E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
domingo, janeiro 10, 2010
Amanhã (que será Hoje e passará a Ontem)
É amanhã que tu chegas e a tua pequenina está feliz. É amanhã que tu e a tua pequenina vão estar juntinhas, caminhando de braço dado, de mãos dadas de corações dados. Hoje estou eu deitadinha no sofá, enroladita numa manta, aquela que tu odeias quando está repleta de pêlos do Max, junta-lhe aos pêlos uma quantidade infinitamente contabilizada de migalhas de bolachinha Maria! Amanhã a esta horas estamos sentadas a uma mesa, a ser servidas por senhoras que tremem de medo por não saberem o que é um chá de camomila, e a quem tu muito contente dizes "Glacias" e prossegues com a conversa que estavas a ter comigo. Está frio aqui sabes, acho que onde estás faz muito mais, mas eu tenho muito frio e sei que amanhã terei menos. E amanhã dormimos juntinhas no quartinho cor de rosa, agarradinhas naquela cama de "corpo e meio", aquela caixinha cor de rosa inserida bem no meio da casa. E a parte boa, é que depois de amanhã voltas a estar com a tua pequenina, acordamos juntas, fazemos torradas, eu ponho manteiga e tu queijo fresco ou requeijão, bebemos longos e doces cafés e pomos mais conversa em dia: vamos estar no Pinheirinho. Ajudaremos o papá a apagar mais uma velinha, cantaremos os parabéns como se estivessem duzentas pessoas naquela casa, brindaremos ao facto de estarmos ali todos juntos e iremos deitar não muito tarde como o bom povo faz. E depois vais partir (naquela estrada) , e eu cá ficarei à espera de uma desculpa para podermos estar juntas outra vez, a ver aquelas coisas juntas que nós vemos outra vez, as palavras que nem precisamos de pronunciar outra vez, os problemas que afastamos com toda a graciosidade que nos foi entregue desde sempre, outra vez. Disseram-me que "quando pedimos algo com carinho parece que as coisas funcionam", tu e eu somos assim também.
Li isto num poema, parece que se adequa a ti "És a carne dos deuses...(e o poeta prossegue), És aquele alimento de quem, farto de pão, anda faminto".
Mana.
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