sábado, janeiro 09, 2010

Dia e Noite

Lá estão eles, separados no tempo e nos espaço.
Não se sabe qual deles existiu primeiro, se foi primeiro dia e nasceu a noite, ou se da noite se fez dia. Apenas podemos imaginar e continuar a imaginar.
É como ter os pés na terra e haver alguém que voa, parecem mundos diferentes, mas se não nos importarmos de nos aventurar, sonhamos sonhos jamais sonhados.
É como optar por reservar e esconder, e quando ousamos dar e revelar damos os primeiros passos numa nova realidade já ou não enveredada.
É como aquele limiar de satisfação que temos medo de esgotar.
É como acontece com o dia e a noite.
Qual é que gostamos mais? Qual deles o mais intenso, o mais revelador, o mais presente?
Dizer que gostamos dos dois é sensato, mas será real?
Levemo-nos pela ousadia dos sentidos e a realidade fará do sonho mais que uma ideia, um facto, um argumento, uma dádiva, uma rotina. A rotina mais bela das nossas vidas. Sonhemos noite e dia, vivamos noite e dia, brindemos noite e dia.

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