Quando as ideias fogem, não há nada fazer, a nao ser esperar. Normalmente as fujonas das ideias revoltam-se e somem do mapa, evaporam-se e nós achamos que estamos a ser tramados!
Quando tal acontece - bem sei que é irritante - não há nada fazer, a não ser esperar. Normalmente as ideias revoltam-se e desaparecem, chamem-nas de sentimentais, e assim podem contar com cerca de uma semana, até voltarem a avistá-las.
Normalmente quando temos de ter uma ideia, e há muitos momentos na vida assim, pensamos de tal forma que tudo nos parece amorfo e sem conteúdo. Por isso mais vale, deixar ir. Pura e simplesmente, deixar de pensar, que as ideias regressam num momento de pleno vazio, refeitas e com os seus caprichos devidamente saciados.
Eu ou faço isso, ou seja, nao penso em nada ou penso em tudo. Mas faça o que fizer, costumo fazer acompanhar-me de comida, ou entao de um plano majestoso para uma refeiçao!
Escolho a esplanada, o melhor ângulo na mesa, peço leite com café, ou seja, uma galão quente e bem claro, e lambo torradas quando o coração não me pede o aconchego de um pão-de-Deus ou de uma boa fatia de bolo de chocolate.
Tem dias em que a inspiração vem, e com ela as ideias fazem-me debitar palavras nas folhas, tem outros em que risco e rabisco, mais do que escrevo, e nesses dias costumo sentir-me como uma pessoa com muito pouco para dizer ao mundo!
Porém, às vezes obrigam-nos a ter mais e mais ideias, e encurtam-nos os prazos, nessas vezes tenho de me obrigar, e podia dizer que fico exausta, mas não é bem assim que me sinto. É mais um misto entre obrigação e alegria, ansiedade e contentamento por ver (finalmente) a folha repleta e a maquete elaborada.