem nos cruzamos e a quem nunca dirigimos a palavra, sentindo que se o fizéssemos não haveria mal algum.
As pessoas que optámos algures por deixar de ver, para não sofrer, porque a sua simples presença nos atordoava os sentidos, porque se não fizermos o que sentirmos então não vale a pena.
As pessoas de quem gostamos, inexplicável e incomensuravelmente.
As pessoas mais íntimas, as que têm fotografada a nossa intimidade no coração, as pessoas que foram muito importantes e em determinado momento na linha de vida deixaram de o ser. As pessoas que se foram embora e que nos fizeram crer que nada jamais seria igual...e não foi, e às vezes acredito que nunca será.
Ah e as pessoas que me chamam de "vaidoseca", que gostam de vacas e da Hello Kitty :)

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