E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
sábado, julho 03, 2010
Manifesto ao Prazer
Creio que preciso de descodificar o prazer. Afinal o que é isso de "prazer". Sei sentir, mas não sei explicar. Não sei se coloque a questão em termos físicos, ou siga outro rumo que desemboque numa ressonância magnética à alma.
O prazer poderá ser dor?
Acho que sim. Pode gerar ou ser gerado por ela. Deveriam ser antagónicos, mas vejo-os um ao lado do outro, de mãos dadas. Porém, e é aqui que entra a grande questão: o prazer proporciona felicidade. Andamos todos à procura de ser felizes, mas dou por mim a olhar para isto tudo e a crer que procuramos de maneira errada. É como se a felicidade fosse uma meta e não todo o chão que pisamos até chegar a ela...A felicidade meus caros é algo que está sempre connosco, dentro de nós, e para onde quer que vamos, a felicidade está em nós, é tudo aquilo que somos, o que de bom nos alegrou e o que de mau nos fez mudar, mudar para melhor. Sejamos independentes e encontraremos forma de dar a quem precisar de receber. Talvez a questão à qual não quero responder seja "És feliz?", mas sim "Podes ser ainda mais feliz?", prefiro responder à segunda questão.
E eis que me lembro do prazer, e nas suas variações, o prazer na dor como já mencionei, o prazer como escape, o prazer como manifestação sensorial dos nossos sentimento, ( a sensação de sentir...jamais esquecerei isso), o prazer como resultado explosivo do afecto que sentimos por alguém, o prazer em dar, o prazer de receber, o prazer da carne pura e dura, o prazer na vontade que se gera entre duas pessoas sem que precisem de fazer uma pergunta que seja, o prazer de um simples acordar silencioso, porém majestoso em gestos, o prazer de ouvir a voz de alguém de quem se gosta e que nos faz falta, o prazer em achar que há muito para fazer, por isso o que está feito se feito com prazer não precisa de qualquer recriminação.
O prazer. Sintam-no, mas não façam dele um sedativo, não vejam no prazer uma sensação momentânea, um escape para os problemas da vida, problemas sempre teremos, resolvemos uns e logo surgem outros, com o prazer é a mesma coisa, deixamos de ter prazer numas coisas para ter noutras, e o mesmo com as pessoas, e o mesmo com as cores, e o mesmo com a felicidade, hoje sou feliz, mas amanhã quero ser mais!
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