Levada pelos raios de sol que me motivam a sentir uma felicidade inexplicável, lanço-me na revelação de duas coisas que gosto.
Escrevo sobre elas numa altura do ano em que elas são rainhas, sim são femininas, divertidas e facilmente encontradas: são elas a relva e as cerejas!
Gosto de cerejas, esses seres que chegam aos pares (às vezes de três) pela sua cor vermelha garrida, pela forma como reluzem e duplicam a nossa imagem, pela sua doçura que não é doce mas sim francamente adocicada, pela textura crocante ao toque assim que a trincamos e que amolece aos primeiros envolvimentos na nossa língua. É a cereja que se derrete ou nós?? Gosto de pensar em cerejas e fazer analogias anatómicas, adoro-as porque são facilmente usadas como adereços e gosto delas porque me fazem lembrar a relva!
Juro que já conversei com os outros anjos mas eles não sabem o que me fazer!!
A relva, bem percorro-a a caminho das cerejeiras, portanto faz parte do caminho!
Gosto da sensação fresca do toque da planta do pé com a erva fina e candidamente afiada, gosto da cor verde escura, clareada e novamente verde. A relva faz-me lembrar a infância que era passada a contemplar os campos, os passeios por entre as "amargas", novamente a relva de fronte ao campo infestado de manchas vermelhas que não são cerejas, mas sim papoilas. A viagem nunca foi longa, mas sempre demorada, porque continuava quando eu regressava a casa, sem me abandonar nunca!
Gosto de cerejas.
Gosto de relva.
Estas são duas coisas d que gosto.
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