E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Brokeback mountain
Cada dia sem gozo não foi teu
(Dia em que não gozaste não foi teu)
Foi só durares nele.Quanto vivas
Sem que o gozes, não vives.
Odes, Ricardo Reis
Como é que se pode invadir um espaço, se nunca se deixou de fazer parte dele?
A estória de Brokeback mountain é simplesmente umas das mais belas estórias de Amor no mundo do cinema.Um amor tão elevado como uma montanha, tão branco como a neve tão secreto, e tão mudo como todos os amores deveriam ser.
Mais que sentimentos Brokeback é verdade acima de tudo, uma verdade que os outros não entendem porque não podem ou simplesmente porque não querem, ..." mas nós vivemos na prisão, e em cujas vidas o único acontecimento é a tristeza, temos de medir o tempo pelas palpitações da dor e pela recordação dos momentos amargos."...já dizia Oscar Wilde em De Profundis.
O Amor não é nem nunca foi a plenitude da felicidade. O amor é violento quando sentido, é arrebatador, é consumidor...manipulador, é dor, é ausência...é carne, segredo, paz inalcancável, isso é o Amor.É o saber que nunca será como se deseja, por quem se deseja, porque quando o é quer-se fugaz para que possa ser todos apreciado no mínimo tempo/espaço possível.É fazer juras a quem já não está para nos ouvir, é sentir o seu cheiro na sua ausência e chorar para que se prolongue a sua existência.
Não me vou alongar sobre a obra cinematográfica em si, fui de tal maneira envenenada pela sua beleza que tudo à minha volta perdeu quelquer significado e sinto-me incapaz de reproduzir qualquer momento ou carcaterística da obra de arte..raras são as vezes que isto acontece, infelizmente.
Acoselho apenas a todos que o vejam. Não percam a oportunidade de perceber finalmente o que o Amor é. Fazem-se tantos filmes , tantos romances trabalhados em série, tantas canções lamechas e tão poucos Brokeback(s).
Finalmente faz-se justiça a essa palavra tão banal, sem que por uma única vez que seja, se profira a frase mais célebre do mundo: "I love you.", fica portanto provado que as palvras são nada e o que elas dizem tudo.
Vejam e percebam.
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4 comentários:
ai ai ai ai ai.....mulher...só por este post puseste-me os olhos na boca da tela...se fôr esta a definiçao de espaço...que não existe...os amores devem ser mudos??Isso é ser egoista...os amores devem ser sempre exemplos..alguns menis sonoros..mas mudos nunca..sem expressão??de ser sempre verdadeiros e sempre metafóricos para se compremeterem...e sempre, sempre recíprocos...bjos ( para 1o comment nem está mal..e nem vi o filme em questão)..bjos..esse cozido huumm tava du best lol
*onde se lê "menis" deve-se ler "menos"..já não é muito cedo não é....ah ah ah e tal hoje é dia 14 de fev ..heheheh ...ok ok bom dia ;P
:º
Acho que a polemica que rondou este filme deveu-se mais a desconstrucao de um mito - o dos cowboys extremamente heterossexuais , do que as cenas intimas protagonizadas pelos dois protagonistas . Filmes houve que que abordaram temas semelhantes , com cenas tambem com o seu que de provocadoras - Madam Sata - e nao causaram tanto mexerico ( pelo menos aqui porque no Brasil.... ) . Bye Anita !
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