Tenho um teste sobre Cinema na próxima Quarta-feira.
Será um teste sobre uma matéria da qual gosto muito, muitíssimo, mas não sei o que estudar, não sei que palavras procurar para escrever sobre esse quadro pintado que mais não faz que imitar a vida.
E dou então por mim a questionar-me: Será para mim o Cinema uma onda de tão grande felicidade, como aquela que provém de um grande amor (uma grande paixão, ou uma outra qualquer manifestção psicológica mascarada por um batimento cardíaco altamente acelerado)?
Quando estou muito apaixonada, assim daquelas paixões de encher uma boca para gritar "Bom dia!" não consigo escrever. As palavras voam para outras folhas que não as minhas, a felicidade ocupa o lugar da intelectualidade (a pouca que possuo) e escrever prazer nenhum me dá, porque não há nada para pensar e dizer, apenas sentir.
O Cinema tem o mesmo efeito sobre mim, escrever o quê, sobre o quê?
Está tudo lá, cinematizado, adaptado, transformado, é poesia para o pensamento, cor para os olhos, música para os ouvidos!
Na quarta tenho o tal teste, este semestre estudei adaptações cinematográficas de obras literárias, mais ou menos "de caras", e outras mais reservadas.
Confundi-me com o Bobo, fiquei triste com Uma abelha na Chuva,ri-me com a "filha da mãe da gaivota" d'a Caixa, iludi-me com o cheiro do Verão em à flor do mar, de tanto sal e azul, azul e sal, e entrei no quaro onde Campos escreveu a sua Ode triunfal em Conversa acabada.
Adaptar é ver para lá, é transformar um objecto naquilo que queremos ver, e quano leio que Cathy de Monte dos vendavais, tinha os cabelos negros e despenteados, imagino-os de um preto muito escuro, enquanto que outros imaginam apenas castanho muito escuro, e quando penso n'O paciente Inglês imagino O principezinho crescido, e quando vejo Dracula sorrio ao ver o vestido de Lucy da mesma cor dos lábios de Nina.
O Cinema é isso, é ver e imaginar depois, por esta ordem e não por outra.
Amar é isso, é ver e imaginar depois, a outra ordem aqui também se aplica.
Vejam Cinema, amem muito.
Gosto desta frase: "the angels look the other way", uma dia adapto-a, fica prometido.
1 comentário:
Parabén pela nota do trabalho sobre As horas, eu li e achei muito bom tu é que não quiseste acreditar.
Um passarinho disse-me que ias deslumbrar para os lados da 24 de Julho, e eu a queimar pestanas com mais um teste.
Coleguinha
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