Li a crónica do Rodrigo Guedes de Carvalho na Máxima de Abril, depois de admitir que a calvice não o faz perder o sono- afirmação essa que eu acho de Homem, ele escreve algo que sempre achei mas nunca me lembrei de escrever, porque talvez nunca tinha compreendido nestes termos, e aqui vai " (...) é raro encontrar um grande amor e (...) um grande amor é impossível sem toda a verdade e (...) o nosso corpo faz parte da verdade." E embora o texto seja relativo a cirugias plásticas a sua aplicabilidade é vasta, e lido assim, bem todos nós sabemos do que se trata. É esse o real poder das palavras. É esse o real valor a verdade. É esse o real valor do Amor, entendam-no como bem quiserem, o amor feito, o amor sonhado, o amor alcançado, o amor que nunca se esquece, o amor que fica por confessar, o amor que tem outra denominação, o amor-paixão, o amor- cão, o amor terra-a-terra, o amor-tesão, o amor cansado, o amor feliz, o alegre e o que cresce todos os dias, o que assombra, o amor que nos leva e nos traz, o que nos faz sentir tudo e nada ao mesmíssimo tempo, o amor de uma filha por uma pai, e de um pai por uma filha, o amor entre mim e uma flor, entre uma flor e o vento, o amor de uma promessa feita em sussurro, o amor consentido, o amor afagado por uma mão, o amor entre duas, três pessoas, o amor entre duas pessoas que se encontram e se voltam a encontrar. Amor é palavra como outra qualquer, é como o nome que uso todos os dias para me identificar, é tão real como esta minha capacidade para ver coisas onde não as há, tão real como as minhas mãos, as tuas, as dele, as delas. Tão real.
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