segunda-feira, abril 03, 2006

Paragem no tempo

...o som ritmado ao compasso do bater do coração que bate, bate, cada ves mais e mais depressa. Conegues ouvi-lo? Retém a respiração, retém, retém...suspira, o olhar que se se fecha, o movimento que se repete, o rodopio de luzes apagadas, pára. Recomeça e pára, esvai-se e pára de novo. O cheiro que se entranha na pele como se dela nunca tivesse saído e que teima em não desaparecer, o cheiro que fica e que recorda...ah como o faz tão bem. O toque pausado, e suave, que se contrai e foge, escorre e harmoniza. ...eu sei que voo para cair, e que caio para voar, que me calo para cantar, que canto para me calar ( canto quando estou feliz, e estou feliz quando canto), espero para ter, e tenho para esperar, ouço para (re) agir, e (re)ajo para ouvir, dou para receber, e recebo para dar, dou para ver a felicidade nos olhos do outro e saber que sim, ele sopra-me nas pálpebras no vazio( private joke, can't help it)...e saber, tenho um plano maior do que viver. ...o início, é bom começar pelo início, parece já tão longíquo...tão vago, tão bem amado... ...os planos, as horas, os minutos, os segundos...tic-tac,tic-tac..já nenhum efeito tem. ...o meio, o momento, a adoração, a alegria da hora chegada, o silêncio que tudo diz... ...o azul do céu e do mar, a inconstância do corpo, a calma aparente, o respeito, o valor... ...o fim, não até nunca mais, e pensar... Não quero pensar, quero ficar inconsciente, quero que este seja o último dia em que penso, ou pelo menos o último em que ultimo este penasamento. Confusão? Algo entre... Entre algo... Acreditar... Eu acredito, sim todos os dias, ao entrar em casa.

1 comentário:

Nuno Vasco disse...

Se todos nos conseguissemos escrever dessa forma , livre de preconceitos , marcante e avassaladora , de certeza que viveriamos num pais muito , mas mesmo muito mais feliz . Nunovsky !