E porque tudo o que vejo, vejo como nos filmes. E porque tudo o que fazemos e sentimos pode ser recordado nas asas de um caleidoscópio em pleno movimento. Se há "acção" eu revelo por aqui.
domingo, junho 13, 2010
Passarinho na gaiola!
"Disseste-me tu!"
Sinto as grades, as asas presas e o espelho que reflecte a imagem que não apetece admirar.
A prisão que esgota, suga a energia, e cola as asas à carne que não se vê.
E dentro da gaiola há o pauzinho suspenso por dois fios feitos de arame que o transformam num balouço, sinto o arrepio do balanço, o medo de cair...mas não caio, eu devia cair.
Não percebo..eu devia cair.
Uma coisa é não querer, outra é não poder, um coisa é ser, outra é algo que não sei o que é.
Quero voar, pode ser baixo, naquele voo tangente ao solo que por timidez roça na ponta da erva orvalhada que arrepia a barriga ao toque, mas quero voar. Mas não consigo cair primeiro.
Não rasga, não corrói, não verga, não expulsa, o que entra fica e não sai.
Não corre, não parte, não estica, o que respira transpira e não molha.
Bate as asas passarinho, que o gato está a ver-te por entre as grades da gaiola.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário