quarta-feira, março 11, 2009

Afinal já não vou à praia

porque outros planos falaram mais alto.
Porém há ainda tempo para uma reflexãozinha das minhas.
Ontem à noite aconchegada nos lençóis ainda de inverno pus-me a pensar, e conclui vagamente que muitas vezes faço dos meus pensamentos os meus maiores inimigos. Consigo criar mais dúvidas a meu respeito e imagino mais obstáculos do que aqueles que existem realmente.
A verdade é que desde pequenina fui espicaçada a melhorar aquilo a que era menos boa. Nega a matemática? Estuda mais. Nega a física, esclarece mais dúvidas. Nega a química? Explicador. Esses sempre foram os meus calcanhares de Aquiles. Não que me tenham feito perder o sono alguma vez. Porque eu sempre tive outras coisas, sempre li exemplarmente, lia sem que me fosse pedido, adorava os recortes, as ilustrações, a pintura, chorei quano li pela primeira o poema "Pequenina" de Florbela Espanca, se não chorei, senti vontade pela tamanha musicalidade conferida por todas aquelas palavras.
Ou seja, desde cedo ensinam-nos a ser medianos. A melhorar aquilo a que somos piores. E aquilo a que realmente somos devotos nunca nos é permitida a excelência, nunca vislumbramos realmente os nossos sonhos, porque primeiro está a parte mais fraca.
Felizes são aqueles que são realmente bons a algo e que não precisam de elogios ou críticas, são tão bons que se tornam naquilo em que fazem e ninguém repara no resto. Ok aqui gera-se depois um problema a ver com a geniosidade do ser, mas isso fica para outro dia, porque eu agora vou ali almoçar um salmãozinho numa esplanada que nem vos conto, beber uma lomonada XXL e terminar a tarde a falar do nada e do tudo e possivelmente deste textozinho!
Afinal somos feitos realmente de quê? Depois da ligeireza dos poros, sa saliva e do sangue, somos o quê? E onde é que se escondem os sonhos afinal? Atrás do arco íris? Colado à nossa sombra? Dentro do nosso coração....ou pior, da nossa cabeça?
Eu quero ter um sonho. Acho que ainda não o sonhei.
A minha vocação neste momento é ser feliz, é juntar dinheiro para uma viagem que não sei onde ou quando será, é não pensar muito no futuro que fica ainda longe, é adiar algo que o Universo já congeminou a meu favor, só falta o dislumbre!
Ah e tenho outro bolo no forno, em princípio a minha companhia leva o seu portátil, poe ser que eu escreva alguma coisa, porque sinto falta, sinto mesmo a falta!
Haja força de vontade!

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