Gota de súor?
...mas se está tanto frio...engoli fogo, foi isso?
No fundo é como a sensação do quente gelado, algo que de tão frio queima por dentro, o peito, o ventre, a alma e a nuca.
E quebram-se os vidros das janelas mal fechadas, explodem os poros cansados mas ainda sedentos, perfuram-se as entranhas maleficamente descobertas.
Sobe-se alto e ao cair fica-se pendente, meio dolorido, meio ensonado, meio dormente, meio morto, todo ele vivo e repleto de algo maior e mais forte.
No turbilhão das tendências, nas vontades seguidoras dos institutos mais puros, no turbilhão da imaginação implantada, do enterro dos membros também ele turbilhados, ao centro, no topo e em redor, encerra-se outro capítulo, parte-se para outra página, meio livro lido, meio livro por descobrir, páginas decoradas, flores feitas marcadores, sopros de vento localizados, manchas desgastadas, águas vertidas, sombras pesadas reinantes sobre um corpo incapaz de parar.
Persiana aberta. Meia luz gasta. Frio na rua. Frio no quarto. Chão de madeira. Mão pesada. Pálpebra dormente. Grito. Silêncio. Palavra. Suspiro.
Se todas as tardes fossem assim em 2009...!
Bom ano meus caros :)
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