Às vezes confronto-me a mim mesma com grandes questões que deitam por terra toda as minhas grandes certezas concretas.
Renoir (um dos meus favoritos, se não "o favorito") afirmou algures durante a sua existência que pintava as duas coisas mais belas do mundo: mulheres e fruta!
Ao pensar nisto, comecei a debater-me com uma profunda questão: Leila se quisesses pintar as duas coisas mais belas do mundo, o que pintarias?
Meus caros não sei. A sério que não sei. Juro que tenho pensado muito sobre isto. E são coisas como estas que me recordam a imensidão do mundo, o poder avassalaor da beleza e a sua tão forte subjectividade que faz nascer paradigmas tão frágeis como as asas de uma borboleta. A dificuldade da escolha é apenas consequência da minha infinita capacidade de indecisão. Não me conheço, sei o que é belo, mas não sei o que escolher, quando me pedem uma delimitação de fronteiras físicas...é aí que tuo se complica. Não sei se opte por cearas em trigo, ou gelados de limão, se por cavalos, ou homens nús, se por corvos em piso verde ou se por cogumelos frescos e orvalhados. Não sei. Acho que nunca poderei afirmar nada tão simples como fez Renoir.
2 comentários:
uma mulher de costas voltadas para a objectiva, nua, junto à maré vazia num fim de tarde..
http://desaltosaltosvarios.blogspot.com/
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