Há quase dois anos passei um fim de semana na cidade do
Porto que veio a marcar uma profunda mudança na minha vida.
Uma mudança não só de atitude, como de carácter. Uma mudança forte e extremamente compensadora a nível emocional e afectivo e que recordo até hoje.
Passados quase dois anos, era de esperar um regresso. Um regresso ponderado e desejado, um regresso que teimava em demorar, não por se terem passado quase dois anos, mas por esses quase dois anos parecerem uma breve eternidade.
Regressada e acalmada, apercebo-me de uma nova mudança. Uma mudança que nada muda, mas que tudo altera. Uma mudança feliz e colorida, trazida por uma brisa do norte e que vai mudar, mais uma vez, o resto da minha vida.
Há cidades com esse poder. O Porto é uma das minhas preferidas, pelo seu ritmo não muito acelerado e não muito lento, que nos permite absorver cada pedra da calçada, pela simpatia das suas gentes que nos abraçam e envolvem e nunca deixam de nos ajudar nas mais variadas situações e pela sua atitude de aldeia feita cidade que ainda está a encontrar o seu lugar. O Porto está nos meus sonhos, pela sua História e pelos seus monumentos, a única pena é realmente a quantidade de prédios e casas deixadas à sua sorte que destoam do restante universo citadino. O Porto precisa de um novo rosto, precisa sim.
No Porto tudo se encontra, mas é fácil andar perdido.
A ribeira ainda apaixona e cativa e o turista ainda se sente num mundo dentro de outro mundo ao ouvir a “língua estrangeira” misturada com a varina que apregoa o seu peixe no Bolhão. Bolhão esse decrépito e agora mera sombra do que poderá ter sido no passado.
Pelo Porto recomenda-se o Restaurante Mesa, a Chocolataria Equador, o Palácio da Bolsa, a Igreja de S. Francisco, a Casa da Música. Passeiem a pé, deixem-se ir, mexam-se e vão por mim
apaixonem-se no Porto e, pelo Porto.
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