E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
quarta-feira, julho 19, 2006
Clave de Sol
Hoje fazia calor. Os raios de Sol encurralados na clave e nas linhas espaçadas milimetricamente espreitavam por entre as persianas sem licença, o ar quente bebia-se como limonada quente, os movimentos dolentes e calados...um inferno na casa.
A casa é aquele lugar onde sabemos que nada nos pode acontecer, mesmo quando acontece e tudo não parece mais do que um pesadelo ou uma lembrança longíqua, ambos encurralados por entre quatro paredes brancas caiadas pela tinta da nossa imaginação.A casa é a clave de Sol no início da mais bela das melodias, é a nota apagada pelo professor que a trocou por uma semi-colcheia, por ser mais breve.
Está quente, a casa queima, o meu centro de gravidade desintegra-se, a minha vontade desmotiva-me, os meus actos são irreflectidos.
Verão. esse inimigo. Esse inimigo das palavras. Apagador, atenção não é corrector. Corrigir mais não é que cobrir co pasta branca aquilo que não se quer ler, não vemos mas está presente e mais tarde ou mais cedo, a camada desfaz-se em pó, e nós relembramos o quanto perdidos nos encontramos.
Se apagramos está feito! Não há como voltar atrás...descobertos. Estou ciente de que o mais saudável é corrigir, como todos dizem ser o correcto, ams porque não apagar?Não seria ebm mais fácil?
A resposta é não.
Não nos esqueçamos que possuímos memória. Esse incansável "post-it" amarelo (ou cor de rosa) , que aquando da sua inoportuna tarefa tudo o que faz é ofuscar-nos, tornar-nos humanos. Sem nunca percebermos se alguma vez tivémos ou iremos ter a hipótese de optar, será que ser inumano é ser maldoso? Não o somso todos os dias? Não nos damos ao luxo de não sentir todos os dias. Não é sentir mais do que uma acção irrfelctida que ecoa no nosso ser cada vez mais distante? Sentir...
Não me considero má, quando criança questionava-me, hoje já não o faço, hoje afirmo-o, sei-o no mais fundo da minha essência: Sou boa. E a minha maldade existe, é ela quem alimenta o meu lado bom, é a mladade que me dá força... a uns consome, a outros direcciona e aos que sobram, bem a esses dá sangue...em mim faz com que ele corra com mais força.
Sou boa. Sinto-o. Ponto.
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