sábado, fevereiro 11, 2006

Munich e a vontade de chegar aos oscares

Im nin'alu Dal thae na di vim Dal thae na di vim Dal thae ma di rom Staring up into the heavens In this hell that binds your hands Will you sacrifice your comfort? Make your way in a foreign land? Whrestle with your darkness Angels call your name Can you hear what the're saying? Will you ever be the same? Isaac Para variar spielberg faz uma filme sobre a família. Sim disse famíla e não sobre a questão palestiniana e sobre a guerra que os Eua travam desde sempre com vista ao fim do terrorismo, um contrasenso eu sei... não será antes o desejo dos Eua de se tornarem num género de nova "terra prometida"?. Não quererão eles ser a nova jersusálem de outros tempos, até onde é bom ser patriota...patriotismo náo será mais que a germinação de um vírus chamado nacionalismo.... E quando me refiro a família, refiro-me àquilo a que chamamos de lar, pátria, coração, bandeira, sangue...pó... Não se pode dizer que Munich seja um filme de interpretações como Lista de Schindler, nem tão pouco um filme "à la Spielberg", com tudo a que temos de direito, não é mesmo. Eric Bana ( por muito que este actor me agrade) não convence...o ilustre Geoffrey Rush não desmotiva, funcionando não como a consciência do assassino com causa justa ( algo que nunca entenderei), mas mais como a voz da pátria que teima em exigir algo que jamais deveria ser exigível...carne humana. Como secundário, Daniel Craig resulta bem, uma personagem algo estereotipada como convém a Spielberg e ao grupo em questão, mas está sem dúvida à altura- o nosso nouveux Bond. A acção de Munich é lenta..diria eu mesmo muito lenta, é uma viagem pela Europa à procura dos senhores da acção terrorista, enquanto o grupo pelo qual torcemos (ou não) se mantém unido, e vive cada dia na esperança de que tudo termine pelo melhor...como se fosse possível, com muita jantarada à mistura, o drama familiar da praxe, e a vontade de acordar em casa. A banda sonora é para variar do majestoso John Williams, que eleva Munich a um nível compensante mas não profundamente satisfatório, que nos faz sorrir com as alusões musicais è época em questão, músicas de sempre..a música sempre a música. O realizador já sabemos que há muito que queria levar o assunto à tela, mas foi sem dúvida um erro dirigi-lo com um único objectivo: o dos Óscares- em tempo record, com uma pré e pró produção relâmpago (foi o que me constou), Munich tem falhas detectáveis até pelo olho menos treinado...e refiro-me ao meu, porque nem sempre reparo...mas...enquanto chove lá fora, sair de casa já molhado é gozar com os 5 euros e 20 centimos que nos custam os olhos da cara. Queria muito fazer desta minha visão do filme algo mais poético, mas não consigo, revela-se muito difícil, primeiro porque não me agradou de todo e segundo porque para variar é mostrada uma visão das coisas que não é nem pode ser a visão imparcial dos factos, mas vá lá desta vez não é a história de um americano a salvar o dia, porque não dava mesmo claro... Nomeaação a melhor filme...vai-se lá entender, o Spielberg que me perdoe porque admiro-o abbastaza bene, mas até os grandes se esquecem de coisas no momento da condenação política, mesmo quando esta é usada a nível particular de modo a expressar o mundial...aquele que volta vai sempre voltar...e quem mata, morre muito antes de premir o gatilho. E não esquecer que pappa was a Rolling stone!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo em tudo o que disses-te....e sublinho o arrastar do filme nas suas penosas 2 e 45 min.
Mas fiquei surpreendido pois nunca tinha visto um spielberg tao violento(nunca vi a Schindler's List...bate-me),alias nao so violento como em certos momentos o filme passa quase ao estilo GORE principalmente na cena do tiro na boca ou mesmo o tiro na garganta da menina. O filme de inicio agradou-me mas de repente perde o balanço e a historia apesar de andar devagar atropelasse a si propria...enfim mas tinha que o ir ver....lol