É uma palavra que nem sempre se deseja dizer, essa do "adeus".
Muitas vezes é necessária, mas sabe tão mal, tão mal que é a última coisa que temos no nosso pensamento.
Há pessoas que não temem essa palavra, não se apegam, não se deixam tocar porque acham que são fortes, porque são seguras e porque são necessárias demais a alguém, seja quem for. O "adeus" delas é quase doce de tão frio que é, quase como que uma benção.
Mas o "adeus" manifesta-se. Mais tarde ou mais cedo, vem, diz-se e sente-se.
Dizemos adeus aos momentos felizes, aqueles que não voltam mais, aqueles que só podemos sentir em sonhos. Dizemos "adeus" aos que mais amamos, aos que mais amámos repito com mais força, porque nem sempre amamos todas as pessoas ao longo das nossas vidas do mesmo modo. Às vezes amamos mais, outras vezes com menos força...às vezes esquecemos de os amar, e outras há em que os amamos tanto que esquecemos de nos amar a nós mesmos, e aí é um "adeus" diferente que deve ser pronunciado.
Isto para dizer, que não há mal algum em dizer "adeus", as coisas menos boas só existem para nos lembrarmos das Muito boas! E o bom do "adeus" é saber largar o fio, deixar ir, dar espaço e voltar a respirar, respirar naquele momento em que parece que já não vamos aguentar mais, naquele preciso momento em que o mundo se parte em dois e que desejávamos vender a alma se fosse preciso. A parte boa vem depois quando nos aperecebemos que essas ideias são tolas e que vale a pena dizer "adeus" para depois dizer "olá"!
As coisas de que me lembro enquanto aqueço leite para fazer um galão!!
1 comentário:
Gostei muito deste post, e partilho contigo essa ideia de renovação que vem a seguir a cada adeus.
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