"Rodar com numa espiral que não tem pricípio nem fim, como uma bola de neve montanha abaixo, como numa carruagem de carrossel que faz uma curva apertada em redor da Lua, como os ponteiros de um relógio cujo dono deixa as horas passar, e o mundo todo feito numa rolha de cortiça a bailar silenciosamente pelo Universo, tal como os remoinhos que encontras na minha mente quando penso em ti."
E ele continua: " Como se entrasses num túnel e o seguisses, e o túnel não tivesse fim, e o túnel nunca tivesse sido visitado, e o túnel ganhasse vida com a tua entrada, e o túnel nunca tivesse visto a luz do Sol, como uma porta que está sempre meio aberta, como que num sonho que ainda não foi sonhado. São chaves que dançam no teu bolso, palavras invasoras a meio da noite, imagens que te perseguem e que queres voltar a ver, "Porque é que o Verão passou tão depressa?", "Foi alguma coisa que eu disse?", são amantes que caminham pela praia e deixam na areia as suas pegadas culpadas.
E ele pensa: "o toque das mãos dela fizeram o meu coração estremecer...ou seriam tambores a soar a milares e milhares de quilómetros?...".
Fotografias por tirar emolduradas numa parede vermelha, e um fragmento deste texto que se perde na espuma formadas nas encostas rochosas, e as palavras enfurecem-se, porque recordam-se da pessoa que estão a recordar, percebem que deixaram de ser livres, que já estão destinadas e esperam pelo fim da folha que deixou de estar em branco. E as palavras estão cientes de que o Outono foi transformado numa miragem bem como as cores que lhe dão vida, cores essas que o recordam do tom dos cabelos dela.
(texto vergonhosamente inspirado no poema Windmills of your mind, posso ir presa por isto?)
2 comentários:
Eheheheh! Esperemos que não. Mas just in case, podes ligar caso seja necessário ir pagar a fiança! :D
Beijinhos, nini
É um romance, temos autora!
Mulher tu empenha-te seja no que for, nasceste para ser GRANDE (é a tal luz que tens e toda a gente a vê)!!
To
(e muitos invejam)
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