Disseram-me muito recentemente mais ou menos isto:
Encontrar os bons amigos é tão raro como encontrar notas de 500 euros na carteira, isto claro do ponto de vista do comum dos mortais.
Eu gosto de ser uma "comum mortal".
Acho que hoje em dia ninguém é "comum", banal, e acho a banalidade tão cativante, se formos "comuns" quer dizer que somos fiéis a nós menos, que não nos importamos que alguém se equipare a nós, ultrapassar quem sabe!
Hoje todos querem ser diferentes e muitas vezes escondem-se atrás de algo em que não acreditam puramente, mas é fácil sermos fiéis a nós mesmos, dava um tiro no meu polegar direito se não fosse fácil!
Mas acho também que, e ainda sobre as notas de 500, sim elas são mais raras porque nem sempre as podemos guardar connosco, lembramo-nos da sua forma, das suas inscrições, da sua cor, so seu cheiro se for preciso, mas nem sempre as mantemos porque as temos de devolver, ou dar simplesmente a alguém!
Os "bons amigos" também são assim, são para se manter. Felizmente os amigos deixam-nos abusar deles, as notas se o fizermos reduzem-se e transfiguram-se, cheiros e até formas físicas e perdem parte do seu valor. Os amigos nunca perdem o seu peso nem o seu valor!
Hoje acordei e lembrei-me disto, talvez fruto de leitura nocturna: parecem haver dois lemas na vida, eles sao o "tinha de ser", e o outro é "uma vez não conta"...uma vez é nunca!
E se agora terminar este texto com a frase "Gosto tanto de ter amigos como de ter notas de 500 euros" já não estarei a ser fiel a mim mesma :)
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