
E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
quinta-feira, agosto 24, 2006
Jack Sparrow and the horizon he brought us

quarta-feira, agosto 23, 2006
(TA)VIRAr da página prateada

segunda-feira, agosto 21, 2006
And "He" returned (finally)
Foi com agrado que vi regressar o extraterrestre mais querido do mundo do cinema (logo atrás do E.T, pois claro).
O responsável por esta experiência extremamente dedicada e humana é Brian Singer, que após muitas voltas e reviravoltas conseguiu fazer renascer das cinzas mais um grande franchise...é agora ver t- shirts com um "S" estampado tamanho XL, por essa Lisboa fora, enfim mais super heróis por esse mudo.
Facilmente se percebe a razão pela qual a crítica se mantém tão favorável ao eterno Kal-El, enquanto que as bilheteiras se mostram um pouco mais reticentes, pelo menos da parte norte americana. É que quem está à espera de assistir a lutas desenfreadas, entre bons e maus da fita, amores de novela extraídas do sex appeal dos actores, e clichês dignos do livro "as mais bonitas frases do mundo", bem pode tirar o cavalinho da chuva...mas é que bem pode mesmo. A nível de frases, vá, deixamos passar as palavras de Marlon Brando no papel de de pai de Kal El, frases paternais essas repetidas pelo próprio herói mais lá para o final ad pélícula!
Sexo não há.
Acção também não.
Resultado: menos vendas. O máximo que se vê é Kal El a ser sovado como nunca, depois de exposto ao seu pior inimigo natural, e mais não conto.
Brandon Routh , tem talento e seguramente um futuro no mundo cinematográfico, é carismático e expressivo tanto como Clark Kent ou Kal El, fazendo mesmo pensar num possível James Dean (sem um final trágico e precoce rezemos) dos nossos dias, mas isso já sou eu a premeditar coisas!! O actor em causa transmite sem dúvida humanidade através do olhar algo perdido e incompreendido um "outcast" como ele próprio se julga. E arrepia vê-lo e pensar em Christopher Reeves por breves momentos, mesmo sabendo que aquele azul intenso mais não é que um adereço e quem sabe algum trabalhinho de pós produção..as maravilhas das novas tecnologias, tecnologias essas com a devida publicidade no belo do movie não é Samsung??!!
Há uma certa névoa em toda a fita que paira não como uma sombra de um fantasma mas mais como uma brisa apaziguadora que assegura a comunhão entre enredo e espectador, algo entre tradição e pertença, entre harmonia e saudade.
Lex Luthor esse vilão na pele de Kevin Spacey ou vice versa!!, é arrasador, bem como a sua fiel Cocô Chanel, interpretada pela versátil Parker Posey, tão deslumbrada e mal amada, enfim é difícil amar quem não ama.
Os efeitos especiais elevam a película a voos maiores que por mais ceguinhos que estejamos deixamo-nos levitar pelas acrobacias do Super-herói moldável como um pedaço de plasticina vermelha e azul.
Superman returns foi feito com o coração , demorou, custou muito, mas compensa sem dúvida,é dinheiro bem empregue num Verão impregnado (ao qual já nos habituámos) de piratas e polícias à caça de barões da droga, vestido à Boss e afins.
As cores deste fim de Verão são o azul e o vermelho (deixei o preto e o cinzento para o Inverno).
A vénia deve ser feita, o esforço recompensado. É tocante a dedicação final a Christopher e Dana, esses sim os verdadeiros heróis face a uma vida difícil e confusa, temida e vazia.
É sempre bom recordarmo-nos e que a morte de facto pouco poder deve possuir e que em casos destes não é ela quem se deve recordar, celebremos antes a vida, essa luz que não se extingue nunca e que existe para nos apercebermos que os sonhos devem ser sempre uma realidade.
quarta-feira, agosto 02, 2006
As palavras sao como pólvora, e estas como os nossos sentimentos
...Porque não existe melhor caracteristica própria do Homem que a insatisfação, e não percebo qual o real propósito que me põe aqui neste determinado ponto do mundo.Porque é que nos sentimos únicos nesta enorme esfera, porque é que parecemos amar, e fazer do amor a nossa primordial e viva chama..
Os sentimentos alimentam aquilo a que chamamos de vida, e quanto mais intensamente sentirmos, mais sangue fazemos correr, mais gestos aprendemos, mais (enfim) vivemos.
E viver mais nao é que esticar uma linha à espera que ela não rompa, viver mais não é que espreitar para lá da linha do horizonte, viver mais não é correr ate não poder mais enquanto procuramos o fim do mundo.
Choro ao pensar nas estrelas, invejo-as sem se me sentir invejosa, elas que contemplam a passagem do tempo, elas cada vez mais novas e nós cada vez mais velhos, elas cada vez mais brilhantes e nós ofuscados.
Parto para longe, como se fosse a primeira da última vez, parto para respirar, para invejar as estrelas, para correr, para balançar nas ondas do mar, para abraçar a brisa que com dois beijos frescos me saúda a cada manhã abençoada, que eu ignorei por tantas vezes.
Basta de lamentos e coisas por dizer, basta de medos de luas assombradas e alabatrozes esfomeados, basta de pesadelos e olhos raivosos, basta...recomeça, pára, ondula, os cabelos negros ao sabor do vento, a pele macia a saber a maçã.
Aquilo que sinto, faço-o hoje porque amanhã é outro dia, nova pólvora, novo sentimento, o mesmo sangue, novo tiro, novo olhar, amanha recomeço. A mala está feita, as ideias guardads, os sentimentos num baú fechado a sete chaves e perdidos no fundo do mar, revisitado pela sereia muda que os trás logo pela manhã enquanto deixo as minhas marcas na areia que o mar irá beber.
Porque o mar apaga e a sereia não tem língua para contar.
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